gonn1000: MARÉS VIVAS

01-07-2011
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Remake do filme-catástrofe “A Aventura do Poseidon”, realizado por Ronald Naeme em 1972, “Poseidon” começa com o naufrágio de um navio de luxo em alto mar e segue depois as peripécias dos poucos sobreviventes, que terão de trabalhar em conjunto para saírem vivos do barco antes que este fique totalmente submerso.Esta premissa simples e pouco ambiciosa orienta uma película que, longe de inovadora, consegue ser uma aceitável proposta de um género já pouco revisitado.O realizador de serviço, Wolfgang Petersen, tem cimentado um percurso algo indistinto dentro do cinema de acção, contando com alguns sucessos comerciais como os banais “Na Linha do Fogo” (1993) e “Air Force One” (1997), ou o mais prestigiado “Das Boot” (1981). Não será “Poseidon” que lhe permitirá ultrapassar o estatuto de tarefeiro por vezes competente, mas pelo menos eleva-se acima de muitos blockbusters ultrajantes que costumam disseminar-se pelas salas com a chegada do Verão.É certo que o argumento é esquemático e previsível, que as personagens não possuem grande espessura e que não há aqui cenas de antologia que tornem o filme digno de nota, mas Petersen é capaz de gerar uma obra que, mesmo com estas óbvias limitações, é interessante de seguir.Uma eficaz gestão do ritmo, com escassa palha narrativa, um trabalho de câmara que, não sendo muito inventivo, é feliz na implementação de uma atmosfera claustrofóbica e sufocante, e efeitos especiais pouco intrusivos mas com algum sentido de espectáculo concedem a “Poseidon” alguma solidez, que compensam a estrutura de videojogo do argumento (tão maquinal como os espaços em que a acção decorre) ou o desperdício de actores como Richard Dreyfuss ou Josh Lucas.Não é muito, mas acaba por se mais do que se esperaria, oferecendo ocasionais boas sequências de suspense onde são testados os limites físicos e psicológicos das personagens (embora a abordagem destes seja superficial).Um pequeno entretenimento a considerar, ainda que dentro do género Petersen apresente um objecto uns furos abaixo de “O Dia Depois de Amanhã”, do também alemão Roland Emmerich, que permanece ainda como o melhor filme-catástrofe dos últimos tempos.E O VEREDICTO É: 2,5/5 - RAZOÁVEL


Remake do filme-catástrofe “A Aventura do Poseidon”, realizado por Ronald Naeme em 1972, “Poseidon” começa com o naufrágio de um navio de luxo em alto mar e segue depois as peripécias dos poucos sobreviventes, que terão de trabalhar em conjunto para saírem vivos do barco antes que este fique totalmente submerso.Esta premissa simples e pouco ambiciosa orienta uma película que, longe de inovadora, consegue ser uma aceitável proposta de um género já pouco revisitado.O realizador de serviço, Wolfgang Petersen, tem cimentado um percurso algo indistinto dentro do cinema de acção, contando com alguns sucessos comerciais como os banais “Na Linha do Fogo” (1993) e “Air Force One” (1997), ou o mais prestigiado “Das Boot” (1981). Não será “Poseidon” que lhe permitirá ultrapassar o estatuto de tarefeiro por vezes competente, mas pelo menos eleva-se acima de muitos blockbusters ultrajantes que costumam disseminar-se pelas salas com a chegada do Verão.É certo que o argumento é esquemático e previsível, que as personagens não possuem grande espessura e que não há aqui cenas de antologia que tornem o filme digno de nota, mas Petersen é capaz de gerar uma obra que, mesmo com estas óbvias limitações, é interessante de seguir.Uma eficaz gestão do ritmo, com escassa palha narrativa, um trabalho de câmara que, não sendo muito inventivo, é feliz na implementação de uma atmosfera claustrofóbica e sufocante, e efeitos especiais pouco intrusivos mas com algum sentido de espectáculo concedem a “Poseidon” alguma solidez, que compensam a estrutura de videojogo do argumento (tão maquinal como os espaços em que a acção decorre) ou o desperdício de actores como Richard Dreyfuss ou Josh Lucas.Não é muito, mas acaba por se mais do que se esperaria, oferecendo ocasionais boas sequências de suspense onde são testados os limites físicos e psicológicos das personagens (embora a abordagem destes seja superficial).Um pequeno entretenimento a considerar, ainda que dentro do género Petersen apresente um objecto uns furos abaixo de “O Dia Depois de Amanhã”, do também alemão Roland Emmerich, que permanece ainda como o melhor filme-catástrofe dos últimos tempos.E O VEREDICTO É: 2,5/5 - RAZOÁVEL

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