Desce Mais Uma!: Nas Entrelinhas

30-06-2011
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Não com um livro, mas com um lápis é que se compara a vida.Capara-se a vida com um lápis a deslizar por entre as linhas, ora nas entrelinhas, em movimentos desconhecidos, outros premeditados, muitos outros até improvisados, que, ao se dar conta, formam significados, sentidos, verbetes.Lápis que deixa por páginas, até tão brancas e vazias, rastros que eternizam memórias, momentos, sentimentos, muitos orgulhosos, outros esquecíveis, mas sempre perpetuados e denunciados, mesmo que pela rasura proposital.E como lápis, desgasta-se! Passa a deixar marcas dúbias, borrões passíveis de correção [ah se houvesse uma borracha], até quando, novamente desbastado, toma-se forma nova e continua com traços delineados e firmes.E em um gracioso movimento contínuo divinizado, segue adiante, ora com letras garrafais, outrora garranchos murmurantes; ora decorados e delicados, outrora minguados e entristecidos; ora precisos e centrado, outrora reticentes e trêmulos.Mas sempre por novos parágrafos, por novas páginas, compondo um livro único, repleto de memórias e sentimentos, conquistas e derrotas, realizações e perdas. Um livro talvez nunca relido [quiçá lido], mas único e jamais extinguível!Um livro escrito por um único lápis, que trilhou toda uma sorte meios e que por eles teve de passar sem fazer correções, talvez explicações, até seu desgaste pleno e a entrega ao derradeiro ponto-final, quem sabe seco e absoluto como um suspiro, ou talvez um contorcido rabisco de um espasmo agonizante, mas final.


Não com um livro, mas com um lápis é que se compara a vida.Capara-se a vida com um lápis a deslizar por entre as linhas, ora nas entrelinhas, em movimentos desconhecidos, outros premeditados, muitos outros até improvisados, que, ao se dar conta, formam significados, sentidos, verbetes.Lápis que deixa por páginas, até tão brancas e vazias, rastros que eternizam memórias, momentos, sentimentos, muitos orgulhosos, outros esquecíveis, mas sempre perpetuados e denunciados, mesmo que pela rasura proposital.E como lápis, desgasta-se! Passa a deixar marcas dúbias, borrões passíveis de correção [ah se houvesse uma borracha], até quando, novamente desbastado, toma-se forma nova e continua com traços delineados e firmes.E em um gracioso movimento contínuo divinizado, segue adiante, ora com letras garrafais, outrora garranchos murmurantes; ora decorados e delicados, outrora minguados e entristecidos; ora precisos e centrado, outrora reticentes e trêmulos.Mas sempre por novos parágrafos, por novas páginas, compondo um livro único, repleto de memórias e sentimentos, conquistas e derrotas, realizações e perdas. Um livro talvez nunca relido [quiçá lido], mas único e jamais extinguível!Um livro escrito por um único lápis, que trilhou toda uma sorte meios e que por eles teve de passar sem fazer correções, talvez explicações, até seu desgaste pleno e a entrega ao derradeiro ponto-final, quem sabe seco e absoluto como um suspiro, ou talvez um contorcido rabisco de um espasmo agonizante, mas final.

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