Portas, sei o que fizeste no verão passado...

14-10-2015
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O Paulo está lixado porque o Passos lhe anda a passar a perna em todos os dossiês. O Portas está chateado porque manda pouco ou quase nada. De modo que o Portas veio falar comigo.

Portas - Eh pá, estou lixado porque não mando quase nada... O Passos e a Maria Luís é que decidem tudo sozinhos.

Eu - E o Machete?

Portas - Quem?

Eu - Era só para ver se tu estavas a falar a sério. Estou a ver que sim. Então o Passos e a Maria Luís deixam-te de fora e tu querias um - salvo seja - ménage à trois.

Portas - Credo!

Eu - Era uma forma de dizer. Um triunvirato, uma partilha mais equilibrada do poder...

Portas - Isso! Isso!

Eu - Ameaça demitir-te!

Portas - Já fiz isso e não deu resultado!

Eu - Então, demite-te mesmo!

Portas - Já fiz isso e não deu resultado!

Eu - Então demite-te a sério, irrevogavelmente!

Portas - Essa também já fiz e não deu resultado!

Eu - Eh pá se já fizeste tudo e não dá resultado, não sei... Provoca eleições! Não recues...

Portas - Mas eu sou fraco, confesso, recuo muito, passo a vida a recuar. Penso no país, no nosso querido Portugal e tenho receio de o prejudicar.

Eu - Meu caro, vou ensinar-te uma coisa: tanto faz pensar em ti ou no país, porque já se viu têm os mesmos interesses. Se pensares em ti, ficas no Governo, porque se provocas eleições levas um chimbalau; se pensares no país, ficas no Governo para que ele cumpra o seu mandato até ao fim.

Portas - Então não posso distinguir-me por nada? Ter um gesto? Um ato heroico? Um passo ousado?

Eu - Um dia, quatro jovens de férias junto ao mar, atropelaram um homem e acharam que o melhor era deitar o cadáver ao oceano e não voltar a falar do assunto, mas no ano seguinte são perseguidos por um pescador...

Portas - Deixa-te de coisas; estás a desconversar...

Eu - Nada disso, estava a contar-te o enredo do filme "Sei o que fizeste no verão passado".

O Paulo está lixado porque o Passos lhe anda a passar a perna em todos os dossiês. O Portas está chateado porque manda pouco ou quase nada. De modo que o Portas veio falar comigo.

Portas - Eh pá, estou lixado porque não mando quase nada... O Passos e a Maria Luís é que decidem tudo sozinhos.

Eu - E o Machete?

Portas - Quem?

Eu - Era só para ver se tu estavas a falar a sério. Estou a ver que sim. Então o Passos e a Maria Luís deixam-te de fora e tu querias um - salvo seja - ménage à trois.

Portas - Credo!

Eu - Era uma forma de dizer. Um triunvirato, uma partilha mais equilibrada do poder...

Portas - Isso! Isso!

Eu - Ameaça demitir-te!

Portas - Já fiz isso e não deu resultado!

Eu - Então, demite-te mesmo!

Portas - Já fiz isso e não deu resultado!

Eu - Então demite-te a sério, irrevogavelmente!

Portas - Essa também já fiz e não deu resultado!

Eu - Eh pá se já fizeste tudo e não dá resultado, não sei... Provoca eleições! Não recues...

Portas - Mas eu sou fraco, confesso, recuo muito, passo a vida a recuar. Penso no país, no nosso querido Portugal e tenho receio de o prejudicar.

Eu - Meu caro, vou ensinar-te uma coisa: tanto faz pensar em ti ou no país, porque já se viu têm os mesmos interesses. Se pensares em ti, ficas no Governo, porque se provocas eleições levas um chimbalau; se pensares no país, ficas no Governo para que ele cumpra o seu mandato até ao fim.

Portas - Então não posso distinguir-me por nada? Ter um gesto? Um ato heroico? Um passo ousado?

Eu - Um dia, quatro jovens de férias junto ao mar, atropelaram um homem e acharam que o melhor era deitar o cadáver ao oceano e não voltar a falar do assunto, mas no ano seguinte são perseguidos por um pescador...

Portas - Deixa-te de coisas; estás a desconversar...

Eu - Nada disso, estava a contar-te o enredo do filme "Sei o que fizeste no verão passado".

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