Mandra Brasa: Conspiração Mandra: pedir ajuda aos universitários? eu não!

01-07-2011
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Com o meu retorno à vida acadêmica, fiquei chocado com a falta de compromisso que alguns (muitos) universitários demonstram em sala de aula. Enquanto eu estou me lascando para pagar o curso de Direito com meu suado dinheirinho de trabalhador, testemunho diariamente cenas de completo descaso, protagonizadas por jovens bem nascidos(as), ornados(as) em roupas de grife e com chaves de carros novos penduradas em suas calças e bolsas.Tudo bem, ninguém tem culpa de nascer endinheirado - o pecado deles, no entanto, está em desperdiçar a fortuna dos pais (que certamente também suaram para tê-la), não cumprindo a obrigação mínima de um estudante: freqüentar as aulas e prestar atenção. Tenho presenciado desde a simples dispersão com conversinhas em pequenos grupos até a "debandada" geral, diante de um professor que tenta fazer o seu trabalho seriamente.Foi por isso que não vi com tanta surpresa a notícia sobre o garoto-prodígio de oito anos que passou no vestibular para Direito em Goiás. O pirralho demonstrou mais interesse no curso do que muito marmanjo que tem a vida ganha e ainda não acordou para Jesus.Ontem foi a gota d'água. Aula super instigante/excitante de Introdução ao Direito Constitucional, onde o professor demonstrava uma paciência de Jó para a dispersão alheia. Eu exercitava novamente as minhas técnicas de reportagem, escrevendo ipsi literis tudo que o mestre falava, tomando inclusive o cuidado de ir filtrando a prolixidade típica dos acadêmicos da área jurídica. Eu, que tinha total interesse na aula, já corria o risco de perder o fio da meada se parasse um segundo sequer de anotar. Felizmente o professor resolveu escrever no quadro uns tópicos (que eu já tinha anotado, de ouvi-lo falar), me dando a chance para um descanso relâmpago de 10 segundos.Resolvi dar uma panorâmica na sala e contar quantos alunos estavam prestando atenção - para diagnosticar a quem deveria pedir emprestado os apontamentos anteriores (que perdi por causa da burocracia de mudança de turno). Quando olhei para trás, percebi que até a deficiente visual da turma não estava prestando atenção ao professor, absorta em escutar conversas paralelas dos seus amigos metaforicamente cegos (para a realidade).:: Espero que meus filhos não me decepcionem quando chegar a vez deles.


Com o meu retorno à vida acadêmica, fiquei chocado com a falta de compromisso que alguns (muitos) universitários demonstram em sala de aula. Enquanto eu estou me lascando para pagar o curso de Direito com meu suado dinheirinho de trabalhador, testemunho diariamente cenas de completo descaso, protagonizadas por jovens bem nascidos(as), ornados(as) em roupas de grife e com chaves de carros novos penduradas em suas calças e bolsas.Tudo bem, ninguém tem culpa de nascer endinheirado - o pecado deles, no entanto, está em desperdiçar a fortuna dos pais (que certamente também suaram para tê-la), não cumprindo a obrigação mínima de um estudante: freqüentar as aulas e prestar atenção. Tenho presenciado desde a simples dispersão com conversinhas em pequenos grupos até a "debandada" geral, diante de um professor que tenta fazer o seu trabalho seriamente.Foi por isso que não vi com tanta surpresa a notícia sobre o garoto-prodígio de oito anos que passou no vestibular para Direito em Goiás. O pirralho demonstrou mais interesse no curso do que muito marmanjo que tem a vida ganha e ainda não acordou para Jesus.Ontem foi a gota d'água. Aula super instigante/excitante de Introdução ao Direito Constitucional, onde o professor demonstrava uma paciência de Jó para a dispersão alheia. Eu exercitava novamente as minhas técnicas de reportagem, escrevendo ipsi literis tudo que o mestre falava, tomando inclusive o cuidado de ir filtrando a prolixidade típica dos acadêmicos da área jurídica. Eu, que tinha total interesse na aula, já corria o risco de perder o fio da meada se parasse um segundo sequer de anotar. Felizmente o professor resolveu escrever no quadro uns tópicos (que eu já tinha anotado, de ouvi-lo falar), me dando a chance para um descanso relâmpago de 10 segundos.Resolvi dar uma panorâmica na sala e contar quantos alunos estavam prestando atenção - para diagnosticar a quem deveria pedir emprestado os apontamentos anteriores (que perdi por causa da burocracia de mudança de turno). Quando olhei para trás, percebi que até a deficiente visual da turma não estava prestando atenção ao professor, absorta em escutar conversas paralelas dos seus amigos metaforicamente cegos (para a realidade).:: Espero que meus filhos não me decepcionem quando chegar a vez deles.

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