Casamentos de Santo António

15-08-2015
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Pois é, chegamos a esta época do ano e os temas de conversa são sempre os mesmos. Começamos por falar no tempo: “Ai, está tanto calor, porra!”. Depois voltamos a falar do tempo: “porra, mas o sol e não aparece? Isto não é normal!” Depois mudamos um bocadinho e falamos dos Festas dos Santos Populares. “As Festas de Santo António este ano é que vão ser”, “As do São João no ano passado foram as melhores de sempre”, “Espero bem que o São Pedro este ano não mande chuva”. E depois temos o pior tema: Casamentos de Santo António.

Não consigo perceber porque continuamos com esta coisa dos Casamentos de Santo António. É certo que neste período dos temas interessantes tendem a desaparecer com alguma facilidade, e até compreendo que as revistas fúteis tenham de encher aquilo com alguma coisa, mas daí a dar um destaque tão relevante a este evento que no século passado até tinha a sua importância, agora tornou-se extremamente banal.

As biografias dos noivos são sempre muito bem elaboradas e dignas de serem mostradas a toda a gente. Este ano temos um jovem casal que mora num dos bairros mais típicos de Lisboa. Coisa fina, quem diria. Também vamos ter um casalinho que no trabalho não se entendiam bem, mas acabaram por se apaixonar. Cheira-me que houve um santo qualquer a intervir ou bruxaria, porque esta coisa de dar-se mal no trabalho e de repente surge uma paixão ardente, só pode ter sido coisa. E temos também uma mulher-macho, porque supostamente, foi ela que manipulou o pobre coitado a pedi-la em casamento. Isto deve durar dois a três meses, e depois lá termina de uma forma muito sofisticada.

E isto é bonito? Não me parece muito. E juro que até nem me importava que estes casamentos existissem e que as pessoas de facto ficassem muito felizes após o casório. O problema que se coloca aqui é: mas porque é que temos de levar com isto? Porque é que tenho de levar com as transmissões na RTP? Porque é que tenho de levar com este tema nos jornais? Porque é em Lisboa? Ah, boa resposta.

Dezasseis jovens estão a caminho do casamento. Tenho pena que só tenham aberto as vagas a jovens, porque ainda estava na esperança de ver o Jorge Jesus com o Bruno de Carvalho ou o Pedro Passos Coelho com o Paulo Portas. É uma pena de facto, porque aí sim, já teríamos todos um grande motivo para assistir a este grande evento que entretém unicamente os seniores nos lares de terceira idade.

Pois é, chegamos a esta época do ano e os temas de conversa são sempre os mesmos. Começamos por falar no tempo: “Ai, está tanto calor, porra!”. Depois voltamos a falar do tempo: “porra, mas o sol e não aparece? Isto não é normal!” Depois mudamos um bocadinho e falamos dos Festas dos Santos Populares. “As Festas de Santo António este ano é que vão ser”, “As do São João no ano passado foram as melhores de sempre”, “Espero bem que o São Pedro este ano não mande chuva”. E depois temos o pior tema: Casamentos de Santo António.

Não consigo perceber porque continuamos com esta coisa dos Casamentos de Santo António. É certo que neste período dos temas interessantes tendem a desaparecer com alguma facilidade, e até compreendo que as revistas fúteis tenham de encher aquilo com alguma coisa, mas daí a dar um destaque tão relevante a este evento que no século passado até tinha a sua importância, agora tornou-se extremamente banal.

As biografias dos noivos são sempre muito bem elaboradas e dignas de serem mostradas a toda a gente. Este ano temos um jovem casal que mora num dos bairros mais típicos de Lisboa. Coisa fina, quem diria. Também vamos ter um casalinho que no trabalho não se entendiam bem, mas acabaram por se apaixonar. Cheira-me que houve um santo qualquer a intervir ou bruxaria, porque esta coisa de dar-se mal no trabalho e de repente surge uma paixão ardente, só pode ter sido coisa. E temos também uma mulher-macho, porque supostamente, foi ela que manipulou o pobre coitado a pedi-la em casamento. Isto deve durar dois a três meses, e depois lá termina de uma forma muito sofisticada.

E isto é bonito? Não me parece muito. E juro que até nem me importava que estes casamentos existissem e que as pessoas de facto ficassem muito felizes após o casório. O problema que se coloca aqui é: mas porque é que temos de levar com isto? Porque é que tenho de levar com as transmissões na RTP? Porque é que tenho de levar com este tema nos jornais? Porque é em Lisboa? Ah, boa resposta.

Dezasseis jovens estão a caminho do casamento. Tenho pena que só tenham aberto as vagas a jovens, porque ainda estava na esperança de ver o Jorge Jesus com o Bruno de Carvalho ou o Pedro Passos Coelho com o Paulo Portas. É uma pena de facto, porque aí sim, já teríamos todos um grande motivo para assistir a este grande evento que entretém unicamente os seniores nos lares de terceira idade.

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