Ex-combatentes emigrantes exigem reformas

15-08-2015
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Comunidades
Ex-combatentes emigrantes exigem reformas
Segunda-feira 7 de agosto de 2006 às 00:13

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{mosimage}Ex-combatentes portugueses residentes em França e no Luxemburgo manifestaram- se junto ao Monumento dos Combatentes do Ultramar, em Lisboa, para exigir a aplicação da lei que permite contar para efeitos de reforma o tempo cumprido no serviço militar.

© Noticias Lusofonas

A acção de protesto visou chamar a atenção do Governo português para o facto de, dois anos depois de ter sido votada, ainda não ter sido regulamentada a Lei que alarga aos ex-combatentes emigrantes a contagem para efeitos de reforma do tempo do serviço militar.
"Foi-nos prometida a regulamentação da lei 21/2004 no prazo de 60 dias, mas já lá vão dois anos e nós continuamos à espera", disse o presidente da Comissão dos Ex- Militares Portugueses no Luxemburgo, Manuel Gomes da Silva, residente no Luxemburgo há 34 anos.
"O partido socialista, em campanha eleitoral, fez disto bandeira e prometeu resolver a situação, (mas) nada tem feito", criticou Manuel Gomes da Silva.
O tesoureiro da Associação dos Reformados e dos Ex- Militares/Ex-Combatentes Portugueses de França, António Pereira Nunes, adiantou que os ex-combatentes não reivindicam somas concretas, mas "sobretudo o tempo", referindo que em França, para os trabalhadores no sistema privado, só contam para efeitos de cálculo da pensão de reforma os "25 melhores anos" de salário.
A acção de protesto reuniu cerca de três dezenas de ex-combatentes acompanhados por familiares com cartazes e faixas onde se podiam ler palavras de ordem como "Estamos fartos de mentirosos", "ex-militares exigem reconhecimento" ou ainda "Portugal, és a vergonha da Europa : paga a reforma aos teus ex-combatentes e paga menos a Manuel Alegre".
O caso da reforma de Manuel Alegre, superior a três mil euros mensais foi evocado com ironia por José Fernandes, de 63 anos, ex-combatente em Angola e imigrante em França há 37 anos.
"O senhor Manuel Alegre é que é um herói da pátria, como todas as pessoas da minha idade que fugiram (do país durante a ditadura) e que hoje já não precisam desse tempo para estar reformados", disse José Fernandes.
"Como a lei em França não permite trabalhar além dos 65 anos, vai-me faltar 30 a 40% da minha reforma", queixou-se ainda José Fernandes, recordando que os ex-combatentes só exigem ao governo o desconto do tempo em que combateram nas ex-colónias.
O protesto foi convocado pela Associação dos Reformados e dos Ex-Militares/Ex-Combatentes Portugueses de França e pela Comissão dos Ex-Militares Portugueses no Luxemburgo.

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Segunda-feira 7 de agosto de 2006 às 00:13

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{mosimage}Ex-combatentes portugueses residentes em França e no Luxemburgo manifestaram- se junto ao Monumento dos Combatentes do Ultramar, em Lisboa, para exigir a aplicação da lei que permite contar para efeitos de reforma o tempo cumprido no serviço militar.

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A acção de protesto visou chamar a atenção do Governo português para o facto de, dois anos depois de ter sido votada, ainda não ter sido regulamentada a Lei que alarga aos ex-combatentes emigrantes a contagem para efeitos de reforma do tempo do serviço militar.
"Foi-nos prometida a regulamentação da lei 21/2004 no prazo de 60 dias, mas já lá vão dois anos e nós continuamos à espera", disse o presidente da Comissão dos Ex- Militares Portugueses no Luxemburgo, Manuel Gomes da Silva, residente no Luxemburgo há 34 anos.
"O partido socialista, em campanha eleitoral, fez disto bandeira e prometeu resolver a situação, (mas) nada tem feito", criticou Manuel Gomes da Silva.
O tesoureiro da Associação dos Reformados e dos Ex- Militares/Ex-Combatentes Portugueses de França, António Pereira Nunes, adiantou que os ex-combatentes não reivindicam somas concretas, mas "sobretudo o tempo", referindo que em França, para os trabalhadores no sistema privado, só contam para efeitos de cálculo da pensão de reforma os "25 melhores anos" de salário.
A acção de protesto reuniu cerca de três dezenas de ex-combatentes acompanhados por familiares com cartazes e faixas onde se podiam ler palavras de ordem como "Estamos fartos de mentirosos", "ex-militares exigem reconhecimento" ou ainda "Portugal, és a vergonha da Europa : paga a reforma aos teus ex-combatentes e paga menos a Manuel Alegre".
O caso da reforma de Manuel Alegre, superior a três mil euros mensais foi evocado com ironia por José Fernandes, de 63 anos, ex-combatente em Angola e imigrante em França há 37 anos.
"O senhor Manuel Alegre é que é um herói da pátria, como todas as pessoas da minha idade que fugiram (do país durante a ditadura) e que hoje já não precisam desse tempo para estar reformados", disse José Fernandes.
"Como a lei em França não permite trabalhar além dos 65 anos, vai-me faltar 30 a 40% da minha reforma", queixou-se ainda José Fernandes, recordando que os ex-combatentes só exigem ao governo o desconto do tempo em que combateram nas ex-colónias.
O protesto foi convocado pela Associação dos Reformados e dos Ex-Militares/Ex-Combatentes Portugueses de França e pela Comissão dos Ex-Militares Portugueses no Luxemburgo.

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