o ceu é o limite: O epicentro dos nossos terramotos é a desilusão

30-06-2011
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Os terramotos nascem da desilusão. Surpreendem-nos porque nos conseguem desiludir. E a terra e o mar tremem a sério quando os outros não são aquilo que achávamos que eram, e nos traem. Não porque nos espetem um punhal nas costas, mas porque, por alguma razão - até simplesmente por não nos termos dado ao trabalho de os olhar com olhos de ver - se comportam de uma maneira diferente da prevista, ou seja, não nos tratam com a lealdade que nos era devida, não agem com a honestidade que esperávamos ou pisam riscos que para nós são inultrapassáveis.Há um terramoto sempre que perdemos a confiança em alguém em quem confiávamos cegamente e nos sentimos de repente tão perdidos porque, ao deixarmos de saber quem o outro é, deixamos também de saber quem somos, e é como se sob os destroços já não fosse possível encontrar, intacta, qualquer outra relação.E regista-se um terramoto de dez na escala de Richter quando nos traímos a nós mesmos e não somos nada daquilo que gostaríamos de ser.Excerto de um texto de Isabel Stilwell na NM

Os terramotos nascem da desilusão. Surpreendem-nos porque nos conseguem desiludir. E a terra e o mar tremem a sério quando os outros não são aquilo que achávamos que eram, e nos traem. Não porque nos espetem um punhal nas costas, mas porque, por alguma razão - até simplesmente por não nos termos dado ao trabalho de os olhar com olhos de ver - se comportam de uma maneira diferente da prevista, ou seja, não nos tratam com a lealdade que nos era devida, não agem com a honestidade que esperávamos ou pisam riscos que para nós são inultrapassáveis.Há um terramoto sempre que perdemos a confiança em alguém em quem confiávamos cegamente e nos sentimos de repente tão perdidos porque, ao deixarmos de saber quem o outro é, deixamos também de saber quem somos, e é como se sob os destroços já não fosse possível encontrar, intacta, qualquer outra relação.E regista-se um terramoto de dez na escala de Richter quando nos traímos a nós mesmos e não somos nada daquilo que gostaríamos de ser.Excerto de um texto de Isabel Stilwell na NM

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