gonn1000: QUEM É AQUELA RAPARIGA?

01-07-2011
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Uma das comédias mais imprevisíveis e desregradas dos últimos anos, "Betty" (Nurse Betty) é a terceira experiência do norte-americano Neil LaBute na realização, depois de "In the Company of Men" e "Your Friends and Neighbours", cortantes retratos do quotidiano suburbano, e antes de "Possessão", mistura entre drama contemporâneo e romance histórico.O filme centra-se em Betty, uma empregada de café de uma pequena cidade americana que, devido a um abrupto incidente, vê diluídas as fronteiras entre o mundo real e ficcional, o que a leva a crer já ter tido um relacionamento com uma personagem de uma novela que segue com devoção.Assim, a protagonista deixa a sua terra-natal e parte em busca do seu (suposto) velho amor na tentativa de reatar a relação, mas pelo caminho irá encontrar uma série de figuras e peripécias que tornarão a sua jornada num misto de imprevisibilidade e esquizofrenia.Amálgama de comédia romântica, filme indie suburbano e thriller esgrouviado, com direito a traços herdados de Quentin Tarantino e dos irmãos Coen, "Betty" é um filme atípico, entrelaçando humor negro e momentos de uma candura comovente.Apesar das múltiplas referências díspares, LaBute consegue fazer com que a película resulte, nunca deixando o espectador descoordenado com as reviravoltas do intrincado argumento, enveredando por uma realização competente e por uma narrativa que mantém um ritmo capaz de envolver e surpreender.Esta sátira ao mundo do showbiz (especialmente o televisivo) e ao culto das celebridades torna-se ainda mais fascinante tendo em conta que é protagonizada por um elenco coeso.Aaron Eckhart é estranhamente pitoresco, Greg Kinnear encarna eficazmente o galã oco e presunçoso, a dupla cómica Morgan Freeman/ Chris Rock é um achado e a protagonista Renée Zellweger emana uma cativante aura de inocência e ingenuidade.Irónica e offbeat, "Betty" é uma delirante experiência cinematográfica, um conto de fadas on acid que não merece ser confundido com mais uma rotineira comédia norte-americana, uma vez que desconstrói muitos dos clichés habituais nessas produções formatadas. Uma pequena pérola a não perder de vista...E O VEREDICTO É: 3,5/5 - BOM


Uma das comédias mais imprevisíveis e desregradas dos últimos anos, "Betty" (Nurse Betty) é a terceira experiência do norte-americano Neil LaBute na realização, depois de "In the Company of Men" e "Your Friends and Neighbours", cortantes retratos do quotidiano suburbano, e antes de "Possessão", mistura entre drama contemporâneo e romance histórico.O filme centra-se em Betty, uma empregada de café de uma pequena cidade americana que, devido a um abrupto incidente, vê diluídas as fronteiras entre o mundo real e ficcional, o que a leva a crer já ter tido um relacionamento com uma personagem de uma novela que segue com devoção.Assim, a protagonista deixa a sua terra-natal e parte em busca do seu (suposto) velho amor na tentativa de reatar a relação, mas pelo caminho irá encontrar uma série de figuras e peripécias que tornarão a sua jornada num misto de imprevisibilidade e esquizofrenia.Amálgama de comédia romântica, filme indie suburbano e thriller esgrouviado, com direito a traços herdados de Quentin Tarantino e dos irmãos Coen, "Betty" é um filme atípico, entrelaçando humor negro e momentos de uma candura comovente.Apesar das múltiplas referências díspares, LaBute consegue fazer com que a película resulte, nunca deixando o espectador descoordenado com as reviravoltas do intrincado argumento, enveredando por uma realização competente e por uma narrativa que mantém um ritmo capaz de envolver e surpreender.Esta sátira ao mundo do showbiz (especialmente o televisivo) e ao culto das celebridades torna-se ainda mais fascinante tendo em conta que é protagonizada por um elenco coeso.Aaron Eckhart é estranhamente pitoresco, Greg Kinnear encarna eficazmente o galã oco e presunçoso, a dupla cómica Morgan Freeman/ Chris Rock é um achado e a protagonista Renée Zellweger emana uma cativante aura de inocência e ingenuidade.Irónica e offbeat, "Betty" é uma delirante experiência cinematográfica, um conto de fadas on acid que não merece ser confundido com mais uma rotineira comédia norte-americana, uma vez que desconstrói muitos dos clichés habituais nessas produções formatadas. Uma pequena pérola a não perder de vista...E O VEREDICTO É: 3,5/5 - BOM

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