Cinema Notebook: Antevisão: W.

02-07-2011
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Bush. George W. Bush. Quadragésimo terceiro Presidente norte-americano e uma das figuras políticas mais controversas da história da Humanidade. A sua vida privada, uma incógnita para muitos. O seu poder e influência nos destinos de um planeta, uma certeza para todos. No ano em que abandona o cargo mais importante à face da Terra, Stone, Oliver Stone, também ele um dos cineastas mais polémicos da indústria, decide orquestrar um filme biográfico sobre Bush. À primeira vista, uma homenagem ao chefe de Estado que enfrentou as consequências e os efeitos do devastador ataque terrorista de Setembro de 2001. Mas nesta equação tão banal como interessante, falta um elemento que faz toda a diferença: Stone é um reconhecido crítico de Bush – tendo mesmo afirmado já em entrevista que este se trata do “pior presidente da história dos Estados Unidos da América” - e prova disso é a sua simpatia por Fidel Castro, uma das espinhas encravadas do Presidente norte-americano, ao qual até já dedicou algumas das suas obras.Qual será então o resultado final de W.? Um mistério tão grande como o próprio talento de Stone. O trailer e os cartazes promocionais pouco ou nada desvendam que não um tom irónico sobre alguns dos acidentes de percurso mais caricatos de George Bush. A sinopse oficial apenas sugere um período temporal largo, que abrangerá a vida política de Bush desde os seus tempos de Governador até às decisões mais críticas relacionadas com a guerra no Iraque. Venha o que vier, a verdade é que este pode ser o regresso definitivo de Stone aos dias de glória de Assassinos Natos, JFK, Platoon, Wall Street ou Nascido a 4 de Julho. Tudo porque a fita não obteve apoios financeiros de nenhum estúdio, tendo sido produzida pelo próprio realizador, o que implica à partida a ausência de edição politicamente correcta por parte de algum produtor em busca de muitos milhões e pouca controvérsia. Stone é um artista por natureza e não um documentarista. Por isso, a sua visão não tem que ser imparcial e os cinéfilos de todo o mundo agradecem.Com Josh Brolin no papel de George Bush, Ellen Burstyn como Barbara Bush, Richard Dreyfuss a interpretar Dick Cheney e James Cromwell no lugar de George Bush pai, W. é, sem dúvida alguma, uma das propostas mais ousadas para a recta final de 2008. Quem já teve a oportunidade de ler o guião, diz que a obra fará o ainda Presidente norte-americano passar por um saloio inculto que, caso não fosse filho de quem é, estaria a viver numa caravana algures no meio do Texas. Vai uma aposta que este poderá muito bem ser o primeiro líder de bilheteira com Obama na cadeira do poder?


Bush. George W. Bush. Quadragésimo terceiro Presidente norte-americano e uma das figuras políticas mais controversas da história da Humanidade. A sua vida privada, uma incógnita para muitos. O seu poder e influência nos destinos de um planeta, uma certeza para todos. No ano em que abandona o cargo mais importante à face da Terra, Stone, Oliver Stone, também ele um dos cineastas mais polémicos da indústria, decide orquestrar um filme biográfico sobre Bush. À primeira vista, uma homenagem ao chefe de Estado que enfrentou as consequências e os efeitos do devastador ataque terrorista de Setembro de 2001. Mas nesta equação tão banal como interessante, falta um elemento que faz toda a diferença: Stone é um reconhecido crítico de Bush – tendo mesmo afirmado já em entrevista que este se trata do “pior presidente da história dos Estados Unidos da América” - e prova disso é a sua simpatia por Fidel Castro, uma das espinhas encravadas do Presidente norte-americano, ao qual até já dedicou algumas das suas obras.Qual será então o resultado final de W.? Um mistério tão grande como o próprio talento de Stone. O trailer e os cartazes promocionais pouco ou nada desvendam que não um tom irónico sobre alguns dos acidentes de percurso mais caricatos de George Bush. A sinopse oficial apenas sugere um período temporal largo, que abrangerá a vida política de Bush desde os seus tempos de Governador até às decisões mais críticas relacionadas com a guerra no Iraque. Venha o que vier, a verdade é que este pode ser o regresso definitivo de Stone aos dias de glória de Assassinos Natos, JFK, Platoon, Wall Street ou Nascido a 4 de Julho. Tudo porque a fita não obteve apoios financeiros de nenhum estúdio, tendo sido produzida pelo próprio realizador, o que implica à partida a ausência de edição politicamente correcta por parte de algum produtor em busca de muitos milhões e pouca controvérsia. Stone é um artista por natureza e não um documentarista. Por isso, a sua visão não tem que ser imparcial e os cinéfilos de todo o mundo agradecem.Com Josh Brolin no papel de George Bush, Ellen Burstyn como Barbara Bush, Richard Dreyfuss a interpretar Dick Cheney e James Cromwell no lugar de George Bush pai, W. é, sem dúvida alguma, uma das propostas mais ousadas para a recta final de 2008. Quem já teve a oportunidade de ler o guião, diz que a obra fará o ainda Presidente norte-americano passar por um saloio inculto que, caso não fosse filho de quem é, estaria a viver numa caravana algures no meio do Texas. Vai uma aposta que este poderá muito bem ser o primeiro líder de bilheteira com Obama na cadeira do poder?

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