Cinema Notebook: The Devil Wears Prada (2006)

21-01-2012
marcar artigo


É tirânica, tem o cabelo prateado e usa roupas e acessórios carissímos. Em “The Devil Wears Prada”, de David Frankel (responsável por alguns episódios de Sexo e a Cidade e Vidas em Hollywood), Meryl Streep é a glacial Miranda Priestly, a poderosa editora da revista de moda Runway, e uma mulher que nunca diz obrigada nem se faz favor. O modelo para este retrato é Anna Wintour, a editora da Vogue norte-americana, famosa, entre muitas outras coisas, por usar micro-mini-saias Chanel quando estava grávida. “The Devil Wears Prada” é uma adaptação do best-seller escrito em 2003 por Lauren Weisberger sobre a sua experiência como assistente pessoal de Wintour (no filme, Anna Hathaway faz o papel da ingénua, e aterrorizada assistente).“O Diabo Veste Prada” é um conto-de-fadas moderno sobre o patinho feio que se torna num cisne elegante. Nas mãos desumanas e muitas vezes gratuitamente atrozes de Miranda, Andy Sachs (Hathaway) ganha a feminilidade e o desenbaraço que nunca teve, sendo o preço deste pacto a sua inocência. Um filme sobre o mundo da moda e os custos pessoais e intímos que uma carreira de topo exige.Mas nem tudo são rosas e “O Diabo Veste Prada” acaba por ter uma visão demasiado moralista e leviana sobre tudo o que abrange. Apesar de visualmente aparatosa, e com a presença nobre de uma das mais fantásticas actrizes da actualidade (Streep), que ocupa espaços que nem uma rainha e que apenas pela sua presença altera o ambiente de cada cena, a obra de Frankel é demasiado inócua e vulgar. Não causa danos nem choques profundos e é pautada por uma previsibilidade tremenda.Felizmente, e para compensar, o trabalho de “casting” foi exemplar, e, além de Streep e Hathaway, primorosas nos seus papéis, temos um fantástico Stanley Tucci, um carismático Adrian Grenier e uma promissora Emily Blunt que fazem o filme sobreviver devido ao seu glamour, classe e poder de criar uma relação de amor, ódio e simpatia com o espectador. Mesmo com a fórmula mais do que usada da intriga e com o seu desfecho mais do que previsível.


É tirânica, tem o cabelo prateado e usa roupas e acessórios carissímos. Em “The Devil Wears Prada”, de David Frankel (responsável por alguns episódios de Sexo e a Cidade e Vidas em Hollywood), Meryl Streep é a glacial Miranda Priestly, a poderosa editora da revista de moda Runway, e uma mulher que nunca diz obrigada nem se faz favor. O modelo para este retrato é Anna Wintour, a editora da Vogue norte-americana, famosa, entre muitas outras coisas, por usar micro-mini-saias Chanel quando estava grávida. “The Devil Wears Prada” é uma adaptação do best-seller escrito em 2003 por Lauren Weisberger sobre a sua experiência como assistente pessoal de Wintour (no filme, Anna Hathaway faz o papel da ingénua, e aterrorizada assistente).“O Diabo Veste Prada” é um conto-de-fadas moderno sobre o patinho feio que se torna num cisne elegante. Nas mãos desumanas e muitas vezes gratuitamente atrozes de Miranda, Andy Sachs (Hathaway) ganha a feminilidade e o desenbaraço que nunca teve, sendo o preço deste pacto a sua inocência. Um filme sobre o mundo da moda e os custos pessoais e intímos que uma carreira de topo exige.Mas nem tudo são rosas e “O Diabo Veste Prada” acaba por ter uma visão demasiado moralista e leviana sobre tudo o que abrange. Apesar de visualmente aparatosa, e com a presença nobre de uma das mais fantásticas actrizes da actualidade (Streep), que ocupa espaços que nem uma rainha e que apenas pela sua presença altera o ambiente de cada cena, a obra de Frankel é demasiado inócua e vulgar. Não causa danos nem choques profundos e é pautada por uma previsibilidade tremenda.Felizmente, e para compensar, o trabalho de “casting” foi exemplar, e, além de Streep e Hathaway, primorosas nos seus papéis, temos um fantástico Stanley Tucci, um carismático Adrian Grenier e uma promissora Emily Blunt que fazem o filme sobreviver devido ao seu glamour, classe e poder de criar uma relação de amor, ódio e simpatia com o espectador. Mesmo com a fórmula mais do que usada da intriga e com o seu desfecho mais do que previsível.

marcar artigo