Portas defende Passos. “Se vier a ser necessário” apoia subscrição pública para os lesados do BES

12-10-2015
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Em entrevista, o vice-primeiro-ministro acusa ainda António Costa de não ter honrado a palavra dada ao não ter ficado à frente da autarquia de Lisboa

O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou esta segunda-feira que "se vier a ser necessário" apoiará uma subscrição pública para os lesados do BES recorrerem à justiça, sublinhando a diferença entre investimento de risco e fraude e reiterando críticas aos reguladores.

Em entrevista à RTP, o também vice-primeiro-ministro pediu ainda que os políticos não sejam moralistas, acusando o secretário-geral do PS, António Costa, de não ter honrado a palavra dada ao não ter ficado à frente da autarquia da capital.

Questionado sobre se apoiaria uma subscrição pública para que os lesados do BES recorram à justiça, como admitiu o presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, Portas respondeu: "Se vier a ser necessário, com certeza".

Sobre se o acesso à justiça deve depender de subscrições públicas, Paulo Portas saiu em defesa de Passos Coelho: "Ele não colocou a questão assim, sugeriu que se viesse a ser necessário isso podia suceder".

"Tanto quanto sei, há mais de 700 pessoas que já entraram na justiça", referiu, sublinhando uma distinção entre investimento de risco e matérias como "fraude, manipulação e engano".

Portas considerou haver "evidência de casos em que isso possa ter sucedido, mas é uma questão de opinião".

O líder centrista quis chamar "a atenção para a circunstância de não terem sido os responsáveis políticos a vender papel comercial a ninguém".

"Eu tenho sido daqueles que sempre ouvi os lesados do BES quando me pediram para os ouvir, que fui crítico publicamente da pouca colaboração entre reguladores para procurar resolver o problema de muita gente cujo problema em acho que é sério, distinguindo o que são investimentos de risco - que evidentemente quando se ganha, ganha-se, quando se perde, perde-se - do que possam ser fraude, manipulação, levar alguém ao engano", disse.

Neste último caso, disse, há que "provar e dar prova" de que Portugal é um "Estado de direito e que é possível fazer justiça".

Na parte final da entrevista, Paulo Portas foi questionado sobre ter voltado atrás na decisão que qualificou de "irrevogável" de se demitir do Governo em 2013 e respondeu com um ataque a António Costa.

"Eu tomei uma decisão de demissão, que qualifiquei como irrevogável, revoguei-a, pago um preço por isso. Outro dia ouvi o doutor António Costa dizer com um ar moralista que palavra dada é palavra honrada. Lembra-se da palavra que ele deu aos cidadãos de Lisboa, que ficava até ao final do mandato?", disse.

Ainda sobre o BES, mas já sobre a solução dada pelo Governo, Portas defendeu que o Governo não lavou as mãos da questão, mas antes "tomou opções certas": "Se fosse o PS, o BES tinha sido nacionalizado ou a Caixa Geral de Depósitos tinha entrado a apoiar uns grupos privados contra outros grupos privados".

"A resolução não é sistema perfeito mas é francamente melhor que a nacionalização", insistiu, sublinhando que é melhor para o contribuinte, que "pagou a fatura" do BPN.

Em entrevista, o vice-primeiro-ministro acusa ainda António Costa de não ter honrado a palavra dada ao não ter ficado à frente da autarquia de Lisboa

O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou esta segunda-feira que "se vier a ser necessário" apoiará uma subscrição pública para os lesados do BES recorrerem à justiça, sublinhando a diferença entre investimento de risco e fraude e reiterando críticas aos reguladores.

Em entrevista à RTP, o também vice-primeiro-ministro pediu ainda que os políticos não sejam moralistas, acusando o secretário-geral do PS, António Costa, de não ter honrado a palavra dada ao não ter ficado à frente da autarquia da capital.

Questionado sobre se apoiaria uma subscrição pública para que os lesados do BES recorram à justiça, como admitiu o presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, Portas respondeu: "Se vier a ser necessário, com certeza".

Sobre se o acesso à justiça deve depender de subscrições públicas, Paulo Portas saiu em defesa de Passos Coelho: "Ele não colocou a questão assim, sugeriu que se viesse a ser necessário isso podia suceder".

"Tanto quanto sei, há mais de 700 pessoas que já entraram na justiça", referiu, sublinhando uma distinção entre investimento de risco e matérias como "fraude, manipulação e engano".

Portas considerou haver "evidência de casos em que isso possa ter sucedido, mas é uma questão de opinião".

O líder centrista quis chamar "a atenção para a circunstância de não terem sido os responsáveis políticos a vender papel comercial a ninguém".

"Eu tenho sido daqueles que sempre ouvi os lesados do BES quando me pediram para os ouvir, que fui crítico publicamente da pouca colaboração entre reguladores para procurar resolver o problema de muita gente cujo problema em acho que é sério, distinguindo o que são investimentos de risco - que evidentemente quando se ganha, ganha-se, quando se perde, perde-se - do que possam ser fraude, manipulação, levar alguém ao engano", disse.

Neste último caso, disse, há que "provar e dar prova" de que Portugal é um "Estado de direito e que é possível fazer justiça".

Na parte final da entrevista, Paulo Portas foi questionado sobre ter voltado atrás na decisão que qualificou de "irrevogável" de se demitir do Governo em 2013 e respondeu com um ataque a António Costa.

"Eu tomei uma decisão de demissão, que qualifiquei como irrevogável, revoguei-a, pago um preço por isso. Outro dia ouvi o doutor António Costa dizer com um ar moralista que palavra dada é palavra honrada. Lembra-se da palavra que ele deu aos cidadãos de Lisboa, que ficava até ao final do mandato?", disse.

Ainda sobre o BES, mas já sobre a solução dada pelo Governo, Portas defendeu que o Governo não lavou as mãos da questão, mas antes "tomou opções certas": "Se fosse o PS, o BES tinha sido nacionalizado ou a Caixa Geral de Depósitos tinha entrado a apoiar uns grupos privados contra outros grupos privados".

"A resolução não é sistema perfeito mas é francamente melhor que a nacionalização", insistiu, sublinhando que é melhor para o contribuinte, que "pagou a fatura" do BPN.

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