2005 – Época de mudanças

22-01-2012
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Embora muitos adeptos ainda estejam de ressaca da brilhante prestação da selecção nacional no Euro 2004 (malditos gregos!!!), está mesmo aí à porta o começo de uma nova época, com a SuperLiga ao rubro, tendo em conta algumas modificações.
Desde logo, o facto de este ano descerem quatro equipas à Liga de Honra, pois a próxima época (2005/2006) conta apenas com 16 equipas no escalão maior, ao contrário dos habituais 18 clubes. Além disso, na Liga de Honra, apenas duas equipas sobem à SuperLiga e não três como é costume.
Mas as mudanças não se ficam por aqui. Os três grandes resolveram trazer sangue novo para as suas equipas contratando novos treinadores, ainda que por razões diferentes; o Sporting rescindiu contrato com Fernando Santos e contratou José Peseiro; Camacho trocou o Benfica pelo Real Madrid, tendo sido substituído pelo conceituado treinador italiano, Giovanni Trapattoni; no Porto, e após alguma turbulência na escolha do técnico, Víctor Fernández, foi o nome apontado para ocupar a vaga deixada em aberto por José Mourinho, que rumou a Inglaterra para treinar o Chelsea.
Para os aficionados do desporto rei, esta temporada poderá ser das mais competitivas das últimas épocas e, com certeza, ninguém quererá perder pitada a nada.
F. C. Porto Vou começar por analisar o plantel do actual campeão europeu e do campeonato transacto, o Futebol Clube do Porto.
A escolha do treinador não se revelou tarefa fácil e sensata. Luigi del Neri, o técnico italiano apontado como o sucessor de Mourinho, não agradou aos dirigentes e alguns jogadores (?) por não apostar na continuidade do trabalho realizado pelo seu antecessor. Como as suas ideias não foram aceites, foi despedido num processo algo estranho. Desta feita, o espanhol Víctor Fernández foi o escolhido para comandar o destino dos azuis e brancos.
Esta época poderá deixar bem evidentes as mazelas da saída de José Mourinho, no papel de líder da equipa. Em dois anos, o treinador português fez aquilo que muitos achariam impossível, tendo em conta a dimensão que o F.C.Porto tem ao nível europeu (e quem fala do Porto, fala de qualquer equipa portuguesa). A conquista da Liga dos Campeões Europeu, da Taça UEFA, dois campeonatos, uma Taça de Portugal e uma Super Taça são fruto de um trabalho rigoroso e eficaz do treinador mais bem pago do mundo, agora ao serviço do Chelsea.
Portanto, o novo treinador dos dragões, Víctor Fernández, tem um trabalho épico pela frente – e repetir o sucesso do seu antecessor é uma missão difícil de superar.
As saídas de Paulo Ferreira, Deco e Ricardo Carvalho foram colmatadas com as entradas de Seitaridis, Diego e Pepe.
A magia de Quaresma traz nova alma aos flancos. Hélder Postiga, o filho pródigo, retorna a casa onde se formou, apoiando o sector atacante. Luís Fabiano, uma estrela que cintilou no futebol brasileiro, poderá ser sinónimo de golos.
Mesmo com a saída dos três internacionais portugueses e do melhor treinador da actualidade, o F.C.Porto apresenta um plantel de enorme qualidade, com várias opções (talvez demasiadas) para efectuar um excelente campeonato e uma boa prestação na Liga dos Campeões. Fica por saber se Víctor Fernández consegue suplantar as suas ideias e manter o hábito de vencer todas as frentes, como acontecera com Mourinho no comando.
+  Plantel de enorme qualidade
 Diego e Quaresma: a magia continua mesmo com a saída de Deco
 Luís Fabiano poderá afirmar-se como a principal referência no ataque
-  A forma como foi conduzida a saída do técnico italiano Del Neri do Porto
 Muitos jogadores para a mesma posição e de qualidade idêntica poderão desequilibrar o plantel
 Contratar jogadores da qualidade de Rossato ou Paulo Assunção para depois os dispensar não é um procedimento muito elegante
Equipa base: V. Baia; Seitaridis, Pepe, Jorge Costa e Nuno Valente; Quaresma, Maniche, Costinha e Diego; Luís Fabiano e Derlei
S. L. Benfica O vencedor da Taça de Portugal e segundo classificado da temporada passada, também apresenta um plantel com muitas caras novas, ao todo, dez jogadores.
Apesar da saída de Camacho para o Real Madrid, o substituto parece estar à altura das exigências da direcção e dos adeptos. Giovanni Trapattoni, conquistou quase tudo o que havia para ganhar ao serviço de alguns dos melhores clubes do mundo (Juventus, Inter ou Bayern de Munique).
Mas dez anos sem conquistar o campeonato pode ser um fardo difícil de sustentar para o italiano. No Benfica a pressão é constante e os adeptos não costumam perdoar o insucesso prematuro.
Apesar da saída do médio maravilha Tiago para o Chelsea e do longo jejum de 10 anos sem ganhar o campeonato, as águias apresentam uma equipa mais compacta e coesa, com dois jogadores de qualidade para cada posição no terreno. Logo na baliza, o internacional português Quim e o francês Yannick são opções mais que validas para o indiscutível Moreira. Na defesa, Dos Santos e Amoreirinha vieram complementar um sector bastante criticado na temporada transacta. A saída de Tiago no miolo foi suprimida pelas entradas de Paulo Almeida, Everson e de Bruno Aguiar. A ala direita ganha outro alento com a contratação do jovem Carlitos. No ataque, para além da recuperação de Mantorras, que esteve afastado dos relvados quase dois anos, a entrada do norueguês Karadas, poderá dar poder de finalização no jogo aéreo dos encarnados.
Mesmo com tantas contratações, a estrutura base mantém-se e é aqui que o Benfica joga forte, na continuidade de um plantel que poderá, finalmente, fazer algo mais que o segundo lugar das últimas duas épocas.
+  A espinha dorsal da equipa manteve-se
 Segunda linha de jogadores de qualidade
 Trapattoni é um treinador habituado a ganhar. Um treinador deste gabarito é uma mais valia para os encarnados
-  Ter três bons guarda-redes para o mesmo galho não é uma boa opção
 Um jejum de dez anos pesa sempre em qualquer equipa
 A pré-eliminatória da Liga dos Campeões desgastou a equipa e poderá criar mazelas no decorrer do campeonato
Equipa Base: Moreira; Miguel, Luisão, R. Rocha e Dos Santos; Geovanni, Petit, Paulo Almeida e Simão; Nuno Gomes e Sokota
Sporting C.P. Ano novo, vida nova. Dos três grandes, o Sporting foi quem realmente desejou mudar a equipa técnica. Saiu Fernando Santos, entrou José Peseiro. O antigo adjunto de Carlos Queirós no Real Madrid tem a missão de colocar os leões na rota das boas exibições e dos triunfos que fogem há duas épocas.
Para levar a embarcação a bom porto, Peseiro conta com cinco reforços e algumas promessas dos escalões de formação.
A polivalência de Enakarhire na defesa poderá ser um trunfo para uma época que se prevê longa. No meio campo, o internacional brasileiro Rogério é uma mais valia pela sua versatilidade. O regresso de Hugo Viana por empréstimo trará maior mobilidade no apoio aos avançados. Douala e Pinilla têm como missão fazer muitos golos. Dos jovens jogadores lançados pelo treinador, destacam-se José Moutinho, Miguel Veloso ou mesmo até Saleiro.
Danny e Paulo Sérgio regressam ao clube após terem estado por empréstimo a rodar noutras formações.
A turma de Alvalade viu sair muitos jogadores, dos quais se destaca João Pinto. Apesar da idade, este poderia ainda fazer uma boa época, mas questões financeiras afastaram o jogador do clube.
O Sporting aposta na manutenção da estrutura base do plantel, reforçando-se apenas nos sectores que demonstravam alguma fragilidade. Assim sendo, José Peseiro aposta forte para realizar uma época sempre no topo da classificação e fazer uma boa campanha a Taça UEFA.
+  Boas opções no miolo, casos de Rogério, Tinga ou Custódio
 Hugo Viana poderá consolidar-se como o maestro da equipa
 Pinigol, como é conhecido, poderá ser o apoio que Liedson precisava
-  Muitos criativos no meio campo, Hugo Viana, Carlos Martins, Pedro Barbosa, até mesmo Danny e que poderão ter de desempenhar outras funções
 Carência de extremos de raiz, excepção feita a Tello
 Os leões terminaram as últimas duas épocas na terceira posição. José Peseiro poderá sentir algumas dificuldades em fazer “depressa e bem”
Equipa Base: Ricardo; Miguel Garcia, Beto, A. Polga e Rui Jorge; Rochemback, Rogério, Pedro Barbosa e Hugo Viana; Liedson e Pinilla


Embora muitos adeptos ainda estejam de ressaca da brilhante prestação da selecção nacional no Euro 2004 (malditos gregos!!!), está mesmo aí à porta o começo de uma nova época, com a SuperLiga ao rubro, tendo em conta algumas modificações.
Desde logo, o facto de este ano descerem quatro equipas à Liga de Honra, pois a próxima época (2005/2006) conta apenas com 16 equipas no escalão maior, ao contrário dos habituais 18 clubes. Além disso, na Liga de Honra, apenas duas equipas sobem à SuperLiga e não três como é costume.
Mas as mudanças não se ficam por aqui. Os três grandes resolveram trazer sangue novo para as suas equipas contratando novos treinadores, ainda que por razões diferentes; o Sporting rescindiu contrato com Fernando Santos e contratou José Peseiro; Camacho trocou o Benfica pelo Real Madrid, tendo sido substituído pelo conceituado treinador italiano, Giovanni Trapattoni; no Porto, e após alguma turbulência na escolha do técnico, Víctor Fernández, foi o nome apontado para ocupar a vaga deixada em aberto por José Mourinho, que rumou a Inglaterra para treinar o Chelsea.
Para os aficionados do desporto rei, esta temporada poderá ser das mais competitivas das últimas épocas e, com certeza, ninguém quererá perder pitada a nada.
F. C. Porto Vou começar por analisar o plantel do actual campeão europeu e do campeonato transacto, o Futebol Clube do Porto.
A escolha do treinador não se revelou tarefa fácil e sensata. Luigi del Neri, o técnico italiano apontado como o sucessor de Mourinho, não agradou aos dirigentes e alguns jogadores (?) por não apostar na continuidade do trabalho realizado pelo seu antecessor. Como as suas ideias não foram aceites, foi despedido num processo algo estranho. Desta feita, o espanhol Víctor Fernández foi o escolhido para comandar o destino dos azuis e brancos.
Esta época poderá deixar bem evidentes as mazelas da saída de José Mourinho, no papel de líder da equipa. Em dois anos, o treinador português fez aquilo que muitos achariam impossível, tendo em conta a dimensão que o F.C.Porto tem ao nível europeu (e quem fala do Porto, fala de qualquer equipa portuguesa). A conquista da Liga dos Campeões Europeu, da Taça UEFA, dois campeonatos, uma Taça de Portugal e uma Super Taça são fruto de um trabalho rigoroso e eficaz do treinador mais bem pago do mundo, agora ao serviço do Chelsea.
Portanto, o novo treinador dos dragões, Víctor Fernández, tem um trabalho épico pela frente – e repetir o sucesso do seu antecessor é uma missão difícil de superar.
As saídas de Paulo Ferreira, Deco e Ricardo Carvalho foram colmatadas com as entradas de Seitaridis, Diego e Pepe.
A magia de Quaresma traz nova alma aos flancos. Hélder Postiga, o filho pródigo, retorna a casa onde se formou, apoiando o sector atacante. Luís Fabiano, uma estrela que cintilou no futebol brasileiro, poderá ser sinónimo de golos.
Mesmo com a saída dos três internacionais portugueses e do melhor treinador da actualidade, o F.C.Porto apresenta um plantel de enorme qualidade, com várias opções (talvez demasiadas) para efectuar um excelente campeonato e uma boa prestação na Liga dos Campeões. Fica por saber se Víctor Fernández consegue suplantar as suas ideias e manter o hábito de vencer todas as frentes, como acontecera com Mourinho no comando.
+  Plantel de enorme qualidade
 Diego e Quaresma: a magia continua mesmo com a saída de Deco
 Luís Fabiano poderá afirmar-se como a principal referência no ataque
-  A forma como foi conduzida a saída do técnico italiano Del Neri do Porto
 Muitos jogadores para a mesma posição e de qualidade idêntica poderão desequilibrar o plantel
 Contratar jogadores da qualidade de Rossato ou Paulo Assunção para depois os dispensar não é um procedimento muito elegante
Equipa base: V. Baia; Seitaridis, Pepe, Jorge Costa e Nuno Valente; Quaresma, Maniche, Costinha e Diego; Luís Fabiano e Derlei
S. L. Benfica O vencedor da Taça de Portugal e segundo classificado da temporada passada, também apresenta um plantel com muitas caras novas, ao todo, dez jogadores.
Apesar da saída de Camacho para o Real Madrid, o substituto parece estar à altura das exigências da direcção e dos adeptos. Giovanni Trapattoni, conquistou quase tudo o que havia para ganhar ao serviço de alguns dos melhores clubes do mundo (Juventus, Inter ou Bayern de Munique).
Mas dez anos sem conquistar o campeonato pode ser um fardo difícil de sustentar para o italiano. No Benfica a pressão é constante e os adeptos não costumam perdoar o insucesso prematuro.
Apesar da saída do médio maravilha Tiago para o Chelsea e do longo jejum de 10 anos sem ganhar o campeonato, as águias apresentam uma equipa mais compacta e coesa, com dois jogadores de qualidade para cada posição no terreno. Logo na baliza, o internacional português Quim e o francês Yannick são opções mais que validas para o indiscutível Moreira. Na defesa, Dos Santos e Amoreirinha vieram complementar um sector bastante criticado na temporada transacta. A saída de Tiago no miolo foi suprimida pelas entradas de Paulo Almeida, Everson e de Bruno Aguiar. A ala direita ganha outro alento com a contratação do jovem Carlitos. No ataque, para além da recuperação de Mantorras, que esteve afastado dos relvados quase dois anos, a entrada do norueguês Karadas, poderá dar poder de finalização no jogo aéreo dos encarnados.
Mesmo com tantas contratações, a estrutura base mantém-se e é aqui que o Benfica joga forte, na continuidade de um plantel que poderá, finalmente, fazer algo mais que o segundo lugar das últimas duas épocas.
+  A espinha dorsal da equipa manteve-se
 Segunda linha de jogadores de qualidade
 Trapattoni é um treinador habituado a ganhar. Um treinador deste gabarito é uma mais valia para os encarnados
-  Ter três bons guarda-redes para o mesmo galho não é uma boa opção
 Um jejum de dez anos pesa sempre em qualquer equipa
 A pré-eliminatória da Liga dos Campeões desgastou a equipa e poderá criar mazelas no decorrer do campeonato
Equipa Base: Moreira; Miguel, Luisão, R. Rocha e Dos Santos; Geovanni, Petit, Paulo Almeida e Simão; Nuno Gomes e Sokota
Sporting C.P. Ano novo, vida nova. Dos três grandes, o Sporting foi quem realmente desejou mudar a equipa técnica. Saiu Fernando Santos, entrou José Peseiro. O antigo adjunto de Carlos Queirós no Real Madrid tem a missão de colocar os leões na rota das boas exibições e dos triunfos que fogem há duas épocas.
Para levar a embarcação a bom porto, Peseiro conta com cinco reforços e algumas promessas dos escalões de formação.
A polivalência de Enakarhire na defesa poderá ser um trunfo para uma época que se prevê longa. No meio campo, o internacional brasileiro Rogério é uma mais valia pela sua versatilidade. O regresso de Hugo Viana por empréstimo trará maior mobilidade no apoio aos avançados. Douala e Pinilla têm como missão fazer muitos golos. Dos jovens jogadores lançados pelo treinador, destacam-se José Moutinho, Miguel Veloso ou mesmo até Saleiro.
Danny e Paulo Sérgio regressam ao clube após terem estado por empréstimo a rodar noutras formações.
A turma de Alvalade viu sair muitos jogadores, dos quais se destaca João Pinto. Apesar da idade, este poderia ainda fazer uma boa época, mas questões financeiras afastaram o jogador do clube.
O Sporting aposta na manutenção da estrutura base do plantel, reforçando-se apenas nos sectores que demonstravam alguma fragilidade. Assim sendo, José Peseiro aposta forte para realizar uma época sempre no topo da classificação e fazer uma boa campanha a Taça UEFA.
+  Boas opções no miolo, casos de Rogério, Tinga ou Custódio
 Hugo Viana poderá consolidar-se como o maestro da equipa
 Pinigol, como é conhecido, poderá ser o apoio que Liedson precisava
-  Muitos criativos no meio campo, Hugo Viana, Carlos Martins, Pedro Barbosa, até mesmo Danny e que poderão ter de desempenhar outras funções
 Carência de extremos de raiz, excepção feita a Tello
 Os leões terminaram as últimas duas épocas na terceira posição. José Peseiro poderá sentir algumas dificuldades em fazer “depressa e bem”
Equipa Base: Ricardo; Miguel Garcia, Beto, A. Polga e Rui Jorge; Rochemback, Rogério, Pedro Barbosa e Hugo Viana; Liedson e Pinilla

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