Cinema Notebook: Kiss Kiss Bang Bang (2005)

03-07-2011
marcar artigo


E no inicío de 2006… apareceu o melhor de 2005. Com argumento e realização de Shane Black, um estreante nesta última vertente, “Kiss Kiss Bang Bang” é, antes de tudo, um filme com um humor mordaz e extremamente inteligente. É este o seu principal trunfo, que alia como “peixe na água” com o excelente dom cómico das duas principais personagens, Harry e Perry, interpretadas respectivamente pelos fabulosos Robert Downey Jr e Val Kilmer.Harry Lockart é então, para vos situar, um ladrão incompetente mas honesto, que se passeia de arma em punho com uma mistura de charme infantil e optimismo ingénuo. O seu azar crónico aparece novamente na pior altura: exactamente, quando, com o seu parceiro, está a fazer “compras” de Natal, antes da loja abrir, e o alarme dispara. Ao fugir da polícia, Harry perde o seu parceiro, que fora baleado durante a fuga e acaba por “aterrar” num casting para um filme policial americano. A sua sorte muda por completo, quando o produtor fica satisfeito com a sua suposta interpretação como detective policial que acaba de perder o seu parceiro. E é desta forma que Harry é convidado a viajar até Los Angeles. Já na capital dos drogados, corruptos e vigaristas, Harry conhece Gay Perry, um detective privado sem escrúpulos, extremamente severo e exigente... mas que é gay, em todas as vertentes da palavra! Para pouco mais tarde reencontrar-se com a sua paixão de adolescente, Harmony (Michelle Monaghan, uh la la que boneca). Homicídio ali, suícidio acolá e a trama está lançada. E em poucas palavras, o que se passa daí em diante será divertido, hilariante q.b e suficientemente bem contado e entrelaçado para vos manter pregados ao ecrâ.Muito ao estilo do desenrrolar de “Pulp Fiction”, Shane Black constrói um filme cheio de reviravoltas inesperadas, com diálogos incisivos e muito divertidos, ao mesmo tempo que vai brincando com o espectador e com o género, pegando numa série de clichés, para mais tarde os ridicularizar através de um narrador (Downey Jr.) absolutamente sarcástico. “Não se preocupe, eu também vi O Senhor dos Anéis, não vou colocar 17 finais aqui”, diz o mesmo. E quando parecia que o cinema de acção vindo de Hollywood já não tinha salvação, eis que aparece “Kiss Kiss Bang Bang”.Michelle Monaghan, a actriz principal, vai dar muito que falar, é certo. Seja pela sua beleza exótica, seja pelo seu enorme talento. Mas não haja dúvidas em relação às estrelas do elenco. Robert Downey Jr e Val Kilmer, com o seu talento inato para a comédia inteligente, auto catapultam-se neste “Kiss Kiss Bang Bang” para um futuro próximo certamente muito mais próspero e concorrido. Geniais. E com tudo isto até parece que nem dei conta que Shannyn Sossamon esteve no filme. Pois bem, é verdade. Nem sequer a associei à rapariga de cabelo roxo. Adeus Sossamon, olá Monaghan.“Kiss Kiss Bang Bang” é, então, um clássico de culto instantâneo. Mas que certamente se irá perder no meio de tanta estreia auspiciosa e promissora neste primeiro trimestre de 2006. Óscares, óscares, para que te quero eu...


E no inicío de 2006… apareceu o melhor de 2005. Com argumento e realização de Shane Black, um estreante nesta última vertente, “Kiss Kiss Bang Bang” é, antes de tudo, um filme com um humor mordaz e extremamente inteligente. É este o seu principal trunfo, que alia como “peixe na água” com o excelente dom cómico das duas principais personagens, Harry e Perry, interpretadas respectivamente pelos fabulosos Robert Downey Jr e Val Kilmer.Harry Lockart é então, para vos situar, um ladrão incompetente mas honesto, que se passeia de arma em punho com uma mistura de charme infantil e optimismo ingénuo. O seu azar crónico aparece novamente na pior altura: exactamente, quando, com o seu parceiro, está a fazer “compras” de Natal, antes da loja abrir, e o alarme dispara. Ao fugir da polícia, Harry perde o seu parceiro, que fora baleado durante a fuga e acaba por “aterrar” num casting para um filme policial americano. A sua sorte muda por completo, quando o produtor fica satisfeito com a sua suposta interpretação como detective policial que acaba de perder o seu parceiro. E é desta forma que Harry é convidado a viajar até Los Angeles. Já na capital dos drogados, corruptos e vigaristas, Harry conhece Gay Perry, um detective privado sem escrúpulos, extremamente severo e exigente... mas que é gay, em todas as vertentes da palavra! Para pouco mais tarde reencontrar-se com a sua paixão de adolescente, Harmony (Michelle Monaghan, uh la la que boneca). Homicídio ali, suícidio acolá e a trama está lançada. E em poucas palavras, o que se passa daí em diante será divertido, hilariante q.b e suficientemente bem contado e entrelaçado para vos manter pregados ao ecrâ.Muito ao estilo do desenrrolar de “Pulp Fiction”, Shane Black constrói um filme cheio de reviravoltas inesperadas, com diálogos incisivos e muito divertidos, ao mesmo tempo que vai brincando com o espectador e com o género, pegando numa série de clichés, para mais tarde os ridicularizar através de um narrador (Downey Jr.) absolutamente sarcástico. “Não se preocupe, eu também vi O Senhor dos Anéis, não vou colocar 17 finais aqui”, diz o mesmo. E quando parecia que o cinema de acção vindo de Hollywood já não tinha salvação, eis que aparece “Kiss Kiss Bang Bang”.Michelle Monaghan, a actriz principal, vai dar muito que falar, é certo. Seja pela sua beleza exótica, seja pelo seu enorme talento. Mas não haja dúvidas em relação às estrelas do elenco. Robert Downey Jr e Val Kilmer, com o seu talento inato para a comédia inteligente, auto catapultam-se neste “Kiss Kiss Bang Bang” para um futuro próximo certamente muito mais próspero e concorrido. Geniais. E com tudo isto até parece que nem dei conta que Shannyn Sossamon esteve no filme. Pois bem, é verdade. Nem sequer a associei à rapariga de cabelo roxo. Adeus Sossamon, olá Monaghan.“Kiss Kiss Bang Bang” é, então, um clássico de culto instantâneo. Mas que certamente se irá perder no meio de tanta estreia auspiciosa e promissora neste primeiro trimestre de 2006. Óscares, óscares, para que te quero eu...

marcar artigo