Canais e partidos continuam sem acordo nos debates eleitorais

07-10-2015
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Terceira reunião decorreu esta sexta-feira e voltou a ser inconclusiva. PS recusa aceitar os critérios editoriais invocados pelas TV para incluir Paulo Portas nos frente a frente ou no debate alargado entre todas as candidaturas. Participação da coligação fica posta em causa

Mais uma reunião inconclusiva e desta vez com as posições a extremarem-se. O PS manteve-se irredutível e não aceitou, no encontro desta sexta-feira entre os partidos e os diretores de informação, a participação de Paulo Portas no ciclo de debates e frente a frente a realizar nos canais de televisão antes das legislativas. Confrontada com esta posição dos socialistas, a coligação PSD-CDS deixou também claro na reunião que, face à recusa do PS em aceitar os critérios editoriais alegados pelas TV para incluir Paulo Portas, a participação da coligação nos debates fica "posta em causa".

Na base da divergência está o facto de os socialistas não abdicarem da sua interpretação de lei, segundo a qual a organização destes debates deve ter em conta as “candidaturas” com representatividade na Assembleia da República e não os partidos. Pelo que o CDS - tal como Os Verdes, coligados com o PCP -, não devem ser abrangidos por qualquer exceção para participar nestes debates, na medida em que está coligado com o PSD.

Na última proposta apresentada quinta-feira por RTP, SIC e TVI aos partidos, era sugerida a realização de um frente a frente entre Passos e Costa, com a duração de uma hora e emitido em simultâneo nos três canais, em substituição da proposta inicial - recusada por Passos - de organizar três debates de 50 minutos entre ambos, um em cada canal.

A este frente a frente acrescia ainda, na nova proposta conjunta dos canais, a realização de um debate a quatro com os líderes de todas as candidaturas com representação parlamentar: Passos Coelho (coligação Portugal à Frente), António Costa (PS), Jerónimo de Sousa (CDU) e Catarina Martins (Bloco).

Por entenderem que a realização destes dois debates cumpre na íntegra o espírito da nova lei para a cobertura de campanhas eleitorais, os canais avançaram ainda uma proposta complementar: a realização de uma ronda posterior de frente a frente entre todos os líderes das candidaturas, mas incluindo também Paulo Portas. Isto apesar de o líder do CDS se apresentar nestas legislativas como número dois da coligação liderada pelo PSD.

Essa ronda de frente a frente - que teria emissão nos canais de cabo e resumos nos telejornais generalistas - era justificada pelas estações de televisão com os seus critérios editoriais e incluiria oito debates: Passos-Jerónimo e Passos - Catarina; Costa - Portas, Costa -Jerónimo e Costa - Catarina; Portas - Jerónimo e Portas - Catarina; e Jerónimo - Catarina.

Fonte que acompanhou as negociações diz ao Expresso que desde o início a coligação informou as televisões que relativamente aos frente a frente estariam disponíveis a aceitar sem reservas os critérios editoriais invocados. O que não aconteceu com o PS, que mantém aposição de que só os líderes de cada candidatura (de partidos ou coligações) é que devem estar presente nestas iniciativas. O impasse deverá, por isso, prolongar-se por mais uns dias, apesar da urgência já sinalizada pelas televisões para definir o modelo de debates e começar a alinhavar o calendário de emissões.

Além destes debates televisivos, a Antena 1, TSF e Renascença também apresentaram a Passos e Costa uma proposta para um frente a frente com emissão simultânea nas três rádios.

Terceira reunião decorreu esta sexta-feira e voltou a ser inconclusiva. PS recusa aceitar os critérios editoriais invocados pelas TV para incluir Paulo Portas nos frente a frente ou no debate alargado entre todas as candidaturas. Participação da coligação fica posta em causa

Mais uma reunião inconclusiva e desta vez com as posições a extremarem-se. O PS manteve-se irredutível e não aceitou, no encontro desta sexta-feira entre os partidos e os diretores de informação, a participação de Paulo Portas no ciclo de debates e frente a frente a realizar nos canais de televisão antes das legislativas. Confrontada com esta posição dos socialistas, a coligação PSD-CDS deixou também claro na reunião que, face à recusa do PS em aceitar os critérios editoriais alegados pelas TV para incluir Paulo Portas, a participação da coligação nos debates fica "posta em causa".

Na base da divergência está o facto de os socialistas não abdicarem da sua interpretação de lei, segundo a qual a organização destes debates deve ter em conta as “candidaturas” com representatividade na Assembleia da República e não os partidos. Pelo que o CDS - tal como Os Verdes, coligados com o PCP -, não devem ser abrangidos por qualquer exceção para participar nestes debates, na medida em que está coligado com o PSD.

Na última proposta apresentada quinta-feira por RTP, SIC e TVI aos partidos, era sugerida a realização de um frente a frente entre Passos e Costa, com a duração de uma hora e emitido em simultâneo nos três canais, em substituição da proposta inicial - recusada por Passos - de organizar três debates de 50 minutos entre ambos, um em cada canal.

A este frente a frente acrescia ainda, na nova proposta conjunta dos canais, a realização de um debate a quatro com os líderes de todas as candidaturas com representação parlamentar: Passos Coelho (coligação Portugal à Frente), António Costa (PS), Jerónimo de Sousa (CDU) e Catarina Martins (Bloco).

Por entenderem que a realização destes dois debates cumpre na íntegra o espírito da nova lei para a cobertura de campanhas eleitorais, os canais avançaram ainda uma proposta complementar: a realização de uma ronda posterior de frente a frente entre todos os líderes das candidaturas, mas incluindo também Paulo Portas. Isto apesar de o líder do CDS se apresentar nestas legislativas como número dois da coligação liderada pelo PSD.

Essa ronda de frente a frente - que teria emissão nos canais de cabo e resumos nos telejornais generalistas - era justificada pelas estações de televisão com os seus critérios editoriais e incluiria oito debates: Passos-Jerónimo e Passos - Catarina; Costa - Portas, Costa -Jerónimo e Costa - Catarina; Portas - Jerónimo e Portas - Catarina; e Jerónimo - Catarina.

Fonte que acompanhou as negociações diz ao Expresso que desde o início a coligação informou as televisões que relativamente aos frente a frente estariam disponíveis a aceitar sem reservas os critérios editoriais invocados. O que não aconteceu com o PS, que mantém aposição de que só os líderes de cada candidatura (de partidos ou coligações) é que devem estar presente nestas iniciativas. O impasse deverá, por isso, prolongar-se por mais uns dias, apesar da urgência já sinalizada pelas televisões para definir o modelo de debates e começar a alinhavar o calendário de emissões.

Além destes debates televisivos, a Antena 1, TSF e Renascença também apresentaram a Passos e Costa uma proposta para um frente a frente com emissão simultânea nas três rádios.

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