Antestreia: "The Goods: Live Hard, Sell Hard" por Nuno Reis

03-07-2011
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Se há profissão a que a crise não afecta são os vendedores de carros usados dos filmes. A figura clássica do vigarista nunca tem problemas em vender gato por lebre e ganhar uns milhares no processo. Contudo neste filme passa-se o contrário. A família Selleck (Vendedores Sell-eck? falta de originalidade...) está com dificuldades no negócio e o patriarca lembra-se "se tiver algum problema, se ninguém me consegue ajudar e se os conseguir encontrar talvez eu consiga contratar uns vendedores mercenários!". Basicamente esta classe profissional consegue chegar, ver e vender. Liquidam stocks e partem para outra terra sem criar laços.Seja o que for que queira vender Don Ready é o homem para o serviço. A sua equipa extremamente competente é a melhor no que faz só que muitos meses seguidos na estrada destruiram o que lhes restava de humanidade. De momento vivem para vender e até isso lhes custa com a fatídica lembrança de Albuquerque... Chegados à loja dos Sellick terão de vender 211 carros num fim-de-semana prolongado. Só que, como é óbvio, nem só de vendas se faz um filme e passam-se outras coisas. No início a personagem choque é Babs com as suas raras. Depois o foco passa para a sensibilidade escondida de Jimmy. Por momentos Don tem o protagonismo que lhe era devido, mas não faz nada de jeito com isso. No fim é o homem que se esconde no coração de Don que tem a atenção.Tirando o humor foleiro, as tentativas de se distinguir com personagens sensíveis e a completa falta de história, é um filme terrível que merece ser esquecido urgentemente caso seja visto até ao fim (o que também não aconselho pois piora drasticamente). Ter actores semi-conceituados não ajudou. Ed Helms e Rob Riggle ainda este ano estiveram em "The Hangover" com muito melhor desempenho. Se compararmos os seus papéis Helms passou de dentista desprezado a vilão desprezível, e Riggle passou de polícia ridicularizado a miúdo ridículo. Uma coisa inconcebível. De todos só se aproveita Kathryn Hahn - por pouco tempo - e Ken Jeong (mais um vindo de "The Hangover") que não tem personagem suficicente para se sair mal.Há quem ache graça a estas piadas sem nível, metralhado sem dar tempo para o espectador pensar se é mau ou bom. O alerta da minha parte está feito. Vejam por vossa conta e risco.Título Original: "The Goods: Live Hard, Sell Hard" (EUA, 2009)Realização: Neal BrennanArgumento: Andy Stock, Rick StempsonIntérpretes: Jeremy Piven, Ving Rhames, David Koechner, Kathryn Hahn, David Koechner, Ed Helms, Jordana SpiroFotografia: Daryn OkadaMúsica: Lyle WorkmanGénero: ComédiaDuração: 89 min.Sítio Oficial: http://www.livehardsellhard.com/


Se há profissão a que a crise não afecta são os vendedores de carros usados dos filmes. A figura clássica do vigarista nunca tem problemas em vender gato por lebre e ganhar uns milhares no processo. Contudo neste filme passa-se o contrário. A família Selleck (Vendedores Sell-eck? falta de originalidade...) está com dificuldades no negócio e o patriarca lembra-se "se tiver algum problema, se ninguém me consegue ajudar e se os conseguir encontrar talvez eu consiga contratar uns vendedores mercenários!". Basicamente esta classe profissional consegue chegar, ver e vender. Liquidam stocks e partem para outra terra sem criar laços.Seja o que for que queira vender Don Ready é o homem para o serviço. A sua equipa extremamente competente é a melhor no que faz só que muitos meses seguidos na estrada destruiram o que lhes restava de humanidade. De momento vivem para vender e até isso lhes custa com a fatídica lembrança de Albuquerque... Chegados à loja dos Sellick terão de vender 211 carros num fim-de-semana prolongado. Só que, como é óbvio, nem só de vendas se faz um filme e passam-se outras coisas. No início a personagem choque é Babs com as suas raras. Depois o foco passa para a sensibilidade escondida de Jimmy. Por momentos Don tem o protagonismo que lhe era devido, mas não faz nada de jeito com isso. No fim é o homem que se esconde no coração de Don que tem a atenção.Tirando o humor foleiro, as tentativas de se distinguir com personagens sensíveis e a completa falta de história, é um filme terrível que merece ser esquecido urgentemente caso seja visto até ao fim (o que também não aconselho pois piora drasticamente). Ter actores semi-conceituados não ajudou. Ed Helms e Rob Riggle ainda este ano estiveram em "The Hangover" com muito melhor desempenho. Se compararmos os seus papéis Helms passou de dentista desprezado a vilão desprezível, e Riggle passou de polícia ridicularizado a miúdo ridículo. Uma coisa inconcebível. De todos só se aproveita Kathryn Hahn - por pouco tempo - e Ken Jeong (mais um vindo de "The Hangover") que não tem personagem suficicente para se sair mal.Há quem ache graça a estas piadas sem nível, metralhado sem dar tempo para o espectador pensar se é mau ou bom. O alerta da minha parte está feito. Vejam por vossa conta e risco.Título Original: "The Goods: Live Hard, Sell Hard" (EUA, 2009)Realização: Neal BrennanArgumento: Andy Stock, Rick StempsonIntérpretes: Jeremy Piven, Ving Rhames, David Koechner, Kathryn Hahn, David Koechner, Ed Helms, Jordana SpiroFotografia: Daryn OkadaMúsica: Lyle WorkmanGénero: ComédiaDuração: 89 min.Sítio Oficial: http://www.livehardsellhard.com/

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