In Concreto: Insegurança Online

24-01-2012
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O procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, admitiu hoje, em Aveiro, que vai ser difícil encontrar o responsável pela divulgação na Internet de várias escutas telefónicas feitas a Pinto da Costa, no âmbito do processo Apito Dourado. via Público.

A divulgação das escutas no YouTube coloca a nu as fragilidades globais da justiça portuguesa. Primeiro, porque é aparentemente fácil ter acesso a escutas que deviam estar em segredo de justiça. Depois, porque para a justiça portuguesa a internet é aparentemente um meio de comunicação totalmente fora de controlo.

Num país perfeito, já se saberia quem roubou as escutas e quem as colocou na internet. Num país imperfeito, já se teria eliminado a conta no YouTube que divulgou as escutas. Em Portugal o tripulha – o nome da conta que divulgou as escutas – ainda está online (uma semana depois).

Como por detrás de um teclado, o medo é menor, não será de estranhar que mais escutas venham a público. Se é impossível controlar os anónimos online, torna-se imperativo controlar quem escuta quem e quem tem acesso a estas escutas. Porque apartir do momento que há tanta escuta ilegal neste país, onde se escuta ilegalmente o Primeiro-Ministro, todos estamos no Big Brother.


O procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, admitiu hoje, em Aveiro, que vai ser difícil encontrar o responsável pela divulgação na Internet de várias escutas telefónicas feitas a Pinto da Costa, no âmbito do processo Apito Dourado. via Público.

A divulgação das escutas no YouTube coloca a nu as fragilidades globais da justiça portuguesa. Primeiro, porque é aparentemente fácil ter acesso a escutas que deviam estar em segredo de justiça. Depois, porque para a justiça portuguesa a internet é aparentemente um meio de comunicação totalmente fora de controlo.

Num país perfeito, já se saberia quem roubou as escutas e quem as colocou na internet. Num país imperfeito, já se teria eliminado a conta no YouTube que divulgou as escutas. Em Portugal o tripulha – o nome da conta que divulgou as escutas – ainda está online (uma semana depois).

Como por detrás de um teclado, o medo é menor, não será de estranhar que mais escutas venham a público. Se é impossível controlar os anónimos online, torna-se imperativo controlar quem escuta quem e quem tem acesso a estas escutas. Porque apartir do momento que há tanta escuta ilegal neste país, onde se escuta ilegalmente o Primeiro-Ministro, todos estamos no Big Brother.

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