Antestreia: "Troll Hunter" por Nuno Reis

30-06-2011
marcar artigo


Aqui está uma das grandes surpresas da temporada cinematográfica. O cinema norueguês além de ter aumentado a produção no último ano em 50% (devido a uma revisão simpática, lógica e generosa da lei do cinema) aumentou também a qualidade. Este “Trolljegeren” vem mostrar que também houve diferenças do ponto de vista criativo pois arriscaram-se num género que neste continente não tem tido sorte.A mensagem ao início diz logo que foram encontrados uns discos com determinadas filmagens e que vamos ver uma selecção das mesmas. Isso num cenário normal seria suficiente para me fazer sair da sala a correr devido a umas más experiências recentes - coff, “Paranormal Activity” coff - mas como a versão europeia do cinema vérité de terror não era nada má (“REC”) foi um em que me deu para arriscar. Um grupo de três jovens está a tentar fazer uma entrevista a um caçador furtivo de ursos. Ele recusa-se a falar, mas eles seguem-no discretamente e após alguns dias subitamente estão no meio do mato com o carro destruído e coberto de uma mucosidade. O homem revela-lhes que é funcionário de uma organização governamental clandestina que controla as movimentações de trolls para os manter secretos e longe do público. O trio junta-se a essa curiosa missão para fazer o documentário mais revolucionário de sempre.A primeira metade tem cenas que não fazem sentido numa suposta selecção de cenas importantes. A partir do momento em que aparece um troll o caso muda de figura. Aí tudo o que acontece no filme merece ser visto. Se o início é quase de apresentação das personagens e adaptação ao estilo de filme, no segundo o que importa é a acção.Não é um filme de terror no sentido tradicional da palavra por isso não esperem descargas de adrenalina ao assistirem. Pode causar alguns arrepios a quem se quiser deixar assustar, mas o objectivo é outro, é político. Revela os números dos massacres à população troll e as mortes humanas que podiam ter sido evitadas. Mostra que alguns acidentes mal explicados podem perfeitamente ter um sentido escondido. Usando a Lâmina de Occam - a explicação mais simples tende a ser a correcta - alguns estragos e desaparecimentos com histórias muito bem fundamentadas por trás, podem ter sido algo simples como acção de trolls.Na faceta de documentário explica as diferenças entre os trolls verdadeiros e os da lendas e histórias infantis. Não parecem humanos e não falam, mas evitam a luz que os transforma em pedra e vivem debaixo das pontes ou em grutas. Já a relação deles com a religião é deveras curiosa.Os excelentes efeitos especiais que adicionam trolls ao vídeo amador, o recurso inteligente e doseado à visão nocturna, e as boas doses de humor pelo meio fazem deste um potencial filme de culto ao estilo de “District 9”. Claro que sequela e remake americano já se fizeram anunciar, mas nada como ver o original antes disso tudo.Título Original: "Trolljegeren" (Noruega, 2010)Realização: André ØvredalArgumento: André ØvredalIntérpretes: Otto Jespersen, Otto Jespersen, Johanna Mørck, Tomas Alf Larsen, Urmila Berg-DomaasMúsica: Fotografia: Hallvard BræinGénero: Comédia, Horror, ThrillerDuração: 90 min.Sítio Oficial: http://www.trollhunterfilm.com/


Aqui está uma das grandes surpresas da temporada cinematográfica. O cinema norueguês além de ter aumentado a produção no último ano em 50% (devido a uma revisão simpática, lógica e generosa da lei do cinema) aumentou também a qualidade. Este “Trolljegeren” vem mostrar que também houve diferenças do ponto de vista criativo pois arriscaram-se num género que neste continente não tem tido sorte.A mensagem ao início diz logo que foram encontrados uns discos com determinadas filmagens e que vamos ver uma selecção das mesmas. Isso num cenário normal seria suficiente para me fazer sair da sala a correr devido a umas más experiências recentes - coff, “Paranormal Activity” coff - mas como a versão europeia do cinema vérité de terror não era nada má (“REC”) foi um em que me deu para arriscar. Um grupo de três jovens está a tentar fazer uma entrevista a um caçador furtivo de ursos. Ele recusa-se a falar, mas eles seguem-no discretamente e após alguns dias subitamente estão no meio do mato com o carro destruído e coberto de uma mucosidade. O homem revela-lhes que é funcionário de uma organização governamental clandestina que controla as movimentações de trolls para os manter secretos e longe do público. O trio junta-se a essa curiosa missão para fazer o documentário mais revolucionário de sempre.A primeira metade tem cenas que não fazem sentido numa suposta selecção de cenas importantes. A partir do momento em que aparece um troll o caso muda de figura. Aí tudo o que acontece no filme merece ser visto. Se o início é quase de apresentação das personagens e adaptação ao estilo de filme, no segundo o que importa é a acção.Não é um filme de terror no sentido tradicional da palavra por isso não esperem descargas de adrenalina ao assistirem. Pode causar alguns arrepios a quem se quiser deixar assustar, mas o objectivo é outro, é político. Revela os números dos massacres à população troll e as mortes humanas que podiam ter sido evitadas. Mostra que alguns acidentes mal explicados podem perfeitamente ter um sentido escondido. Usando a Lâmina de Occam - a explicação mais simples tende a ser a correcta - alguns estragos e desaparecimentos com histórias muito bem fundamentadas por trás, podem ter sido algo simples como acção de trolls.Na faceta de documentário explica as diferenças entre os trolls verdadeiros e os da lendas e histórias infantis. Não parecem humanos e não falam, mas evitam a luz que os transforma em pedra e vivem debaixo das pontes ou em grutas. Já a relação deles com a religião é deveras curiosa.Os excelentes efeitos especiais que adicionam trolls ao vídeo amador, o recurso inteligente e doseado à visão nocturna, e as boas doses de humor pelo meio fazem deste um potencial filme de culto ao estilo de “District 9”. Claro que sequela e remake americano já se fizeram anunciar, mas nada como ver o original antes disso tudo.Título Original: "Trolljegeren" (Noruega, 2010)Realização: André ØvredalArgumento: André ØvredalIntérpretes: Otto Jespersen, Otto Jespersen, Johanna Mørck, Tomas Alf Larsen, Urmila Berg-DomaasMúsica: Fotografia: Hallvard BræinGénero: Comédia, Horror, ThrillerDuração: 90 min.Sítio Oficial: http://www.trollhunterfilm.com/

marcar artigo