Encontrei poesia em São Pedro do Sul

09-04-2015
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Saí da Sá Carneiro passei ao jardim

para sossegar, fui até às moitinhas

ruelas estreitas, não dava por mim,

era outra Cidade lida entrelinhas.

Eu queria provar o rústico e a nostalgia,

eu queria escrever um poema de amor,

em vez de carta decidi-me pela poesia

que está em toda a parte, está sim senhor.

Está na ponte, nas termas, no monte,

no vouga, na Rádio Lafões, na cadeia,

no largo da cerca, no belo horizonte,

no café, no combinado e à ceia.

Na Sá Carneiro, falei com o Luís Rocha,

com o Fernandes, Eduardo e o Ribeiro,

no meu terraço estou à luz da tocha,

amanhã vou à piscina e ao barbeiro.

Fui ao Solar da Lapa comprei pão e tomei café,

vi as famílias Costa e José Sousa.

Ao meio dia fui almoçar ao São José

e antes de ir ao Intermarché, consultei a lousa.

Eu tinha anotado sardinhas, vinho do Dão,

queijo da Serra, azeitonas e presunto.

O frigorífico está cheio, tudo à mão,

estou no terraço bebo cerveja e mudo de assunto.

Amanhã vou aos correios e às finanças,

passo pelo Casais e depois vou à Gazeta.

Vou à loja dos trezentos comprar umas lembranças

e ouvi uma conversa que o Euro é uma treta.

Dei a volta e fui cumprimentar os Moreiras,

os Rodrigues e o Bandeira Pinho,

trouxe um conselho e duas torneiras,

não falta nada, só por vezes o carinho.

Dizem alguns idosos na misericórdia

meu filho só cá vem duas vezes ao ano,

divorciou-se vive sózinho, é uma discórdia

a mulher fugiu com outro fulano

Passei no centro de saúde, o antigo hospital,

a sala de espera estava a abarrotar.

Dizem que é assim em todo o Portugal,

não se espera tanto, se for a pagar.

Depois dei a volta passei no Carvalhas,

fui na Rua Direita passei pela lavandaria.

O Senhor Elias passava umas toalhas,

antes de ir para casa fui à mercearia

Era já tarde quando regressei a casa,

gostei de passear sob um céu azul.

De noite gritam pessoas com grão na asa,

interropem-nos o sono em São Pedro do Sul.

Saí da Sá Carneiro passei ao jardim

para sossegar, fui até às moitinhas

ruelas estreitas, não dava por mim,

era outra Cidade lida entrelinhas.

Eu queria provar o rústico e a nostalgia,

eu queria escrever um poema de amor,

em vez de carta decidi-me pela poesia

que está em toda a parte, está sim senhor.

Está na ponte, nas termas, no monte,

no vouga, na Rádio Lafões, na cadeia,

no largo da cerca, no belo horizonte,

no café, no combinado e à ceia.

Na Sá Carneiro, falei com o Luís Rocha,

com o Fernandes, Eduardo e o Ribeiro,

no meu terraço estou à luz da tocha,

amanhã vou à piscina e ao barbeiro.

Fui ao Solar da Lapa comprei pão e tomei café,

vi as famílias Costa e José Sousa.

Ao meio dia fui almoçar ao São José

e antes de ir ao Intermarché, consultei a lousa.

Eu tinha anotado sardinhas, vinho do Dão,

queijo da Serra, azeitonas e presunto.

O frigorífico está cheio, tudo à mão,

estou no terraço bebo cerveja e mudo de assunto.

Amanhã vou aos correios e às finanças,

passo pelo Casais e depois vou à Gazeta.

Vou à loja dos trezentos comprar umas lembranças

e ouvi uma conversa que o Euro é uma treta.

Dei a volta e fui cumprimentar os Moreiras,

os Rodrigues e o Bandeira Pinho,

trouxe um conselho e duas torneiras,

não falta nada, só por vezes o carinho.

Dizem alguns idosos na misericórdia

meu filho só cá vem duas vezes ao ano,

divorciou-se vive sózinho, é uma discórdia

a mulher fugiu com outro fulano

Passei no centro de saúde, o antigo hospital,

a sala de espera estava a abarrotar.

Dizem que é assim em todo o Portugal,

não se espera tanto, se for a pagar.

Depois dei a volta passei no Carvalhas,

fui na Rua Direita passei pela lavandaria.

O Senhor Elias passava umas toalhas,

antes de ir para casa fui à mercearia

Era já tarde quando regressei a casa,

gostei de passear sob um céu azul.

De noite gritam pessoas com grão na asa,

interropem-nos o sono em São Pedro do Sul.

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