acordo ortográfico – Aventar

24-11-2014
marcar artigo

Didion also employs continuous repetition of the prefix “mis-” in “misplaced ,” “misspelled,” and “missing.” This repetition dramatically reinforces her point.

— Colleen Donnelly

Ja! Woher kommst du denn?

Bei welchen Heiden weiltest du,

zu wissen nicht, daß heute

der allerheiligste Karfreitag ist?

— Gurnemanz

***

Peço imensa desculpa pelo atraso na habitual demonstração prática da inexequibilidade do Acordo Ortográfico de 1990, teatralizada há demasiados Orçamentos do Estado (2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021 e 2022 [1/2]), através da entrega da proposta de OE ao presidente da Assembleia da República pelo ministro das Finanças. A culpa é da Páscoa.

Em finais de Outubro do ano passado, o OE2022 foi chumbado, embora por motivos diferentes dos aqui aduzidos para a rejeição. Entretanto, muito Douro correu debaixo da Ponte Luiz I e tivemos agora dois novos protagonistas, curiosamente, ambos ligados ao problema ortográfico em curso: Santos Silva (directamente, por razões óbvias) e Medina (indirectamente, porque, enquanto durar esta tourada, os conceitos massacre contínuo e repetição contínua continuarão — passe a redundância — a ser aplicados).

Quanto ao documento que Medina entregou a Santos Silva (pdf) e que foi «elaborado com base em informação disponível até ao dia 13 de abril [sic] de 2022», eis uma pequeníssima amostra daquilo que já é o pão nosso de cada ano:

«A nível sectorial» (p. 95) e «a nível setorial» (p. 167);

«O SECTOR EMPRESARIAL DO ESTADO» (p. 225) e «Setor Empresarial do Estado» (p. 39);

«sector do comércio e serviços» (p. 235) «setor do comércio e serviços (P. 27);

«mercadorias-chave para o sector da agricultura» (p. 330) e «com destaque para o setor da Agricultura» (p. 88);

«SEGURANÇA E ACÇÃO SOCIAL – ACÇÃO SOCIAL» (p. 183) e «SEGURANÇA E AÇÃO SOCIAL – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – PREVENÇÃO E PROTEÇÃO À VÍTIMA» (p. 183) e «HABITAÇÃO E SERV. COLECTIVOS – PROTECÇÃO DO MEIO AMBIENTE E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA» (p. 183) e «Complementos – Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, SA (STCP)» (p. 103);

Exactamente (pormenor da página 183):

Adiante.

«Aquisição líquida de activos financeiros (excepto privatizações)» (p. 134) e «compras líquidas de ativos»(p. 8) [Nótula: não há ocorrências de *exceto];

«A promoção da educação, formação, cultura e literacia do oceano consubstanciar-se-à em ações com o objectivo de:» (p. 239);

No topo deste bolo extremamente azedo, a cereja:

A resultante da concessão de espaços nas Lojas de Cidadão e da utilização do Gateway de SMS, bem como a prestação de serviços de atendimento do centro de contato consular ao Ministério dos Negócios Estrangeiros pela Agência para a Modernização Administrativa, IP (AMA, I.P.).

Efectivamente:

Obviamente, chumbe-se.

Continuação de uma óptima Páscoa.

***

Didion also employs continuous repetition of the prefix “mis-” in “misplaced ,” “misspelled,” and “missing.” This repetition dramatically reinforces her point.

— Colleen Donnelly

Ja! Woher kommst du denn?

Bei welchen Heiden weiltest du,

zu wissen nicht, daß heute

der allerheiligste Karfreitag ist?

— Gurnemanz

***

Peço imensa desculpa pelo atraso na habitual demonstração prática da inexequibilidade do Acordo Ortográfico de 1990, teatralizada há demasiados Orçamentos do Estado (2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021 e 2022 [1/2]), através da entrega da proposta de OE ao presidente da Assembleia da República pelo ministro das Finanças. A culpa é da Páscoa.

Em finais de Outubro do ano passado, o OE2022 foi chumbado, embora por motivos diferentes dos aqui aduzidos para a rejeição. Entretanto, muito Douro correu debaixo da Ponte Luiz I e tivemos agora dois novos protagonistas, curiosamente, ambos ligados ao problema ortográfico em curso: Santos Silva (directamente, por razões óbvias) e Medina (indirectamente, porque, enquanto durar esta tourada, os conceitos massacre contínuo e repetição contínua continuarão — passe a redundância — a ser aplicados).

Quanto ao documento que Medina entregou a Santos Silva (pdf) e que foi «elaborado com base em informação disponível até ao dia 13 de abril [sic] de 2022», eis uma pequeníssima amostra daquilo que já é o pão nosso de cada ano:

«A nível sectorial» (p. 95) e «a nível setorial» (p. 167);

«O SECTOR EMPRESARIAL DO ESTADO» (p. 225) e «Setor Empresarial do Estado» (p. 39);

«sector do comércio e serviços» (p. 235) «setor do comércio e serviços (P. 27);

«mercadorias-chave para o sector da agricultura» (p. 330) e «com destaque para o setor da Agricultura» (p. 88);

«SEGURANÇA E ACÇÃO SOCIAL – ACÇÃO SOCIAL» (p. 183) e «SEGURANÇA E AÇÃO SOCIAL – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – PREVENÇÃO E PROTEÇÃO À VÍTIMA» (p. 183) e «HABITAÇÃO E SERV. COLECTIVOS – PROTECÇÃO DO MEIO AMBIENTE E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA» (p. 183) e «Complementos – Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, SA (STCP)» (p. 103);

Exactamente (pormenor da página 183):

Adiante.

«Aquisição líquida de activos financeiros (excepto privatizações)» (p. 134) e «compras líquidas de ativos»(p. 8) [Nótula: não há ocorrências de *exceto];

«A promoção da educação, formação, cultura e literacia do oceano consubstanciar-se-à em ações com o objectivo de:» (p. 239);

No topo deste bolo extremamente azedo, a cereja:

A resultante da concessão de espaços nas Lojas de Cidadão e da utilização do Gateway de SMS, bem como a prestação de serviços de atendimento do centro de contato consular ao Ministério dos Negócios Estrangeiros pela Agência para a Modernização Administrativa, IP (AMA, I.P.).

Efectivamente:

Obviamente, chumbe-se.

Continuação de uma óptima Páscoa.

***

marcar artigo