Os representantes dos dois partidos estiveram reunidos esta tarde na sede do PS em Lisboa, para analisar a suspensão da linha de TGV entre Lisboa e Madrid.
No final do encontro, António Costa, que também preside à Câmara de Lisboa, disse, em conferência de imprensa, que o projecto do TGV entre Portugal e Espanha é “muito importante” e não deve ser suspenso definitivamente, devido a “razões conjunturais” da economia portuguesa.
“Todos compreendemos que a situação económica e financeira que se vive possa exigir reponderações dos calendários, mas seria incompreensível abandonar um projecto estrutural, que todos os governos dos últimos 15 anos apoiaram, em função da situação conjuntural. Podemos atrasar, podemos ter de reponderar calendários, não podemos pôr em causa projectos estruturantes”, disse António Costa.
“Nós compreendemos que a situação possa exigir uma recalendarização do projecto, mas não compreendemos que a situação conjuntural que estamos a viver possa pôr em causa um projecto que é de natureza estruturante”, adiantou.
Para o secretário-geral do PSOE de Badajoz, Celestino Vegas, se Portugal não avançar com a construção da linha de alta velocidade, a zona da Extremadura (Espanha) vai ser prejudicada.
“Não tem sentido uma ligação tão importante entre Badajoz e Madrid porque não temos população [em número suficiente] para ser rentável. Mas já faz muito sentido para Badajoz se a linha chegar a Lisboa, porque faria a ligação ao aeroporto e aos portos de Sines e Setúbal”, disse, adiantando que o programa da alta velocidade “é vital” para a região que representa.
Também presentes na reunião, o presidente da Câmara de Évora, José Ernesto de Oliveira, e o vice-presidente da autarquia de Elvas, Nuno Mocinha, defenderam a importância deste projecto “estruturante” para o desenvolvimento das regiões que ambos representam.
“Évora ficaria a 27 minutos de Lisboa, a 20 no futuro aeroporto e a duas horas de Madrid”, disse José Ernesto de Oliveira, adiantando que, caso não avance o projecto, muitos projectos turísticos vão ficar em causa.
A reunião de hoje decorreu poucas semanas depois de António Costa ter apresentado em Bruxelas o parecer do Comité das Regiões, do qual foi redactor, sobre o livro branco dos transportes.
O programa do Governo estabelece o compromisso de “suspender” o plano de alta velocidade Lisboa -Madrid, admitindo que “poderá sujeitar-se a uma reavaliação, incluindo o seu conteúdo e calendário, numa óptica de optimização de custos, à luz de novos condicionalismos, e que deverá ter em conta o estatuto jurídico dos contratos já firmados”.
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Os representantes dos dois partidos estiveram reunidos esta tarde na sede do PS em Lisboa, para analisar a suspensão da linha de TGV entre Lisboa e Madrid.
No final do encontro, António Costa, que também preside à Câmara de Lisboa, disse, em conferência de imprensa, que o projecto do TGV entre Portugal e Espanha é “muito importante” e não deve ser suspenso definitivamente, devido a “razões conjunturais” da economia portuguesa.
“Todos compreendemos que a situação económica e financeira que se vive possa exigir reponderações dos calendários, mas seria incompreensível abandonar um projecto estrutural, que todos os governos dos últimos 15 anos apoiaram, em função da situação conjuntural. Podemos atrasar, podemos ter de reponderar calendários, não podemos pôr em causa projectos estruturantes”, disse António Costa.
“Nós compreendemos que a situação possa exigir uma recalendarização do projecto, mas não compreendemos que a situação conjuntural que estamos a viver possa pôr em causa um projecto que é de natureza estruturante”, adiantou.
Para o secretário-geral do PSOE de Badajoz, Celestino Vegas, se Portugal não avançar com a construção da linha de alta velocidade, a zona da Extremadura (Espanha) vai ser prejudicada.
“Não tem sentido uma ligação tão importante entre Badajoz e Madrid porque não temos população [em número suficiente] para ser rentável. Mas já faz muito sentido para Badajoz se a linha chegar a Lisboa, porque faria a ligação ao aeroporto e aos portos de Sines e Setúbal”, disse, adiantando que o programa da alta velocidade “é vital” para a região que representa.
Também presentes na reunião, o presidente da Câmara de Évora, José Ernesto de Oliveira, e o vice-presidente da autarquia de Elvas, Nuno Mocinha, defenderam a importância deste projecto “estruturante” para o desenvolvimento das regiões que ambos representam.
“Évora ficaria a 27 minutos de Lisboa, a 20 no futuro aeroporto e a duas horas de Madrid”, disse José Ernesto de Oliveira, adiantando que, caso não avance o projecto, muitos projectos turísticos vão ficar em causa.
A reunião de hoje decorreu poucas semanas depois de António Costa ter apresentado em Bruxelas o parecer do Comité das Regiões, do qual foi redactor, sobre o livro branco dos transportes.
O programa do Governo estabelece o compromisso de “suspender” o plano de alta velocidade Lisboa -Madrid, admitindo que “poderá sujeitar-se a uma reavaliação, incluindo o seu conteúdo e calendário, numa óptica de optimização de custos, à luz de novos condicionalismos, e que deverá ter em conta o estatuto jurídico dos contratos já firmados”.