Não foi a crise que trouxe a emigração, defende Passos Coelho

10-04-2015
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O primeiro-ministro afirmou que “não foi a crise que trouxe a emigração” e que o “saldo líquido” apenas “foi reforçado durante os anos da crise”, sendo acusado pelo PEV de “mentir” e recebendo protestos da extrema-esquerda.

As afirmações de Pedro Passos Coelho foram proferidas no parlamento, durante o debate quinzenal, durante uma troca de argumentos sobre os dados do desemprego com a deputada ecologista Heloísa Apolónia.

Passos admitiu não estar totalmente satisfeito com os dados que mostram descida do desemprego, mas notou que “algum sucesso foi registado”, já que a taxa atual é “inferior à registada no pico da crise, em princípios de 2013”.

“Não insista nessa versão de que estatisticamente o desemprego só baixou porque houve emigração, porque houve emigração antes da crise, não foi a crise que trouxe a emigração, já havia emigração antes da crise, é verdade, imagine a senhora deputada”, afirmou Passos Coelho, motivando protestos audíveis das bancadas do PEV, PCP e BE.

Em tom irónico, acrescentou: “Ora aí está outra coisa que a oposição não sabe, é verdade, os saldos emigratórios [sic] provam que todos os anos Portugal tinha um saldo líquido emigratório positivo, que foi reforçado durante os anos da crise, e imagine a senhora deputada que apesar disso o emprego aumentou”.

“Hoje é dia das mentiras, mas não abuse, não abuse por favor, essa da emigração, querendo agora o senhor primeiro-ministro desvirtuar totalmente a realidade, dizendo que no decurso do seu mandato não houve mais picos de emigração, senhor primeiro-ministro, espere, também não se lembra de ter aconselhado os jovens e os professores a emigrar? Não, diz o senhor primeiro-ministro, mas os portugueses lembram-se”, afirmou, recebendo igualmente protestos da bancada do PSD.

A deputada do PEV criticou ainda o programa recentemente lançado pelo Governo para apoiar o regresso de emigrantes portugueses a Portugal: “O que tinham para oferecer eram estágios ou apoiar trinta projetos de empreendedorismo, isto é gozar com as pessoas”.

“O senhor não quer encarar a realidade, mas não goze, nem minta, mesmo no dia das mentiras”, acrescentou.

No final do debate, a deputada do PEV pediu ainda ao Governo para tomar medidas na sequência de um alerta da Organização Mundial de Saúde sobre o potencial cancerígeno do Glifosato, o “herbicida mais vendido em Portugal”.

“Quero pedir-lhe que tome medidas em matéria ambiental e de saúde pública”, declarou.

O primeiro-ministro afirmou que “não foi a crise que trouxe a emigração” e que o “saldo líquido” apenas “foi reforçado durante os anos da crise”, sendo acusado pelo PEV de “mentir” e recebendo protestos da extrema-esquerda.

As afirmações de Pedro Passos Coelho foram proferidas no parlamento, durante o debate quinzenal, durante uma troca de argumentos sobre os dados do desemprego com a deputada ecologista Heloísa Apolónia.

Passos admitiu não estar totalmente satisfeito com os dados que mostram descida do desemprego, mas notou que “algum sucesso foi registado”, já que a taxa atual é “inferior à registada no pico da crise, em princípios de 2013”.

“Não insista nessa versão de que estatisticamente o desemprego só baixou porque houve emigração, porque houve emigração antes da crise, não foi a crise que trouxe a emigração, já havia emigração antes da crise, é verdade, imagine a senhora deputada”, afirmou Passos Coelho, motivando protestos audíveis das bancadas do PEV, PCP e BE.

Em tom irónico, acrescentou: “Ora aí está outra coisa que a oposição não sabe, é verdade, os saldos emigratórios [sic] provam que todos os anos Portugal tinha um saldo líquido emigratório positivo, que foi reforçado durante os anos da crise, e imagine a senhora deputada que apesar disso o emprego aumentou”.

“Hoje é dia das mentiras, mas não abuse, não abuse por favor, essa da emigração, querendo agora o senhor primeiro-ministro desvirtuar totalmente a realidade, dizendo que no decurso do seu mandato não houve mais picos de emigração, senhor primeiro-ministro, espere, também não se lembra de ter aconselhado os jovens e os professores a emigrar? Não, diz o senhor primeiro-ministro, mas os portugueses lembram-se”, afirmou, recebendo igualmente protestos da bancada do PSD.

A deputada do PEV criticou ainda o programa recentemente lançado pelo Governo para apoiar o regresso de emigrantes portugueses a Portugal: “O que tinham para oferecer eram estágios ou apoiar trinta projetos de empreendedorismo, isto é gozar com as pessoas”.

“O senhor não quer encarar a realidade, mas não goze, nem minta, mesmo no dia das mentiras”, acrescentou.

No final do debate, a deputada do PEV pediu ainda ao Governo para tomar medidas na sequência de um alerta da Organização Mundial de Saúde sobre o potencial cancerígeno do Glifosato, o “herbicida mais vendido em Portugal”.

“Quero pedir-lhe que tome medidas em matéria ambiental e de saúde pública”, declarou.

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