Sem título

22-05-2015
marcar artigo

O aviso, a marcador azul, não parece, mas é para um casting: "Olá meninas! Não precisam de mudar para saltos altos. Obrigada, M/A." Não passar muitas horas diante ao espelho é o único requisito para as manequins. A rebeldia é portuguesa e tem dois apelidos: Marques’ Almeida. A marca deu o grande salto na passada quinta-feira, 9 de Outubro, o dia em que chegou à Topshop – o gigante da moda inglesa, com mais de 300 lojas no Reino Unido e uma centena de franchises pelo mundo. No pré-lançamento, um evento privado, a 8 de Outubro, vários tamanhos esgotaram.

O diário britânico The Guardian classificou a colecção como "a mais desejada da estação". Marta Marques, 27 anos, e Paulo Almeida, 29, vivem em Londres e formam a dupla responsável pelo burburinho. "Temos uma obsessão com o streetstyle [moda de rua] porque é autêntico, interessa-nos o que as pessoas gostam de vestir", diz à SÁBADO designer. Do Reino Unido à Malásia ou aos Estados Unidos, as 68 peças desenhadas para a Topshop podem ser encontradas em 68 lojas da marca e ainda no site da Marques’ Almeida, que começa a apostar na venda directa. As linhas são fluidas e a ganga esfarrapada reina na colecção pensada e concretizada em apenas seis meses. Acrescente-se uma pitada de grunge e fica revelada a identidade dos portugueses: "Queríamos resumir o espírito da marca. Criámos um best of."

Os números da moda 90% das peças são confeccionadas em Portugal, entre sapatos, carteiras, gangas e malhas. Por ano, a marca factura cerca de 500 mil libras. Em euros, são mais de 600 mil. Quanto à produção média por estação, pode chegar às 3 mil peças. Fazem Verão e Inverno para mulher, e têm uma pequena colecção para homem. 50 lojas multimarca têm peças da Marques' Almeida. Hong Kong está no topo da lista de vendas, seguem-se cidades como Nova Iorque ou Chicago.

Marta recorda o início da história, no Porto. Foi no Citex (ou Centro de Formação Profissional do Têxtil e do Vestuário) que conheceu Paulo, parceiro de ofício com quem viajou para Londres para fazer um mestrado. Por lá ficaram, a trabalhar em casas conceituadas (Marta na Vivienne Westwood e Paulo na Preen) até que deram nome à sua marca.

Fãs número um na China

A Topshop procura novos talentos e até tem uma parceria com a NewGen, uma iniciativa do British Fashion Council que apoia estilistas em ascensão (e que já premiou Alexander McQueen). Foi assim que os portugueses foram contactados mas há muito que a irreverência os tinha levado, primeiro para Hong Kong, depois para Nova Iorque, Los Angeles, e Chicago – a Europa ainda é um mercado em crescimento. Com o elogio da imprensa especializada e a presença nas grandes publicações de moda (como a Elle ou a Vogue), a dupla lida com a fama e com a responsabilidade. A maior parte das criações (90%) são confeccionadas em Portugal mas, por culpa do "pequeno mercado", o regresso não é uma prioridade.

O aviso, a marcador azul, não parece, mas é para um casting: "Olá meninas! Não precisam de mudar para saltos altos. Obrigada, M/A." Não passar muitas horas diante ao espelho é o único requisito para as manequins. A rebeldia é portuguesa e tem dois apelidos: Marques’ Almeida. A marca deu o grande salto na passada quinta-feira, 9 de Outubro, o dia em que chegou à Topshop – o gigante da moda inglesa, com mais de 300 lojas no Reino Unido e uma centena de franchises pelo mundo. No pré-lançamento, um evento privado, a 8 de Outubro, vários tamanhos esgotaram.

O diário britânico The Guardian classificou a colecção como "a mais desejada da estação". Marta Marques, 27 anos, e Paulo Almeida, 29, vivem em Londres e formam a dupla responsável pelo burburinho. "Temos uma obsessão com o streetstyle [moda de rua] porque é autêntico, interessa-nos o que as pessoas gostam de vestir", diz à SÁBADO designer. Do Reino Unido à Malásia ou aos Estados Unidos, as 68 peças desenhadas para a Topshop podem ser encontradas em 68 lojas da marca e ainda no site da Marques’ Almeida, que começa a apostar na venda directa. As linhas são fluidas e a ganga esfarrapada reina na colecção pensada e concretizada em apenas seis meses. Acrescente-se uma pitada de grunge e fica revelada a identidade dos portugueses: "Queríamos resumir o espírito da marca. Criámos um best of."

Os números da moda 90% das peças são confeccionadas em Portugal, entre sapatos, carteiras, gangas e malhas. Por ano, a marca factura cerca de 500 mil libras. Em euros, são mais de 600 mil. Quanto à produção média por estação, pode chegar às 3 mil peças. Fazem Verão e Inverno para mulher, e têm uma pequena colecção para homem. 50 lojas multimarca têm peças da Marques' Almeida. Hong Kong está no topo da lista de vendas, seguem-se cidades como Nova Iorque ou Chicago.

Marta recorda o início da história, no Porto. Foi no Citex (ou Centro de Formação Profissional do Têxtil e do Vestuário) que conheceu Paulo, parceiro de ofício com quem viajou para Londres para fazer um mestrado. Por lá ficaram, a trabalhar em casas conceituadas (Marta na Vivienne Westwood e Paulo na Preen) até que deram nome à sua marca.

Fãs número um na China

A Topshop procura novos talentos e até tem uma parceria com a NewGen, uma iniciativa do British Fashion Council que apoia estilistas em ascensão (e que já premiou Alexander McQueen). Foi assim que os portugueses foram contactados mas há muito que a irreverência os tinha levado, primeiro para Hong Kong, depois para Nova Iorque, Los Angeles, e Chicago – a Europa ainda é um mercado em crescimento. Com o elogio da imprensa especializada e a presença nas grandes publicações de moda (como a Elle ou a Vogue), a dupla lida com a fama e com a responsabilidade. A maior parte das criações (90%) são confeccionadas em Portugal mas, por culpa do "pequeno mercado", o regresso não é uma prioridade.

marcar artigo