Da Literatura: NÃO OBSTANTE

03-07-2011
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Generosidade sua, Tiago. Já não tenho idade para «tocar com os dedos dos pés no alto da cabeça». Era bom, era, mas era quando tinha a sua idade (nem V. calcula do que eu era capaz). Falando agora de coisas sérias, a ver se a gente se entende. Eu não digo, em lado nenhum, que os protestos de rua, o alto índice do desemprego, o “caso” Freeport, o “incómodo” da ASAE, a polémica à volta do novo aeroporto de Lisboa, a contestação dos professores, as campanhas negras da TVI, os processos a jornalistas, o Belémgate, a crise económica internacional e o endividamento dos portugueses não sejam reais. O que eu digo, aqui, é que apesar desses incidentes o PSD não foi capaz de ganhar as eleições. Mais: o PSD credível, apoiado, não por um, mas por dois “Karl Rove” de peso — José Pacheco Pereira e Paulo Mota Pinto —, o que significa um patamar de pensamento vários furos acima da clique acaciana (Eduardo Azevedo Soares, José Luís Arnaut, José Pedro Aguiar-Branco, Luís Marques Guedes, etc.), se mostrou incapaz de revelar uma ideia ao país. E os eleitores reagiram em conformidade, em dois actos eleitorais com quinze dias de intervalo. Tão simples como isto. Conclusão: imagine o que seria sem os empecilhos que o governo de José Sócrates teve de tornear.Etiquetas: Eleições autárquicas 2009, Legislativas 2009, Política nacional

Generosidade sua, Tiago. Já não tenho idade para «tocar com os dedos dos pés no alto da cabeça». Era bom, era, mas era quando tinha a sua idade (nem V. calcula do que eu era capaz). Falando agora de coisas sérias, a ver se a gente se entende. Eu não digo, em lado nenhum, que os protestos de rua, o alto índice do desemprego, o “caso” Freeport, o “incómodo” da ASAE, a polémica à volta do novo aeroporto de Lisboa, a contestação dos professores, as campanhas negras da TVI, os processos a jornalistas, o Belémgate, a crise económica internacional e o endividamento dos portugueses não sejam reais. O que eu digo, aqui, é que apesar desses incidentes o PSD não foi capaz de ganhar as eleições. Mais: o PSD credível, apoiado, não por um, mas por dois “Karl Rove” de peso — José Pacheco Pereira e Paulo Mota Pinto —, o que significa um patamar de pensamento vários furos acima da clique acaciana (Eduardo Azevedo Soares, José Luís Arnaut, José Pedro Aguiar-Branco, Luís Marques Guedes, etc.), se mostrou incapaz de revelar uma ideia ao país. E os eleitores reagiram em conformidade, em dois actos eleitorais com quinze dias de intervalo. Tão simples como isto. Conclusão: imagine o que seria sem os empecilhos que o governo de José Sócrates teve de tornear.Etiquetas: Eleições autárquicas 2009, Legislativas 2009, Política nacional

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