BLOGUE «PARADA DE AGUIAR»

20-01-2014
marcar artigo

Não tenho dúvida alguma que VILA REAL deve exigir do governo a viabilização urgente de um curso de medicina na UTAD .

E há vários argumentos a favor desta causa:

Um dos argumentos maiores é a desesperante necessidade de médicos no interior;

Outro argumento de peso é a exigência de uma REPARTIÇÃO EQUITATIVA DOS RECURSOS NACIONAIS ( e chame-se à COLAÇÃO o despesismo exorbitante ocorrido no litoral com os estádios do Euro);

Deste segundo argumento decorre um terceiro: Seria a compensação ( ressalve-se a comparação algo ridícula) devida aos Transmontanos ( uma espécie de indemnização por perdas e danos) por não terem sido beneficiados por essa altura ( talvez por falta de lobby...).

No texto que segue, sobre este tema, é de notar, com certo espanto, atitude dos socialistas ( bem ao arrepio da linha socrática) invocando a doença de que mais tem sofrido o regime (a execrável "partidarite"), mas no sentido de a exorcizar neste caso concreto. O que podia ser um sinal de sincero arrependimento dos mesmos, no sentido de uma nova atitude política: a cura da partidarite...

Mas leia-se, então, o que , sobre o tema , vem escrito num dos jornais do Distrito;

Distrito de Vila Real // Mestrado Integrado em Medicina

PS de Vila Real apresentou Moção ao Governo. Para “reforçar” crescimento da UTAD, socialistas querem pôr “partidarite” de lado e unir esforços para aumentar atractividade e reforçar a região no contexto nacional

Marcar uma “posição de força” foi aquilo que fizeram os responsáveis do Partido Socialista (PS) em Vila Real. Desde autarcas, deputados a dirigentes regionais, todos subscreveram a Moção que será apresentada ao Governo de José Sócrates para “ajudar” a uma aprovação do Mestrado Integrado em Medicina na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Esta acção tem por fim mostrar que na região “há condições e necessidade” que justifiquem a abertura do curso na academia transmontana. Nesta matéria, os socialistas querem ver a “partidarite” fora de discussão e “todos os partidos políticos, associações empresariais e comerciais e as forças vivas da Região” envolvidos pelo mesmo objectivo. Apoiado em dados nacionais, Rui Santos, líder da distrital socialista de Vila Real, lembrou que mais de metade dos inscritos na Ordem dos Médicos tem acima de 50 anos, o que os dispensa de fazer serviço urgência nocturno, e um em cada oito profissionais tem mais de 65. “A falta de médicos é uma realidade sentida pela população portuguesa e em particular pelos transmontano-durienses”, referiu Rui Santos, acrescentando que o “os número da procura e oferta tem um rácio de 2,26, entre os candidatos e o número de vagas disponível”. A vontade da UTAD em assumir o ensino de medicina não é de agora e a primeira proposta data mesmo de há 12 anos. A academia apresentou em 1998 a proposta ao Governo de António Guterres, que a preteriu ao projecto da Covilhã, para onde “descentralizou” o curso de medicina. No entanto, este pode mesmo ser o ano de “viragem” já que o Governo de José Sócrates apresentou como objectivo nas Grandes Opções do Plano (GOP) aumentar em 15 por cento as vagas para os cursos de medicina durante os próximos quatro anos. Neste contexto, a UTAD e a região “têm tudo” para fazer parte deste crescimento. “Desde a primeira proposta apresentada para este curso, a UTAD criou as condições para consolidar o projecto numa estratégia conducente a um curriculum médico inovador no plano da oferta educativa, da investigação e dos investimentos na saúde”, avaliou o responsável distrital, enumerando as licenciaturas em Biologia, Bioquímica, Biotecnologia, Genética, Engenharia Biomédica e Bioengenharia criadas entretanto. Todo este processo de “formação e investigação”, permitem agora à academia transmontana gozar de um estatuto de “relevo na comunidade científica, que marca de forma indelével o seu potencial em crescendo, a que não são alheias as dinâmicas sociais, culturais e económicas” da região transmontana e alto-duriense, do Norte de Portugal e até da Galiza, em Espanha. Se mais argumentos forem pedidos, os socialistas de Vila Real avançam depois a capacidade logística da UTAD, que nos últimos anos conheceu uma renovação, reforçando a sua capacidade de investigação. “O Hospital Veterinário, recentemente requalificado e ampliado, o Edifício dos Blocos de Laboratórios, já adjudicado com um investimento de mais de nove milhões de euros, e a Escola de Enfermagem são exemplos de como a UTAD construiu, requalificou e está ainda a construir áreas de muito boa qualidade.” Aos meios infra-estruturais, juntam-se os equipamentos como a Unidade de Microscopia Electrónica, as câmaras húmidas para FFSM e os sistemas de extracção de DNA e RNA. A esta intenção, Rui Santos chama ainda o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), com o qual a UTAD tem de “lutar em conjunto por um projecto sólido, a curto e médio prazo, para que o Mestrado Integrado em Medicina seja uma realidade na região”, sem “prejuízo” de agregar ainda outros parceiros. Com um investimento estimado até 2013 de mais de 90 milhões de euros, o CHTMAD está em fase de consolidação de mais-valias adquiridas com a reestruturação na saúde, tendo agora quatro unidades hospitalares (Vila Real, Peso da Régua, Chaves e Lamego), um Centro Oncológico, uma Unidade de Cuidados Continuados de Convalescença (Vila Pouca de Aguiar) e, em requalificação, um Serviço de Urgência Polivalente.

Uma proposta transversal

Artur Cascarejo, presidente da câmara de Alijó, apontou este curso como uma possibilidade de “mais facilmente” fixar pessoa no Interior. “Não faltam infra-estruturas, mas temos um problema gravíssimo ao nível dos recursos humanos”, garantiu o autarca, para sustentar que “leccionar medicina pode ser uma forma de as pessoas ficarem a conhecer o Interior e depois virem a fixar-se nele”, o que diminuiria o défice da região na captação destes profissionais. Assim, Artur Cascarejo não vê esta proposta como socialista, mas antes como uma “janela de oportunidades” para todos os concelhos. Pedindo “coerência” a todos os agentes políticos e sociais da região, o autarca alijoense defendeu que “tem de ser a região a desenvolver-se a si própria e para isso tem de definir as suas necessidades e reivindicá-las”. Neste sentido, há que unir esforços para “combater as assimetrias” sem olhar a cores políticas, aproveitando este momento. Em representação dos deputados eleitos pelo distrito, Paula Barros definiu esta moção como um “acto pró-activo” e de pôr de parte a tendência para o “queixume”. “O PS olha para o futuro com optimismo, mas tem de o sustentar em ideias, projectos e pro-actividade”, afirmou Paula Barros, dando como exemplo o Mestrado Integrado em Medicina. Salientando como imperioso que a região se torne “atractiva”, a deputada defendeu a união de todas as forças políticas com base “na necessidade de apetrechar as instituições da região para que estas se possam afirmar a nível nacional”

Não tenho dúvida alguma que VILA REAL deve exigir do governo a viabilização urgente de um curso de medicina na UTAD .

E há vários argumentos a favor desta causa:

Um dos argumentos maiores é a desesperante necessidade de médicos no interior;

Outro argumento de peso é a exigência de uma REPARTIÇÃO EQUITATIVA DOS RECURSOS NACIONAIS ( e chame-se à COLAÇÃO o despesismo exorbitante ocorrido no litoral com os estádios do Euro);

Deste segundo argumento decorre um terceiro: Seria a compensação ( ressalve-se a comparação algo ridícula) devida aos Transmontanos ( uma espécie de indemnização por perdas e danos) por não terem sido beneficiados por essa altura ( talvez por falta de lobby...).

No texto que segue, sobre este tema, é de notar, com certo espanto, atitude dos socialistas ( bem ao arrepio da linha socrática) invocando a doença de que mais tem sofrido o regime (a execrável "partidarite"), mas no sentido de a exorcizar neste caso concreto. O que podia ser um sinal de sincero arrependimento dos mesmos, no sentido de uma nova atitude política: a cura da partidarite...

Mas leia-se, então, o que , sobre o tema , vem escrito num dos jornais do Distrito;

Distrito de Vila Real // Mestrado Integrado em Medicina

PS de Vila Real apresentou Moção ao Governo. Para “reforçar” crescimento da UTAD, socialistas querem pôr “partidarite” de lado e unir esforços para aumentar atractividade e reforçar a região no contexto nacional

Marcar uma “posição de força” foi aquilo que fizeram os responsáveis do Partido Socialista (PS) em Vila Real. Desde autarcas, deputados a dirigentes regionais, todos subscreveram a Moção que será apresentada ao Governo de José Sócrates para “ajudar” a uma aprovação do Mestrado Integrado em Medicina na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Esta acção tem por fim mostrar que na região “há condições e necessidade” que justifiquem a abertura do curso na academia transmontana. Nesta matéria, os socialistas querem ver a “partidarite” fora de discussão e “todos os partidos políticos, associações empresariais e comerciais e as forças vivas da Região” envolvidos pelo mesmo objectivo. Apoiado em dados nacionais, Rui Santos, líder da distrital socialista de Vila Real, lembrou que mais de metade dos inscritos na Ordem dos Médicos tem acima de 50 anos, o que os dispensa de fazer serviço urgência nocturno, e um em cada oito profissionais tem mais de 65. “A falta de médicos é uma realidade sentida pela população portuguesa e em particular pelos transmontano-durienses”, referiu Rui Santos, acrescentando que o “os número da procura e oferta tem um rácio de 2,26, entre os candidatos e o número de vagas disponível”. A vontade da UTAD em assumir o ensino de medicina não é de agora e a primeira proposta data mesmo de há 12 anos. A academia apresentou em 1998 a proposta ao Governo de António Guterres, que a preteriu ao projecto da Covilhã, para onde “descentralizou” o curso de medicina. No entanto, este pode mesmo ser o ano de “viragem” já que o Governo de José Sócrates apresentou como objectivo nas Grandes Opções do Plano (GOP) aumentar em 15 por cento as vagas para os cursos de medicina durante os próximos quatro anos. Neste contexto, a UTAD e a região “têm tudo” para fazer parte deste crescimento. “Desde a primeira proposta apresentada para este curso, a UTAD criou as condições para consolidar o projecto numa estratégia conducente a um curriculum médico inovador no plano da oferta educativa, da investigação e dos investimentos na saúde”, avaliou o responsável distrital, enumerando as licenciaturas em Biologia, Bioquímica, Biotecnologia, Genética, Engenharia Biomédica e Bioengenharia criadas entretanto. Todo este processo de “formação e investigação”, permitem agora à academia transmontana gozar de um estatuto de “relevo na comunidade científica, que marca de forma indelével o seu potencial em crescendo, a que não são alheias as dinâmicas sociais, culturais e económicas” da região transmontana e alto-duriense, do Norte de Portugal e até da Galiza, em Espanha. Se mais argumentos forem pedidos, os socialistas de Vila Real avançam depois a capacidade logística da UTAD, que nos últimos anos conheceu uma renovação, reforçando a sua capacidade de investigação. “O Hospital Veterinário, recentemente requalificado e ampliado, o Edifício dos Blocos de Laboratórios, já adjudicado com um investimento de mais de nove milhões de euros, e a Escola de Enfermagem são exemplos de como a UTAD construiu, requalificou e está ainda a construir áreas de muito boa qualidade.” Aos meios infra-estruturais, juntam-se os equipamentos como a Unidade de Microscopia Electrónica, as câmaras húmidas para FFSM e os sistemas de extracção de DNA e RNA. A esta intenção, Rui Santos chama ainda o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), com o qual a UTAD tem de “lutar em conjunto por um projecto sólido, a curto e médio prazo, para que o Mestrado Integrado em Medicina seja uma realidade na região”, sem “prejuízo” de agregar ainda outros parceiros. Com um investimento estimado até 2013 de mais de 90 milhões de euros, o CHTMAD está em fase de consolidação de mais-valias adquiridas com a reestruturação na saúde, tendo agora quatro unidades hospitalares (Vila Real, Peso da Régua, Chaves e Lamego), um Centro Oncológico, uma Unidade de Cuidados Continuados de Convalescença (Vila Pouca de Aguiar) e, em requalificação, um Serviço de Urgência Polivalente.

Uma proposta transversal

Artur Cascarejo, presidente da câmara de Alijó, apontou este curso como uma possibilidade de “mais facilmente” fixar pessoa no Interior. “Não faltam infra-estruturas, mas temos um problema gravíssimo ao nível dos recursos humanos”, garantiu o autarca, para sustentar que “leccionar medicina pode ser uma forma de as pessoas ficarem a conhecer o Interior e depois virem a fixar-se nele”, o que diminuiria o défice da região na captação destes profissionais. Assim, Artur Cascarejo não vê esta proposta como socialista, mas antes como uma “janela de oportunidades” para todos os concelhos. Pedindo “coerência” a todos os agentes políticos e sociais da região, o autarca alijoense defendeu que “tem de ser a região a desenvolver-se a si própria e para isso tem de definir as suas necessidades e reivindicá-las”. Neste sentido, há que unir esforços para “combater as assimetrias” sem olhar a cores políticas, aproveitando este momento. Em representação dos deputados eleitos pelo distrito, Paula Barros definiu esta moção como um “acto pró-activo” e de pôr de parte a tendência para o “queixume”. “O PS olha para o futuro com optimismo, mas tem de o sustentar em ideias, projectos e pro-actividade”, afirmou Paula Barros, dando como exemplo o Mestrado Integrado em Medicina. Salientando como imperioso que a região se torne “atractiva”, a deputada defendeu a união de todas as forças políticas com base “na necessidade de apetrechar as instituições da região para que estas se possam afirmar a nível nacional”

marcar artigo