Passos, o "último moicano" a recusar aumento do salário mínimo

08-09-2014
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"O último moicano que não quer subir o salário mínimo nacional é o primeiro-ministro", afirmou deputado do PS Nuno Sá, durante a discussão em plenário da proposta do BE de alteração ao Orçamento do Estado para 2014 para o aumento do salário mínimo para os 545 euros.

Sublinhando o consenso que já existe entre os parceiros sociais para o aumento do salário mínimo, o deputado socialista rebateu o argumento da maioria de que é a 'troika' que impede uma alteração assegurando que a proibição da subida do valor não está inscrita no memorando de entendimento.

Nuno Sá recordou, a propósito, que na Irlanda o salário mínimo primeiro desceu e depois subiu, quando o país estava ainda a cumprir o memorando de entendimento que também assinou com a 'troika'.

Numa intervenção muito crítica para o Governo, o deputado socialista acusou ainda o primeiro-ministro de ter feito "um número de ilusionismo político" quando se reuniu com os parceiros na concertação social e lembrou que, em março deste ano, Pedro Passos Coelho disse no Parlamento que "a medida mais sensata para combater o desemprego seria baixar o salário mínimo".

Antes, a deputada do BE Cecília Honório defendeu a proposta apresentada pelo seu partido para aumento do salário mínimo para 545 euros, desafiando o executivo de maioria PSD/CDS-PP a não se "esconder atrás da 'troika'".

"As condições estão todas sobre a mesa, só falta que o Governo cumpra o acordo", salientou, relembrando que as próprias empresas estão a favor do aumento.

Pelo PCP, o deputado Jorge Machado insistiu que já existe acordo na concertação social e lamentou que continue a existir em Portugal "um salário mínimo de vergonha".

A deputada do PSD Mercês Borges contrapôs, contudo, a necessidade do assunto dever continuar a ser discutido em sede de concertação social.

"Dizem que a 'troika' não manda aqui, mas infelizmente manda alguma coisa", acrescentou, em resposta às críticas da oposição.

A deputada social-democrata assegurou também que o seu partido gostava muito que o salário mínimo fosse aumentado, mas reiterou a necessidade de existir primeiro um consenso sobre a matéria.

"Quando os parceiros se entenderem e trouxerem novamente a proposta ao Parlamento, cá estaremos para a acolher", corroborou o deputado do CDS-PP Artur Rêgo, ressalvando, contudo, que nada impede as empresas de aumentar os funcionários que recebam o salário mínimo caso assim o entendam.

O deputado do CDS-PP dirigiu ainda "três questões básicas" à bancada do PS, questionando que partido congelou o salário mínimo, rompeu o acordo tripartido e inscreveu no memorando "uma regra condicionante" relativa ao aumento do salário mínimo durante o seu período de vigência.

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Sublinhando o consenso que já existe entre os parceiros sociais para o aumento do salário mínimo, o deputado socialista rebateu o argumento da maioria de que é a 'troika' que impede uma alteração assegurando que a proibição da subida do valor não está inscrita no memorando de entendimento.

Nuno Sá recordou, a propósito, que na Irlanda o salário mínimo primeiro desceu e depois subiu, quando o país estava ainda a cumprir o memorando de entendimento que também assinou com a 'troika'.

Numa intervenção muito crítica para o Governo, o deputado socialista acusou ainda o primeiro-ministro de ter feito "um número de ilusionismo político" quando se reuniu com os parceiros na concertação social e lembrou que, em março deste ano, Pedro Passos Coelho disse no Parlamento que "a medida mais sensata para combater o desemprego seria baixar o salário mínimo".

Antes, a deputada do BE Cecília Honório defendeu a proposta apresentada pelo seu partido para aumento do salário mínimo para 545 euros, desafiando o executivo de maioria PSD/CDS-PP a não se "esconder atrás da 'troika'".

"As condições estão todas sobre a mesa, só falta que o Governo cumpra o acordo", salientou, relembrando que as próprias empresas estão a favor do aumento.

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A deputada do PSD Mercês Borges contrapôs, contudo, a necessidade do assunto dever continuar a ser discutido em sede de concertação social.

"Dizem que a 'troika' não manda aqui, mas infelizmente manda alguma coisa", acrescentou, em resposta às críticas da oposição.

A deputada social-democrata assegurou também que o seu partido gostava muito que o salário mínimo fosse aumentado, mas reiterou a necessidade de existir primeiro um consenso sobre a matéria.

"Quando os parceiros se entenderem e trouxerem novamente a proposta ao Parlamento, cá estaremos para a acolher", corroborou o deputado do CDS-PP Artur Rêgo, ressalvando, contudo, que nada impede as empresas de aumentar os funcionários que recebam o salário mínimo caso assim o entendam.

O deputado do CDS-PP dirigiu ainda "três questões básicas" à bancada do PS, questionando que partido congelou o salário mínimo, rompeu o acordo tripartido e inscreveu no memorando "uma regra condicionante" relativa ao aumento do salário mínimo durante o seu período de vigência.

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