Emigrantes lesados do BES só assinam acordo com garantias de reembolso total

15-08-2015
marcar artigo

O Movimento de Emigrantes Lesados (MEL) do BES afirmou-se hoje disposto a assinar um acordo desde que sejam “dadas garantias” de reembolso do montante investido, ou seguirão “pela luta” porque não podem deixar “que o próprio país os roube”.

“Estão aqui muitos emigrantes, queremos com este protesto ver se arranjamos garantias porque as propostas que nos foram feitas, com obrigações com cupão zero e uma maturidade a 32 anos, não nos satisfazem”, afirmou à agência Lusa Filomena Martins, do MEL, durante mais uma manifestação dos clientes lesados do papel comercial do Banco Espírito Santo (BES), no Porto.

É que, salientou, muitos dos lesados “têm cerca de 60 anos e nunca vão receber esse dinheiro em vida”.

De acordo com Filomena Martins, são cerca de 8.000 emigrantes lesados, 4.000 dos quais residentes em França, sendo o montante global do dinheiro em causa de 720 milhões de euros.

Rui Alves, da Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) e um dos 200 a 300 manifestantes que estão concentrados na Avenida dos Aliados, disse à Lusa que estes seguirão agora em marcha por aquela avenida, passando depois pelas ruas de Sá da Bandeira, Santa Catarina e Passos Manuel, para de novo regressarem à sede do Novo Banco nos Aliados.

Depois de se ter concentrado frente à agência do Novo Banco nos Aliados, o grupo deslocou-se alguns metros e instalou-se, gritando palavras de ordem, ostentando cartazes em inglês, francês e português e tocando buzinas, junto às instalações do Banco de Portugal (BdP) também situadas naquela avenida.

Ali, vários elementos da polícia de choque mantêm-se barrar a entrada, tendo já ocorrido um momento de alguma confusão entre a PSP e os manifestantes, quando estes atiraram dois ovos às instalações do BdP e se ouviram alguns estrondos resultantes do rebentamento de bombas de carnaval.

Devido à manifestação, o trânsito mantém-se cortado no sentido descendente da Avenida dos Aliados.

O protesto é organizado pela AIEPC e pelo MEL e ocorre quatro dias depois de as duas associações se terem manifestado em Lisboa, durante cerca de cinco horas, em frente à sede do Novo Banco e do Banco de Portugal, com alguns manifestantes a entrarem em confronto com a polícia, a atirarem ovos às fachadas das instituições e a partirem alguns vidros.

Na semana passada, o Banco de Portugal anunciou ter recebido uma das três propostas finais revista para a compra do Novo Banco. O Banco de Portugal esclareceu, no entanto, que, apesar de só uma ter sido revista, “as propostas vinculativas recebidas no dia 30 de junho continuam integralmente válidas, tendo sido entretanto objeto de clarificações no âmbito das discussões havidas com cada um dos três potenciais compradores”.

Assim, mantêm-se na corrida à compra do Novo Banco três candidatos: os grupos chineses Fosun e Anbang e o grupo norte-americano Apollo.

O BES, tal como era conhecido, acabou a 03 de agosto de 2014, quatro dias depois de apresentar um prejuízo semestral histórico de 3,6 mil milhões de euros.

O Banco de Portugal, através de uma medida de resolução, tomou conta da instituição fundada pela família Espírito Santo e anunciou a sua separação, ficando os ativos e passivos de qualidade num ‘banco bom’, denominado Novo Banco, e os passivos e ativos tóxicos, no BES, o ‘banco mau’ (‘bad bank’), que ficou sem licença bancária.

O Movimento de Emigrantes Lesados (MEL) do BES afirmou-se hoje disposto a assinar um acordo desde que sejam “dadas garantias” de reembolso do montante investido, ou seguirão “pela luta” porque não podem deixar “que o próprio país os roube”.

“Estão aqui muitos emigrantes, queremos com este protesto ver se arranjamos garantias porque as propostas que nos foram feitas, com obrigações com cupão zero e uma maturidade a 32 anos, não nos satisfazem”, afirmou à agência Lusa Filomena Martins, do MEL, durante mais uma manifestação dos clientes lesados do papel comercial do Banco Espírito Santo (BES), no Porto.

É que, salientou, muitos dos lesados “têm cerca de 60 anos e nunca vão receber esse dinheiro em vida”.

De acordo com Filomena Martins, são cerca de 8.000 emigrantes lesados, 4.000 dos quais residentes em França, sendo o montante global do dinheiro em causa de 720 milhões de euros.

Rui Alves, da Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) e um dos 200 a 300 manifestantes que estão concentrados na Avenida dos Aliados, disse à Lusa que estes seguirão agora em marcha por aquela avenida, passando depois pelas ruas de Sá da Bandeira, Santa Catarina e Passos Manuel, para de novo regressarem à sede do Novo Banco nos Aliados.

Depois de se ter concentrado frente à agência do Novo Banco nos Aliados, o grupo deslocou-se alguns metros e instalou-se, gritando palavras de ordem, ostentando cartazes em inglês, francês e português e tocando buzinas, junto às instalações do Banco de Portugal (BdP) também situadas naquela avenida.

Ali, vários elementos da polícia de choque mantêm-se barrar a entrada, tendo já ocorrido um momento de alguma confusão entre a PSP e os manifestantes, quando estes atiraram dois ovos às instalações do BdP e se ouviram alguns estrondos resultantes do rebentamento de bombas de carnaval.

Devido à manifestação, o trânsito mantém-se cortado no sentido descendente da Avenida dos Aliados.

O protesto é organizado pela AIEPC e pelo MEL e ocorre quatro dias depois de as duas associações se terem manifestado em Lisboa, durante cerca de cinco horas, em frente à sede do Novo Banco e do Banco de Portugal, com alguns manifestantes a entrarem em confronto com a polícia, a atirarem ovos às fachadas das instituições e a partirem alguns vidros.

Na semana passada, o Banco de Portugal anunciou ter recebido uma das três propostas finais revista para a compra do Novo Banco. O Banco de Portugal esclareceu, no entanto, que, apesar de só uma ter sido revista, “as propostas vinculativas recebidas no dia 30 de junho continuam integralmente válidas, tendo sido entretanto objeto de clarificações no âmbito das discussões havidas com cada um dos três potenciais compradores”.

Assim, mantêm-se na corrida à compra do Novo Banco três candidatos: os grupos chineses Fosun e Anbang e o grupo norte-americano Apollo.

O BES, tal como era conhecido, acabou a 03 de agosto de 2014, quatro dias depois de apresentar um prejuízo semestral histórico de 3,6 mil milhões de euros.

O Banco de Portugal, através de uma medida de resolução, tomou conta da instituição fundada pela família Espírito Santo e anunciou a sua separação, ficando os ativos e passivos de qualidade num ‘banco bom’, denominado Novo Banco, e os passivos e ativos tóxicos, no BES, o ‘banco mau’ (‘bad bank’), que ficou sem licença bancária.

marcar artigo