Cinema Notebook: Francis Capra: De Sonhador a Rufia

26-01-2012
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Nasceu num dos bairros mais problemáticos de Nova Iorque, decorria o ano de 1983. Filho de um gangster, acabou por nunca conviver com o pai, que foi preso quando este ainda era recém-nascido (só para mais tarde ser baleado poucas semanas depois de sair em liberdade). Descoberto para o cinema por Robert De Niro - que obrigou a produção a contratá-lo após o seu casting para "A Bronx Tale" - Capra só havia de se tornar uma cara familiar de miúdos e graúdos com os seus papéis principais em "Free Willy 2" e "Kazaam", onde contracenou com Shaquille O'Neal. Aquela atitude traquinas, misturada com um sotaque característico - talvez derivado das suas origens italianas - faziam antever um grande futuro. Mas Capra, ninguém sabe bem porquê, desapareceu de um momento para o outro. E só em 2004, com "Veronica Mars", voltou a agarrar com unhas e dentes um papel regular e interessante. Foi como olhar para uma daquelas figuras que se conhece de algum lado, mas que acabam por ficar a martelar na memória até perguntar-mos a alguém o seu nome. Esperemos que com o final da série não caia, uma vez mais, em esquecimento. Porque, e não me perguntem porquê, simpatizo com ele. A culpa deve ser da baleia... já que o génio era muito insonso.


Nasceu num dos bairros mais problemáticos de Nova Iorque, decorria o ano de 1983. Filho de um gangster, acabou por nunca conviver com o pai, que foi preso quando este ainda era recém-nascido (só para mais tarde ser baleado poucas semanas depois de sair em liberdade). Descoberto para o cinema por Robert De Niro - que obrigou a produção a contratá-lo após o seu casting para "A Bronx Tale" - Capra só havia de se tornar uma cara familiar de miúdos e graúdos com os seus papéis principais em "Free Willy 2" e "Kazaam", onde contracenou com Shaquille O'Neal. Aquela atitude traquinas, misturada com um sotaque característico - talvez derivado das suas origens italianas - faziam antever um grande futuro. Mas Capra, ninguém sabe bem porquê, desapareceu de um momento para o outro. E só em 2004, com "Veronica Mars", voltou a agarrar com unhas e dentes um papel regular e interessante. Foi como olhar para uma daquelas figuras que se conhece de algum lado, mas que acabam por ficar a martelar na memória até perguntar-mos a alguém o seu nome. Esperemos que com o final da série não caia, uma vez mais, em esquecimento. Porque, e não me perguntem porquê, simpatizo com ele. A culpa deve ser da baleia... já que o génio era muito insonso.

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