A urgência da poupança

16-10-2012
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Cada vez sobra mais tempo no fim de cada ordenado. A frase não é nova, mas espelha bem o que se está a passar com a maioria dos portugueses e que terá tendência a agravar-se no futuro próximo com a adopção de novas e mais violentas medidas de austeridade.

Assim sendo, é natural que as famílias e as empresas tenham menos capacidade de poupar. Portugal, aliás, passou de um país de aforradores para um país de consumidores endividados em poucos anos. Entre 1966 e 1985 a taxa de poupança dos portugueses em percentagem do rendimento disponível situou-se sempre acima dos 16,5%, atingindo o máximo histórico de 30,5% em 1972. O fim do século XX e o início do século XXI assistiram a uma degradação da capacidade de poupança dos portugueses que atingiu o ponto mais baixo em 2007, quando a taxa de poupança se situou em 7.9%. Pensou-se que a poupança poderia aumentar com a crise, mas tal não está a acontecer. Sinal disso é o facto de as famílias estarem a poupar quatro vezes menos no final do primeiro trimestre deste ano do que em igual período do ano passado. É certo que o Governo alterou as condições dos certificados de aforro e fez com que muita gente desviasse as poupanças para outros activos, mas também é certo que em período de austeridade, com cortes nos salários, aumentos de impostos, de juros e do petróleo as disponibilidades das famílias ficam muito mais reduzidas. Sem poupança não há investimento e sem investimento não há desenvolvimento da economia nem se diminui o défice externo. É, por isso, urgente quebrar este ciclo vicioso e fazer com que os portugueses voltem a poupar.

Cada vez sobra mais tempo no fim de cada ordenado. A frase não é nova, mas espelha bem o que se está a passar com a maioria dos portugueses e que terá tendência a agravar-se no futuro próximo com a adopção de novas e mais violentas medidas de austeridade.

Assim sendo, é natural que as famílias e as empresas tenham menos capacidade de poupar. Portugal, aliás, passou de um país de aforradores para um país de consumidores endividados em poucos anos. Entre 1966 e 1985 a taxa de poupança dos portugueses em percentagem do rendimento disponível situou-se sempre acima dos 16,5%, atingindo o máximo histórico de 30,5% em 1972. O fim do século XX e o início do século XXI assistiram a uma degradação da capacidade de poupança dos portugueses que atingiu o ponto mais baixo em 2007, quando a taxa de poupança se situou em 7.9%. Pensou-se que a poupança poderia aumentar com a crise, mas tal não está a acontecer. Sinal disso é o facto de as famílias estarem a poupar quatro vezes menos no final do primeiro trimestre deste ano do que em igual período do ano passado. É certo que o Governo alterou as condições dos certificados de aforro e fez com que muita gente desviasse as poupanças para outros activos, mas também é certo que em período de austeridade, com cortes nos salários, aumentos de impostos, de juros e do petróleo as disponibilidades das famílias ficam muito mais reduzidas. Sem poupança não há investimento e sem investimento não há desenvolvimento da economia nem se diminui o défice externo. É, por isso, urgente quebrar este ciclo vicioso e fazer com que os portugueses voltem a poupar.

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