Ícones urbanos

13-10-2015
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O MiTo foi feito a pensar nas exigências da cidade mas com ambições a desportivo. A exemplo do Mini.

Depois de ter passado por um mau bocado nos anos 80 e 90, a Alfa Romeo está hoje de boa saúde e recomenda-se. Para o provar, dificilmente poderíamos encontrar melhor exemplo do que o novo MiTo. Desde o Alfasud, dos longínquos anos 70, carro que, pela sua inusitada apetência em desintegrar-se em ferrugem, muitos farão questão de esquecer, que a Alfa não se aventurava a criar um carro tão pequeno. Tão pequeno e tão obviamente dirigido a quem decide mais com o coração do que com a cabeça.

Este namoro aos sentidos começa na forma como o corpo do MiTo foi desenhado. Respeitando da melhor forma a tradição italiana de desenhar carros interessantes e originais, o MiTo não será um automóvel de linhas consensuais, mas quem gosta, gosta de paixão. E mesmo para quem não morre de amores pelas linhas do MiTo, será difícil deixar de reconhecer que seria complicado fazer melhor se atendermos a que quem o desenhou teve de o fazer a partir de um Fiat Grande Punto. A herança Fiat é praticamente imperceptível e só quem for realmente bom observador o apanhará em falso.

A Alfa Romeo diz que o MiTo é o utilitário mais desportivo de sempre. Para o conseguir, introduziu diversas alterações ao chassis do Grande Punto e acrescentou-lhe um pequeno e delicioso pormenor. Chama-se DNA, mas tem pouco a ver com alguma derivação de ácido ribonucleico. É apenas mais um dos trocadilhos em que a Alfa parece ter-se tornado especialista e designa um sistema electrónico que permite oferecer três modos de utilização (Dynamic, Normal e All weather). Alterando o modo como a direcção, o controlo de tracção e estabilidade, o amortecimento da suspensão e o acelerador respondem, o MiTo torna-se, de facto, um carro diferente em cada um destes três modos, chegando a ser muito divertido de conduzir se dermos de barato a imprecisão da direcção. Mas se esta possibilidade de alterarmos o carácter do MiTo é, sem dúvida, bem pensada, há quem não precise de ajudas deste género para obter o mesmo resultado.

O Mini, que fizemos questão de aqui juntar ao MiTo, até porque é este o seu mais forte rival, utiliza outros recursos para conseguir ser um dos automóveis mais entusiasmantes de conduzir. Ainda mais eficaz que o MiTo em quase todas as circunstâncias, o Mini tem na simplicidade, por imposição ao MiTo, um dos maiores aliados, mas também um dos seus maiores encantos. Por fora e sobretudo por dentro, é bastante mais simples e espartano que o carro italiano, ainda que não lhe falte nada do que é essencial. Muito semelhante é também o desempenho dos motores a gasóleo que equipam estas duas versões.

Não sendo, definitivamente, as melhores opções para quem queira explorar todo o potencial de divertimento destes dois modelos, só se explica a sua existência em carros deste género porque a obstinação Diesel já passou há muito tempo de moda a praga. E já agora porque, ao preço a que tudo está - combustíveis incluídos -, não espanta que se procurem modos mais económicos de nos divertirmos.

Preço: 23.450 euros

Capacidade: 1598 c.c.

Potência: 120 cv

Prestações: Velocidade máxima: 198km/h, 0 a 100 km/h: 9,9 s

Consumo médio: 4,8 l/100 km Emissões: 126 g

Principal equipamento série: AC, ABS, ESP; DNA; airbags frontais, laterais e de cabeça, Bluetooth; Auto-rádio CD e MP3

Principais opções: Pack Sport (€750), sistema som Bose (€700), faróis bi-xénon (€630), Cruise control (€250)

Outras versões: MiTo 1.6 Turbo

Concorrentes a considerar: BMW Série 1, Mini

Preço: 23.950 euros

Capacidade: 1560 c.c. Potência: 120 cv

Prestações: Velocidade máxima: 195 km/h, 0 a 100 km/h: 9,9 s

Consumo médio: 4,7 l/100 km Emissões: 104 g

Principal equipamento série: AC, ABS, ESP; airbags frontais, laterais e de cabeça, jantes de liga leve; computador de bordo; tejadilho e espelhos de cor contrastante; rádio CD; volante desportivo em pele

Principais opções: tecto abrir panorâmico (€990), bancos desportivos (€220), faróis bi-xénon (€690), AC auto (€330), sistema navegação (€2290 a €2530), Bluetooth (€430 a €860)

Outras versões: One, Cooper S, Clubmen Cooper S

Concorrentes a considerar: Alfa Romeo MiTo, BMW Série

Texto publicado na edição do Expresso de 24 de Janeiro de 2009

O MiTo foi feito a pensar nas exigências da cidade mas com ambições a desportivo. A exemplo do Mini.

Depois de ter passado por um mau bocado nos anos 80 e 90, a Alfa Romeo está hoje de boa saúde e recomenda-se. Para o provar, dificilmente poderíamos encontrar melhor exemplo do que o novo MiTo. Desde o Alfasud, dos longínquos anos 70, carro que, pela sua inusitada apetência em desintegrar-se em ferrugem, muitos farão questão de esquecer, que a Alfa não se aventurava a criar um carro tão pequeno. Tão pequeno e tão obviamente dirigido a quem decide mais com o coração do que com a cabeça.

Este namoro aos sentidos começa na forma como o corpo do MiTo foi desenhado. Respeitando da melhor forma a tradição italiana de desenhar carros interessantes e originais, o MiTo não será um automóvel de linhas consensuais, mas quem gosta, gosta de paixão. E mesmo para quem não morre de amores pelas linhas do MiTo, será difícil deixar de reconhecer que seria complicado fazer melhor se atendermos a que quem o desenhou teve de o fazer a partir de um Fiat Grande Punto. A herança Fiat é praticamente imperceptível e só quem for realmente bom observador o apanhará em falso.

A Alfa Romeo diz que o MiTo é o utilitário mais desportivo de sempre. Para o conseguir, introduziu diversas alterações ao chassis do Grande Punto e acrescentou-lhe um pequeno e delicioso pormenor. Chama-se DNA, mas tem pouco a ver com alguma derivação de ácido ribonucleico. É apenas mais um dos trocadilhos em que a Alfa parece ter-se tornado especialista e designa um sistema electrónico que permite oferecer três modos de utilização (Dynamic, Normal e All weather). Alterando o modo como a direcção, o controlo de tracção e estabilidade, o amortecimento da suspensão e o acelerador respondem, o MiTo torna-se, de facto, um carro diferente em cada um destes três modos, chegando a ser muito divertido de conduzir se dermos de barato a imprecisão da direcção. Mas se esta possibilidade de alterarmos o carácter do MiTo é, sem dúvida, bem pensada, há quem não precise de ajudas deste género para obter o mesmo resultado.

O Mini, que fizemos questão de aqui juntar ao MiTo, até porque é este o seu mais forte rival, utiliza outros recursos para conseguir ser um dos automóveis mais entusiasmantes de conduzir. Ainda mais eficaz que o MiTo em quase todas as circunstâncias, o Mini tem na simplicidade, por imposição ao MiTo, um dos maiores aliados, mas também um dos seus maiores encantos. Por fora e sobretudo por dentro, é bastante mais simples e espartano que o carro italiano, ainda que não lhe falte nada do que é essencial. Muito semelhante é também o desempenho dos motores a gasóleo que equipam estas duas versões.

Não sendo, definitivamente, as melhores opções para quem queira explorar todo o potencial de divertimento destes dois modelos, só se explica a sua existência em carros deste género porque a obstinação Diesel já passou há muito tempo de moda a praga. E já agora porque, ao preço a que tudo está - combustíveis incluídos -, não espanta que se procurem modos mais económicos de nos divertirmos.

Preço: 23.450 euros

Capacidade: 1598 c.c.

Potência: 120 cv

Prestações: Velocidade máxima: 198km/h, 0 a 100 km/h: 9,9 s

Consumo médio: 4,8 l/100 km Emissões: 126 g

Principal equipamento série: AC, ABS, ESP; DNA; airbags frontais, laterais e de cabeça, Bluetooth; Auto-rádio CD e MP3

Principais opções: Pack Sport (€750), sistema som Bose (€700), faróis bi-xénon (€630), Cruise control (€250)

Outras versões: MiTo 1.6 Turbo

Concorrentes a considerar: BMW Série 1, Mini

Preço: 23.950 euros

Capacidade: 1560 c.c. Potência: 120 cv

Prestações: Velocidade máxima: 195 km/h, 0 a 100 km/h: 9,9 s

Consumo médio: 4,7 l/100 km Emissões: 104 g

Principal equipamento série: AC, ABS, ESP; airbags frontais, laterais e de cabeça, jantes de liga leve; computador de bordo; tejadilho e espelhos de cor contrastante; rádio CD; volante desportivo em pele

Principais opções: tecto abrir panorâmico (€990), bancos desportivos (€220), faróis bi-xénon (€690), AC auto (€330), sistema navegação (€2290 a €2530), Bluetooth (€430 a €860)

Outras versões: One, Cooper S, Clubmen Cooper S

Concorrentes a considerar: Alfa Romeo MiTo, BMW Série

Texto publicado na edição do Expresso de 24 de Janeiro de 2009

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