Portugal é mesmo um paraíso para as golpadazecas. Antes de abandonar o Governo, o ministro Mário Lino autorizou a transferência de 30 milhões de euros para a Fundação para as Comunicações Móveis (FCM). Esta fundação, constituída pela TMN, Vodafone e Optimus em Setembro de 2008 - por iniciativa do Governo -, com dotação inicial de 61,5 milhões de euros (25 milhões dos operadores e 36,5 milhões transferidos pelo Estado), acabou 2008 com um passivo de quase 600 mil euros. Entre as despesas do exercício contabilizam-se as remunerações dos três membros do conselho de administração (72 mil euros em três meses - média de 24 mil euros para cada um e oito mil euros por mês por cada um), a realização de eventos (107 mil euros), consultores (83 mil euros) e Internet (130 mil euros), entre outras.Portugal está a saque. É necessário saber o que se passou em concreto com esta Fundação, quer no aspecto da legalidade contabilística, quer no aspecto da razão política da criação deste autêntico saco azul. Mário Lino também terá ido buscar cerca de 180 milhões de euros à Acção Social Escolar para pagar o computador Magalhães e fazer o acerto de contas com as operadoras. Esta informação já foi confirmada pelo ex-governante.A FCM recebeu uma transferência financeira de aproximadamente 180 milhões de euros da Acção Social Escolar (ASE) para pagar aos operadores móveis.Terá sido desta forma que a FCM conseguiu saldar as dívidas com as operadoras móveis Optimus e TMN que, por sua vez, e conforme estava negociado com o Governo, terão entregue aproximadamente 100 milhões de euros à JP Sá Couto.Com esta transferência, a ASE pagou os computadores tanto aos que os adquiriram a custo zero, portanto os mais carenciados, como aos que os compraram por 50 euros, ou seja, aos que não têm direito a este apoio.Eu estava a estranhar esta obsessão do PS em fugir a uma Comissão Parlamentar de Inquérito ao Magalhães. Afinal, há gato no Largo do Rato... Quase que aposto que Sócrates vai jurar a pés juntos de que não sabia de nada, nadinha, absolutamente nada.
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Portugal é mesmo um paraíso para as golpadazecas. Antes de abandonar o Governo, o ministro Mário Lino autorizou a transferência de 30 milhões de euros para a Fundação para as Comunicações Móveis (FCM). Esta fundação, constituída pela TMN, Vodafone e Optimus em Setembro de 2008 - por iniciativa do Governo -, com dotação inicial de 61,5 milhões de euros (25 milhões dos operadores e 36,5 milhões transferidos pelo Estado), acabou 2008 com um passivo de quase 600 mil euros. Entre as despesas do exercício contabilizam-se as remunerações dos três membros do conselho de administração (72 mil euros em três meses - média de 24 mil euros para cada um e oito mil euros por mês por cada um), a realização de eventos (107 mil euros), consultores (83 mil euros) e Internet (130 mil euros), entre outras.Portugal está a saque. É necessário saber o que se passou em concreto com esta Fundação, quer no aspecto da legalidade contabilística, quer no aspecto da razão política da criação deste autêntico saco azul. Mário Lino também terá ido buscar cerca de 180 milhões de euros à Acção Social Escolar para pagar o computador Magalhães e fazer o acerto de contas com as operadoras. Esta informação já foi confirmada pelo ex-governante.A FCM recebeu uma transferência financeira de aproximadamente 180 milhões de euros da Acção Social Escolar (ASE) para pagar aos operadores móveis.Terá sido desta forma que a FCM conseguiu saldar as dívidas com as operadoras móveis Optimus e TMN que, por sua vez, e conforme estava negociado com o Governo, terão entregue aproximadamente 100 milhões de euros à JP Sá Couto.Com esta transferência, a ASE pagou os computadores tanto aos que os adquiriram a custo zero, portanto os mais carenciados, como aos que os compraram por 50 euros, ou seja, aos que não têm direito a este apoio.Eu estava a estranhar esta obsessão do PS em fugir a uma Comissão Parlamentar de Inquérito ao Magalhães. Afinal, há gato no Largo do Rato... Quase que aposto que Sócrates vai jurar a pés juntos de que não sabia de nada, nadinha, absolutamente nada.