PAN propõe reestruturação do sistema financeiro europeu

22-09-2015
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As notícias sobre o grupo BES, as alegadas irregularidades no seu interior e o medo de um novo BPN (ou pior) têm dominado o panorama mediático nacional. De facto, o colapso de um grupo económico tão poderoso poderá ter efeitos desastrosos na já débil economia nacional.

No entanto, o que ninguém discute é as verdadeiras causas que permitem que a sobrevivência de um grupo de empresas possa pôr em causa a qualidade de vida de milhões de pessoas.

Ninguém discute como é possível existir um sistema monetário e financeiro que depende totalmente de um punhado de empresas, os bancos.

Ninguém discute como se permite que 97% da moeda em circulação na economia europeia seja criada pelo sector bancário (na sua maioria privado), colocando nas mãos de interesses empresariais, a vida dos cidadãos.

Ninguém discute como pode ser justo um sistema que depende da criação de dívida para ter moeda a circular.

Ninguém discute o poder dado aos bancos de escolher, através das suas políticas de financiamento, quais os sectores económicos que se devem desenvolver no país, sem qualquer legitimidade democrática.

Ninguém discute o facto de um deputado do PSD, Paulo Mota Pinto, presidente da Comissão de Assuntos Europeus, ser agora chairman do BES.

Ninguém discute o facto de um conselheiro de estado, ainda em funções por nomeação de Cavaco Silva, Vitor Bento, ser o próximo CEO do BES.

Ninguém discute também o facto de João Moreira Rato passar directamente de Presidente do Instituto de Gestão do Crédito Público para CFO (responsável pela área financeira) do BES.

Ninguém discute a promiscuidade entre sistema financeiro e a política, que têm dominado os governos dos últimos 20 anos.

Ninguém discute quem são os verdadeiros responsáveis pelas bolhas imobiliárias que têm dominado vários países, com os efeitos que todos conhecem.

Ninguém discute quais as verdadeiras reformas necessárias ao sistema bancário, monetário e financeiro.

O PAN considera, assim, que resolver o problema do BES é importante, mas que é necessário mais do que isso: é fundamental ir à verdadeira raiz do problema e reformar todo um sistema, evitando que novos BPN e BES surjam ciclicamente.

É por isso que o PAN propõe um plano de transição faseada para um sistema que visa devolver às instituições democráticas o poder efectivo para a criação de dinheiro – que caberia, em exclusivo, ao Banco Central Europeu (BCE) – e, assim, democratizar a economia e o seu financiamento.

No sistema proposto, um banco passará a ser um verdadeiro intermediário financeiro, não um criador de dinheiro e dívida, e poderá falir sem grandes implicações macroeconómicas, sem custos para os contribuintes e sem pôr em risco as contas à ordem dos depositantes, que serão garantidas a 100% pelo BCE.

Os pormenores das propostas do PAN podem ser consultadas no capítulo "Acabar com a Economia da Dívida" do seu programa político que poderá ser consultado em http://pan.com.pt/images/pdf/programapoliticoeuropeias_web-2.pdf (Págs. 9-11)

Mas a ausência de discussão e critério não se fica somente pela questão económica.

Urge devolver a ética à política.

Porque outro mundo é possível.

As notícias sobre o grupo BES, as alegadas irregularidades no seu interior e o medo de um novo BPN (ou pior) têm dominado o panorama mediático nacional. De facto, o colapso de um grupo económico tão poderoso poderá ter efeitos desastrosos na já débil economia nacional.

No entanto, o que ninguém discute é as verdadeiras causas que permitem que a sobrevivência de um grupo de empresas possa pôr em causa a qualidade de vida de milhões de pessoas.

Ninguém discute como é possível existir um sistema monetário e financeiro que depende totalmente de um punhado de empresas, os bancos.

Ninguém discute como se permite que 97% da moeda em circulação na economia europeia seja criada pelo sector bancário (na sua maioria privado), colocando nas mãos de interesses empresariais, a vida dos cidadãos.

Ninguém discute como pode ser justo um sistema que depende da criação de dívida para ter moeda a circular.

Ninguém discute o poder dado aos bancos de escolher, através das suas políticas de financiamento, quais os sectores económicos que se devem desenvolver no país, sem qualquer legitimidade democrática.

Ninguém discute o facto de um deputado do PSD, Paulo Mota Pinto, presidente da Comissão de Assuntos Europeus, ser agora chairman do BES.

Ninguém discute o facto de um conselheiro de estado, ainda em funções por nomeação de Cavaco Silva, Vitor Bento, ser o próximo CEO do BES.

Ninguém discute também o facto de João Moreira Rato passar directamente de Presidente do Instituto de Gestão do Crédito Público para CFO (responsável pela área financeira) do BES.

Ninguém discute a promiscuidade entre sistema financeiro e a política, que têm dominado os governos dos últimos 20 anos.

Ninguém discute quem são os verdadeiros responsáveis pelas bolhas imobiliárias que têm dominado vários países, com os efeitos que todos conhecem.

Ninguém discute quais as verdadeiras reformas necessárias ao sistema bancário, monetário e financeiro.

O PAN considera, assim, que resolver o problema do BES é importante, mas que é necessário mais do que isso: é fundamental ir à verdadeira raiz do problema e reformar todo um sistema, evitando que novos BPN e BES surjam ciclicamente.

É por isso que o PAN propõe um plano de transição faseada para um sistema que visa devolver às instituições democráticas o poder efectivo para a criação de dinheiro – que caberia, em exclusivo, ao Banco Central Europeu (BCE) – e, assim, democratizar a economia e o seu financiamento.

No sistema proposto, um banco passará a ser um verdadeiro intermediário financeiro, não um criador de dinheiro e dívida, e poderá falir sem grandes implicações macroeconómicas, sem custos para os contribuintes e sem pôr em risco as contas à ordem dos depositantes, que serão garantidas a 100% pelo BCE.

Os pormenores das propostas do PAN podem ser consultadas no capítulo "Acabar com a Economia da Dívida" do seu programa político que poderá ser consultado em http://pan.com.pt/images/pdf/programapoliticoeuropeias_web-2.pdf (Págs. 9-11)

Mas a ausência de discussão e critério não se fica somente pela questão económica.

Urge devolver a ética à política.

Porque outro mundo é possível.

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