Lídia Jorge e Valter Hugo Mãe representam Portugal em Paris

10-04-2015
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Lídia Jorge e Valter Hugo Mãe são os autores portugueses que vão participar no festival “Conversations fictives/[Conversas fictícias] – encontros de literatura ibero-americana em Paris”, iniciativa que vai decorrer até 02 de julho.

O festival coloca os autores em palco, numa espécie de “performance” em que devem “responder às perguntas que eles fizeram às personagens das suas obras”, disse à Lusa o criador e diretor do festival, Ignasi Duarte, que também sobe a cena.

“Eu tiro das obras completas dos autores todas as perguntas que escreveram e, com isso, faço um guião. No palco, estou a perguntar o que eles já perguntaram às suas personagens. É uma ideia quase de interrogatório policial”, continuou Ignasi Duarte.

O objetivo é “retratar o escritor e entrar no seu imaginário poético e literário”, como se se colocasse “um espelho na cara do autor, em frente ao público”, afirmou o mentor do projeto, insistindo que “não é um festival de mesas redondas e de debate intelectual em que o autor está a apresentar os seus livros”.

As “conversas fictícias” acontecem em diferentes espaços de Paris e têm uma duração prevista de 65 minutos, com um cenário minimalista: uma cadeira e um microfone para o escritor e para Ignasi Duarte, num exercício criativo que “pode entrar no âmbito do teatro documentário, que mistura a ficção e a ‘coisa’ mais documental”.

“Há pouca luz, o autor está em frente ao público e está a responder a coisas muito íntimas mas que estão nos seus livros. Eu não estou a inventar nada. É um exercício de ‘apropriacionismo’ literário, é quase uma ‘collage’. Eu faço uma antologia das perguntas que ele escreveu”, explicou. Por isso, concluiu, é como “criar um novo relato da sua obra ao vivo”.

Além dos escritores portugueses Lídia Jorge e Valter Hugo Mãe, a primeira edição deste festival – “o único em Paris dedicado às literaturas em língua portuguesa e língua castelhana” – conta com os brasileiros Adriana Lisboa (Prémio José Saramago 2003) e João Gilberto Noll (vencedor, por cinco vezes, do Prémio Jabuti).

Foram ainda convidados o espanhol Ricardo Menéndez Salmón, os colombianos Héctor Abad Faciolince e Tomás González e, também, os argentinos Edgardo Cozarinsky e Rodrigo Fresán.

A 08 de abril, o Consulado Geral de Portugal em Paris recebe a escritora Lídia Jorge, autora de “Os Memoráveis” (2014) e de “A costa dos murmúrios” (1988), distinguida este ano com o Prémio Vergílio Ferreira, considerada pela revista francesa Le Magazine Littéraire, em 2013, como uma das “dez grandes vozes da literatura europeia”.

A 24 de junho, a Fundação Calouste Gulbenkian de Paris recebe Valter Hugo Mãe, o escritor português nascido em Angola, em 1971, distinguido com o Prémio José Saramago em 2007 e autor de romances como “o apocalipse dos trabalhadores” e “a máquina de fazer espanhóis”.

Paralelamente às “Conversas fictícias”, o festival organiza um “ciclo de diálogos” intitulado “Le Moi en Jeu”, no qual três escritores franceses debatem com três escritores latino-americanos os seus pontos de vista sobre a narrativa contemporânea.

O festival conta com várias parcerias, incluindo do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, da Fundação Calouste Gulbenkian de Paris, da Maison du Portugal André de Gouveia, da Embaixada e do Consulado de Portugal em Paris.

No passado domingo, Ignasi Duarte também levou as “conversas fictícias” à quinta edição do Festival Passa Porta, em Bruxelas, com a participação do escritor guatemalteco Eduardo Halfon e o mexicano Álvaro Enrigue.

Lídia Jorge e Valter Hugo Mãe são os autores portugueses que vão participar no festival “Conversations fictives/[Conversas fictícias] – encontros de literatura ibero-americana em Paris”, iniciativa que vai decorrer até 02 de julho.

O festival coloca os autores em palco, numa espécie de “performance” em que devem “responder às perguntas que eles fizeram às personagens das suas obras”, disse à Lusa o criador e diretor do festival, Ignasi Duarte, que também sobe a cena.

“Eu tiro das obras completas dos autores todas as perguntas que escreveram e, com isso, faço um guião. No palco, estou a perguntar o que eles já perguntaram às suas personagens. É uma ideia quase de interrogatório policial”, continuou Ignasi Duarte.

O objetivo é “retratar o escritor e entrar no seu imaginário poético e literário”, como se se colocasse “um espelho na cara do autor, em frente ao público”, afirmou o mentor do projeto, insistindo que “não é um festival de mesas redondas e de debate intelectual em que o autor está a apresentar os seus livros”.

As “conversas fictícias” acontecem em diferentes espaços de Paris e têm uma duração prevista de 65 minutos, com um cenário minimalista: uma cadeira e um microfone para o escritor e para Ignasi Duarte, num exercício criativo que “pode entrar no âmbito do teatro documentário, que mistura a ficção e a ‘coisa’ mais documental”.

“Há pouca luz, o autor está em frente ao público e está a responder a coisas muito íntimas mas que estão nos seus livros. Eu não estou a inventar nada. É um exercício de ‘apropriacionismo’ literário, é quase uma ‘collage’. Eu faço uma antologia das perguntas que ele escreveu”, explicou. Por isso, concluiu, é como “criar um novo relato da sua obra ao vivo”.

Além dos escritores portugueses Lídia Jorge e Valter Hugo Mãe, a primeira edição deste festival – “o único em Paris dedicado às literaturas em língua portuguesa e língua castelhana” – conta com os brasileiros Adriana Lisboa (Prémio José Saramago 2003) e João Gilberto Noll (vencedor, por cinco vezes, do Prémio Jabuti).

Foram ainda convidados o espanhol Ricardo Menéndez Salmón, os colombianos Héctor Abad Faciolince e Tomás González e, também, os argentinos Edgardo Cozarinsky e Rodrigo Fresán.

A 08 de abril, o Consulado Geral de Portugal em Paris recebe a escritora Lídia Jorge, autora de “Os Memoráveis” (2014) e de “A costa dos murmúrios” (1988), distinguida este ano com o Prémio Vergílio Ferreira, considerada pela revista francesa Le Magazine Littéraire, em 2013, como uma das “dez grandes vozes da literatura europeia”.

A 24 de junho, a Fundação Calouste Gulbenkian de Paris recebe Valter Hugo Mãe, o escritor português nascido em Angola, em 1971, distinguido com o Prémio José Saramago em 2007 e autor de romances como “o apocalipse dos trabalhadores” e “a máquina de fazer espanhóis”.

Paralelamente às “Conversas fictícias”, o festival organiza um “ciclo de diálogos” intitulado “Le Moi en Jeu”, no qual três escritores franceses debatem com três escritores latino-americanos os seus pontos de vista sobre a narrativa contemporânea.

O festival conta com várias parcerias, incluindo do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, da Fundação Calouste Gulbenkian de Paris, da Maison du Portugal André de Gouveia, da Embaixada e do Consulado de Portugal em Paris.

No passado domingo, Ignasi Duarte também levou as “conversas fictícias” à quinta edição do Festival Passa Porta, em Bruxelas, com a participação do escritor guatemalteco Eduardo Halfon e o mexicano Álvaro Enrigue.

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