Único e Múltiplo. 2 Séculos de Design

08-10-2015
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Mantém-se o título, mas a exposição permanente do Museu do Design e da Moda (Mude) faz "refresh" e mostra novas peças, algumas menos conhecidas, e mais "design" português.

"Renovar, mas mantendo o mesmo discurso histórico" era o objectivo, segundo a directora do Mude, Bárbara Coutinho, mas se ali está o emblemático sofá "Big Easy" (1989) de Ron Arad, ou um vestido provocador da Moschino ("Puta, puta, pero muy católica", de 1989/90), também se contam agora "pequenas histórias menos consagradas da evolução do 'design'".

E o "descubra as diferenças" começa logo nos primeiros núcleos, com a máquina de costura Pfaff de 1915 e o raro fato de esqui dos anos 1930 da refinada Hermès a assinalar não só as maravilhas da técnica mas a mudança dos estilos de vida, da valorização do "sportswear" aos novos hábitos domésticos. Uma torradeira da AEG ou a cadeira n.º 14 (1859) de Michael Thonet (depositada no Mude pelo Museu Nacional de Arte Antiga), "peças absolutamente pioneiras do design moderno", completam a nova entrada evocando "o debate e investigação" que esteve na sua origem e que considera ser "fundamental para os alunos" que visitam o museu, exemplifica Bárbara Coutinho.

O percurso no piso térreo do museu municipal é o mesmo: ver passar o "design" e a história do mundo desde o final do século XIX em núcleos feitos de roupa e objectos, sofás e candeeiros, jarras, enceradoras e cinzeiros, continuando a viagem até aos anos 2000. Mas agora podemos ser surpreendidos pela cadeira Gonçalo - a icónica peça portuguesa de mobiliário de cafés e esplanadas fez 50 anos em 2013 e o original de Gonçalo Rodrigues dos Santos, junto com a sua versão reinterpretada por Alexandre Paulo Caldas por ocasião da efeméride, estão agora no núcleo do pós-II Guerra do Mude.

São 190 peças, 160 das quais da colecção Francisco Capelo, que constitui a base do acervo do Mude (cerca de 2500 peças de design industrial, de equipamento e de moda) e 30, sobretudo de "design" português, vindas das aquisições, depósitos e doações ao museu - a Fundação Gulbenkian depositou no Mude cerca de 30 peças de Aalto, Mies van der Rohe ou Le Corbusier, compradas para a inauguração do Centro de Arte Moderna em 1983. Das peças da colecção Capelo, 93 são mostradas ao público pela primeira vez. A exposição reflecte "uma maior maturação dos conteúdos e a integração das peças do acervo", admite a sua directora.

Mantém-se o título, mas a exposição permanente do Museu do Design e da Moda (Mude) faz "refresh" e mostra novas peças, algumas menos conhecidas, e mais "design" português.

"Renovar, mas mantendo o mesmo discurso histórico" era o objectivo, segundo a directora do Mude, Bárbara Coutinho, mas se ali está o emblemático sofá "Big Easy" (1989) de Ron Arad, ou um vestido provocador da Moschino ("Puta, puta, pero muy católica", de 1989/90), também se contam agora "pequenas histórias menos consagradas da evolução do 'design'".

E o "descubra as diferenças" começa logo nos primeiros núcleos, com a máquina de costura Pfaff de 1915 e o raro fato de esqui dos anos 1930 da refinada Hermès a assinalar não só as maravilhas da técnica mas a mudança dos estilos de vida, da valorização do "sportswear" aos novos hábitos domésticos. Uma torradeira da AEG ou a cadeira n.º 14 (1859) de Michael Thonet (depositada no Mude pelo Museu Nacional de Arte Antiga), "peças absolutamente pioneiras do design moderno", completam a nova entrada evocando "o debate e investigação" que esteve na sua origem e que considera ser "fundamental para os alunos" que visitam o museu, exemplifica Bárbara Coutinho.

O percurso no piso térreo do museu municipal é o mesmo: ver passar o "design" e a história do mundo desde o final do século XIX em núcleos feitos de roupa e objectos, sofás e candeeiros, jarras, enceradoras e cinzeiros, continuando a viagem até aos anos 2000. Mas agora podemos ser surpreendidos pela cadeira Gonçalo - a icónica peça portuguesa de mobiliário de cafés e esplanadas fez 50 anos em 2013 e o original de Gonçalo Rodrigues dos Santos, junto com a sua versão reinterpretada por Alexandre Paulo Caldas por ocasião da efeméride, estão agora no núcleo do pós-II Guerra do Mude.

São 190 peças, 160 das quais da colecção Francisco Capelo, que constitui a base do acervo do Mude (cerca de 2500 peças de design industrial, de equipamento e de moda) e 30, sobretudo de "design" português, vindas das aquisições, depósitos e doações ao museu - a Fundação Gulbenkian depositou no Mude cerca de 30 peças de Aalto, Mies van der Rohe ou Le Corbusier, compradas para a inauguração do Centro de Arte Moderna em 1983. Das peças da colecção Capelo, 93 são mostradas ao público pela primeira vez. A exposição reflecte "uma maior maturação dos conteúdos e a integração das peças do acervo", admite a sua directora.

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