Livro de Ana Peixoto Fernandes recorda empresa de construção naval vianense

13-12-2020
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A Câmara Municipal de Viana do Castelo acaba de lançar o livro “ENVC: O Estaleiro da saudade”, da autoria da jornalista Ana Peixoto Fernandes e com fotografia de Egídio Santos. A obra aborda as gerações, a cultura e o desfecho da empresa, contando com testemunhos de antigos trabalhadores, sindicalistas, políticos e empresários, entre muito mais.

Durante a sessão, o autarca de Viana do Castelo lembrou que a empresa faz parte da memória e identidade da cidade e que a edição pretende também “constituir para memória futura a vida de empresa que marcou a cidade e foi uma escola de cidadania”. José Maria Costa lembrou a história recente da empresa, agradecendo aos sucessivos executivos municipais pelo apoio na luta contra o encerramento da empresa, mas também ao ex-deputado Jorge Fão, à euro-deputada Edite Estrela, ao líder da Comissão de Trabalhadores António Costa e a Mários Soares, presente na maior manifestação contra o encerramento.

“Os ENVC foram um verdadeiro centro de competências”, evidenciou ainda, lembrando que embora a solução encontrada não fosse a que escolheria, ainda assim foi mantida e valorizada esta competência, com a valorização dos recursos humanos.

“O Estaleiro da Saudade” reúne entrevistas com Paulo Portas, Carlos Veiga Anjos, Carlos Martins, Ana Gomes, Jerónimo de Sousa, Arménio Carlos, Jorge Fão, o ator Nuno Lopes, entre outros, com fotografias e textos sobre os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) enquanto empresa que, durante quase 70 anos, foi o epicentro da atividade económica, laboral, social e até cultural da cidade.

Na sua intervenção, o fotógrafo sublinhou o sentimento em volta da empresa que as fotografias suscitaram desde início, enquanto a autora lembrou a honra em trabalhar e agradeceu a oportunidade. “Esta é uma comunidade única que só existe nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo”.

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo foram fundados em junho de 1944, no âmbito do programa do Governo de então, para a modernização da frota de pesca do largo, na forma de uma sociedade por cotas de responsabilidade limitada com o capital social de 750 contos, por um grupo de técnicos e operários especializados oriundos dos Estaleiros Navais do Porto de Lisboa, encabeçados por Américo Rodrigues, seu mestre geral. À empresa juntaram-se, como sócios capitalistas, Vasco D’Orey e o vianense João Alves Cerqueira da Empresa de Pesca Proprietária de veleiros para a pesca do bacalhau.

Os três primeiros navios construídos pelos ENVC, entregues em 1948, foram arrastões para a pesca do bacalhau. Eram eles o “Senhor dos Mareantes” e o “Senhora das Candeias” para a Empresa de Pesca de Viana e o “São Gonçalinho” para a Empresa de Pesca de Aveiro.

Em 1975, a empresa foi nacionalizada, passando a Empresa Pública e o seu capital social aumentado para 330.000 contos.

Os ENVC encontravam-se em processo de extinção desde 10 de janeiro de 2014, data da assinatura, entre o Governo da altura e o grupo privado Martifer, do contrato de subconcessão dos estaleiros navais até 2031. A extinção dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) aconteceu a 31 de março de 2018.

Os ENVC eram a única empresa de construção naval do país, em atividade desde 1944, sendo o maior Estaleiro de construção naval de Portugal, tendo construído mais de 200 navios de vários tipos nos seus quase 70 anos de existência: batelões, rebocadores, ferry-boats, navios de pesca, carga a granel, porta-contentores, transportadores de cimento, navios tanques, LPG, transportadores de produtos químicos e vasos de guerra.

A Câmara Municipal de Viana do Castelo acaba de lançar o livro “ENVC: O Estaleiro da saudade”, da autoria da jornalista Ana Peixoto Fernandes e com fotografia de Egídio Santos. A obra aborda as gerações, a cultura e o desfecho da empresa, contando com testemunhos de antigos trabalhadores, sindicalistas, políticos e empresários, entre muito mais.

Durante a sessão, o autarca de Viana do Castelo lembrou que a empresa faz parte da memória e identidade da cidade e que a edição pretende também “constituir para memória futura a vida de empresa que marcou a cidade e foi uma escola de cidadania”. José Maria Costa lembrou a história recente da empresa, agradecendo aos sucessivos executivos municipais pelo apoio na luta contra o encerramento da empresa, mas também ao ex-deputado Jorge Fão, à euro-deputada Edite Estrela, ao líder da Comissão de Trabalhadores António Costa e a Mários Soares, presente na maior manifestação contra o encerramento.

“Os ENVC foram um verdadeiro centro de competências”, evidenciou ainda, lembrando que embora a solução encontrada não fosse a que escolheria, ainda assim foi mantida e valorizada esta competência, com a valorização dos recursos humanos.

“O Estaleiro da Saudade” reúne entrevistas com Paulo Portas, Carlos Veiga Anjos, Carlos Martins, Ana Gomes, Jerónimo de Sousa, Arménio Carlos, Jorge Fão, o ator Nuno Lopes, entre outros, com fotografias e textos sobre os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) enquanto empresa que, durante quase 70 anos, foi o epicentro da atividade económica, laboral, social e até cultural da cidade.

Na sua intervenção, o fotógrafo sublinhou o sentimento em volta da empresa que as fotografias suscitaram desde início, enquanto a autora lembrou a honra em trabalhar e agradeceu a oportunidade. “Esta é uma comunidade única que só existe nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo”.

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo foram fundados em junho de 1944, no âmbito do programa do Governo de então, para a modernização da frota de pesca do largo, na forma de uma sociedade por cotas de responsabilidade limitada com o capital social de 750 contos, por um grupo de técnicos e operários especializados oriundos dos Estaleiros Navais do Porto de Lisboa, encabeçados por Américo Rodrigues, seu mestre geral. À empresa juntaram-se, como sócios capitalistas, Vasco D’Orey e o vianense João Alves Cerqueira da Empresa de Pesca Proprietária de veleiros para a pesca do bacalhau.

Os três primeiros navios construídos pelos ENVC, entregues em 1948, foram arrastões para a pesca do bacalhau. Eram eles o “Senhor dos Mareantes” e o “Senhora das Candeias” para a Empresa de Pesca de Viana e o “São Gonçalinho” para a Empresa de Pesca de Aveiro.

Em 1975, a empresa foi nacionalizada, passando a Empresa Pública e o seu capital social aumentado para 330.000 contos.

Os ENVC encontravam-se em processo de extinção desde 10 de janeiro de 2014, data da assinatura, entre o Governo da altura e o grupo privado Martifer, do contrato de subconcessão dos estaleiros navais até 2031. A extinção dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) aconteceu a 31 de março de 2018.

Os ENVC eram a única empresa de construção naval do país, em atividade desde 1944, sendo o maior Estaleiro de construção naval de Portugal, tendo construído mais de 200 navios de vários tipos nos seus quase 70 anos de existência: batelões, rebocadores, ferry-boats, navios de pesca, carga a granel, porta-contentores, transportadores de cimento, navios tanques, LPG, transportadores de produtos químicos e vasos de guerra.

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