gonn1000: ONIRISMO BELGA

01-07-2011
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Mesmo não sendo uma das referências essenciais do trip-hop, os belgas Hooverphonic possuem uma interessante discografia que os torna num dos bons projectos do género, sabendo dosear sofisticação e subtileza com uma inteligente sensibilidade (dream) pop.“The Magnificent Tree”, o seu terceiro álbum, editado em 2000, dá continuidade aos ambientes etéreos e intimistas que vincaram a sonoridade dos anteriores “A New Stereophonic Sound Spectacular” e “Blue Wonder Power Milk”, mas reduz consideravelmente as texturas esparsas e enigmáticas desses registos, apresentando composições mais imediatas, mas ainda absorventes.“Autoharp”, o magnífico tema de abertura, possui ainda uma estrutura intrincada e intrigante, gerando atmosferas oníricas e sedutoras próximas dos melhores momentos dos discos anteriores.Contudo, a segunda canção do alinhamento, “Mad About You”, aposta em já tons mais acessíveis – assim como a maioria das restantes -, sendo, de resto, o single mais emblemático da banda, conseguindo ser radiofónico sem cair no facilitismo (e convence, mesmo sendo um pastiche dos Portishead).Envolvente e agridoce, “The Magnificent Tree” não se aproxima da genialidade mas mantém-se igualmente distante da mediocridade, proporcionando um cardápio sonoro sólido e cativante, que tanto contém baladas cristalinas (“Out of Sight”), torch songs imponentes (“Vinegar & Salt”) ou concentrados de pop negra e claustrofóbica (“Everytime We Live Together We Die a Bit More”).A voz límpida e insinuante de Geike Arnaert e a sobriedade dos arranjos e da produção contribuem para que o álbum resulte e se torne recomendável, em especial para admiradores das electrónicas invernosas dos Massive Attack, Lamb, Flunk, Gus Gus, Madonna (fase “Ray of Light”) e Sneaker Pimps. Um bom motivo, portanto, para (re)descobrir este consistente trio belga. E O VEREDICTO É: 3/5 - BOM


Mesmo não sendo uma das referências essenciais do trip-hop, os belgas Hooverphonic possuem uma interessante discografia que os torna num dos bons projectos do género, sabendo dosear sofisticação e subtileza com uma inteligente sensibilidade (dream) pop.“The Magnificent Tree”, o seu terceiro álbum, editado em 2000, dá continuidade aos ambientes etéreos e intimistas que vincaram a sonoridade dos anteriores “A New Stereophonic Sound Spectacular” e “Blue Wonder Power Milk”, mas reduz consideravelmente as texturas esparsas e enigmáticas desses registos, apresentando composições mais imediatas, mas ainda absorventes.“Autoharp”, o magnífico tema de abertura, possui ainda uma estrutura intrincada e intrigante, gerando atmosferas oníricas e sedutoras próximas dos melhores momentos dos discos anteriores.Contudo, a segunda canção do alinhamento, “Mad About You”, aposta em já tons mais acessíveis – assim como a maioria das restantes -, sendo, de resto, o single mais emblemático da banda, conseguindo ser radiofónico sem cair no facilitismo (e convence, mesmo sendo um pastiche dos Portishead).Envolvente e agridoce, “The Magnificent Tree” não se aproxima da genialidade mas mantém-se igualmente distante da mediocridade, proporcionando um cardápio sonoro sólido e cativante, que tanto contém baladas cristalinas (“Out of Sight”), torch songs imponentes (“Vinegar & Salt”) ou concentrados de pop negra e claustrofóbica (“Everytime We Live Together We Die a Bit More”).A voz límpida e insinuante de Geike Arnaert e a sobriedade dos arranjos e da produção contribuem para que o álbum resulte e se torne recomendável, em especial para admiradores das electrónicas invernosas dos Massive Attack, Lamb, Flunk, Gus Gus, Madonna (fase “Ray of Light”) e Sneaker Pimps. Um bom motivo, portanto, para (re)descobrir este consistente trio belga. E O VEREDICTO É: 3/5 - BOM

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