Os nomes maiores pensam um Inverno planetário

30-01-2012
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O livro Brazilian Style, da editora Assouline e ontem apresentado na São Paulo Fashion Week, chama-lhe “the cool kid of Brazilian fashion”. Alexandre Herchcovitch já tem 40 anos, mas ainda é o puto fixe do Brasil. Já Pedro Lourenço é descrito segundo a idade precoce em que começou a trabalhar em moda. Hoje com 21 anos, começou a coordenar uma colecção aos 12, lançou-se em nome próprio pouco depois e aos 19 estava a ver desfilar a sua marca em Paris. Eles foram as estrelas do dia de ontem, destacando-se dos restantes criadores e marcas da SPFW - são os mais internacionais e têm atitudes a condizer.

Pedro Lourenço tinha o primeiro desfile do dia, fora da Bienal do Parque Ibirapuera. No seu atelier, apenas para um grupo reservado de jornalistas e um punhado de convidados. Já tinha mostrado a colecção de Inverno 2012 em Nova Iorque e usado o Style.com, o site global da revista Vogue norte-americana, para revelar ao mundo todos os coordenados. Por isso, a imprensa internacional não foi convidada para o desfile. Em conversa com o PÚBLICO, ainda assim, o filho dos históricos da moda brasileira Reinaldo Lourenço e Glória Coelho insistiu e frisou sempre que a sua marca é “global”.

Por isso mesmo, a colecção que apresentou destaca-se da restante SPFW - muito mais casacos, peso nos tecidos (pêlo, feltro) de corte impecável e estampados panorâmicos, sobretudo em nylon resinado, comprimentos longos e muito abrigo para um Inverno do hemisfério… Norte.

Aos 40 anos, Alexandre Herchcovitch, o loiro de olho azul das caveiras e dos estampados Walt Disney, presente nos mercados brasileiro, japonês e norte-americano e com presenças nos calendários oficiais das semanas de moda de São Paulo, Rio de Janeiro, Nova Iorque, Londres e Paris, trabalha o mercado brasileiro sem hesitações - Pedro Lourenço está muito mais focado no crescimento internacional. Desdobra-se em linhas: Herchcovitch, Alexandre, de pronto-a-vestir masculino e feminino (que mostra na SPFW), Herchcovitch jeans para homem e mulher (mostra no Fashion Rio) e dezenas de produtos licenciados. O seu desfile de ontem, um dos mais concorridos até agora da edição Inverno 2012 do evento e aquele com mais tentativas (goradas) de entrar sem convite e de seguranças à beira de um ataque de nervos, foi marcado por distintos momentos de colecção - estampados em que as eternas caveiras e ossadas estavam disfarçados sob um look clássico, banhos de dourado, injecções de cor e formas casulo nos ombros e nos casacos rectos.

O dia começara, na Bienal, com o estreante Rodrigo Rosner, muito voltado para a noite e com uma overdose de rendas e brilhos em negro (com toucados e headpieces a roubar a atenção às roupas) - Rosner estreia-se na SPFW vindo da Casa dos Criadores, uma plataforma de jovens designers que realizam os seus próprios eventos de moda.

E terminou com as mais comerciais Iódice e Triton - uma mais em consonância com a visão quase conjunta dos criadores brasileiros nesta SPFW, com transparências, brilhos, apontamentos metalizados e tons terra e negro a dominar, e a última a introduzir estampados e cores mais vivas e acessórios desportivos.

Hoje é dia de Reinaldo Lourenço, Ellus, Mario Queiroz, Huis Clos e Samuel Cirnansck.

A SPFW decorre entre 19 e 24 de Janeiro, com 40 desfiles e eventos paralelos que mobilizam milhares de profissionais, entre compradores, imprensa, modelos, maquilhadores, cabeleireiros, bookers e aderecistas.

O PÚBLICO viajou a convite da São Paulo Fashion Week

O livro Brazilian Style, da editora Assouline e ontem apresentado na São Paulo Fashion Week, chama-lhe “the cool kid of Brazilian fashion”. Alexandre Herchcovitch já tem 40 anos, mas ainda é o puto fixe do Brasil. Já Pedro Lourenço é descrito segundo a idade precoce em que começou a trabalhar em moda. Hoje com 21 anos, começou a coordenar uma colecção aos 12, lançou-se em nome próprio pouco depois e aos 19 estava a ver desfilar a sua marca em Paris. Eles foram as estrelas do dia de ontem, destacando-se dos restantes criadores e marcas da SPFW - são os mais internacionais e têm atitudes a condizer.

Pedro Lourenço tinha o primeiro desfile do dia, fora da Bienal do Parque Ibirapuera. No seu atelier, apenas para um grupo reservado de jornalistas e um punhado de convidados. Já tinha mostrado a colecção de Inverno 2012 em Nova Iorque e usado o Style.com, o site global da revista Vogue norte-americana, para revelar ao mundo todos os coordenados. Por isso, a imprensa internacional não foi convidada para o desfile. Em conversa com o PÚBLICO, ainda assim, o filho dos históricos da moda brasileira Reinaldo Lourenço e Glória Coelho insistiu e frisou sempre que a sua marca é “global”.

Por isso mesmo, a colecção que apresentou destaca-se da restante SPFW - muito mais casacos, peso nos tecidos (pêlo, feltro) de corte impecável e estampados panorâmicos, sobretudo em nylon resinado, comprimentos longos e muito abrigo para um Inverno do hemisfério… Norte.

Aos 40 anos, Alexandre Herchcovitch, o loiro de olho azul das caveiras e dos estampados Walt Disney, presente nos mercados brasileiro, japonês e norte-americano e com presenças nos calendários oficiais das semanas de moda de São Paulo, Rio de Janeiro, Nova Iorque, Londres e Paris, trabalha o mercado brasileiro sem hesitações - Pedro Lourenço está muito mais focado no crescimento internacional. Desdobra-se em linhas: Herchcovitch, Alexandre, de pronto-a-vestir masculino e feminino (que mostra na SPFW), Herchcovitch jeans para homem e mulher (mostra no Fashion Rio) e dezenas de produtos licenciados. O seu desfile de ontem, um dos mais concorridos até agora da edição Inverno 2012 do evento e aquele com mais tentativas (goradas) de entrar sem convite e de seguranças à beira de um ataque de nervos, foi marcado por distintos momentos de colecção - estampados em que as eternas caveiras e ossadas estavam disfarçados sob um look clássico, banhos de dourado, injecções de cor e formas casulo nos ombros e nos casacos rectos.

O dia começara, na Bienal, com o estreante Rodrigo Rosner, muito voltado para a noite e com uma overdose de rendas e brilhos em negro (com toucados e headpieces a roubar a atenção às roupas) - Rosner estreia-se na SPFW vindo da Casa dos Criadores, uma plataforma de jovens designers que realizam os seus próprios eventos de moda.

E terminou com as mais comerciais Iódice e Triton - uma mais em consonância com a visão quase conjunta dos criadores brasileiros nesta SPFW, com transparências, brilhos, apontamentos metalizados e tons terra e negro a dominar, e a última a introduzir estampados e cores mais vivas e acessórios desportivos.

Hoje é dia de Reinaldo Lourenço, Ellus, Mario Queiroz, Huis Clos e Samuel Cirnansck.

A SPFW decorre entre 19 e 24 de Janeiro, com 40 desfiles e eventos paralelos que mobilizam milhares de profissionais, entre compradores, imprensa, modelos, maquilhadores, cabeleireiros, bookers e aderecistas.

O PÚBLICO viajou a convite da São Paulo Fashion Week

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