Reabilitação urbana para arrendamento está a crescer

06-11-2013
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Com a crise do crédito, a solução passa pelo arrendamento.

Há uma crescente procura pelo arrendamento à medida que as condições de acesso ao crédito pioram a cada dia que passa. A mudança de paradigma está a ser levada em conta pelos investidores e é confirmada pelas mediadoras contactadas pelo Diário Económico.

"Em 2010, especialmente no segundo semestre, foi visível o aumento da compra de imóveis destinados à reabilitação para colocar, posteriormente, no mercado de arrendamento", diz o director do departamento residencial da Abacus-Savills,Frederico Mendoça. Daí resulta uma das explicações para o aumento (4%) do número de transacções de imóveis em 2010, anunciada na sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

Decorrente do aumento do desemprego e da falência de empresas, sabemos incumprimentos no crédito à habitação. E a quem é que a banca recorre? Às mediadoras. "O que mais faço agora é vender imóveis de bancos e de outros promotores, para depois colocar no mercado de arrendamento", diz Paulo Delgado, sócio-gerente da MHP - Sociedade de Mediação Imobiliária, que nota este ano a dinâmica das vendas registadas no ano anterior.

Contudo, Paulo Delgado alerta para o facto de as vendas de imóveis estarem a ser feitas a preços mais baixos, factor que pode vir a fomentar, no futuro, "rendas a valores igualmente mais reduzidos".

Um caso que ilustra esta situação é o condomínio Boavista Prime, na Avenida da Boavista, no Porto, onde os apartamentos a preços entre os 250 mil e os 300 mil euros têm sido comprados por investidores para posterior colocação em arrendamento.

Dinâmica de 2010 mantém-se

A dinâmica das transacções do ano passado, consubstanciadas em 151,8 mil compras e vendas, foi mais visível no primeiro semestre em relação ao segundo. "As vendas tanto da primeira habitação como do segmento residencial turístico mantiveram uma boa ‘performance' no primeiro semestre. Já no segundo semestre notou-se uma diminuição da concretização de vendas que estavam dependentes do crédito à habitação", frisa João Nuno Magalhães, director da CB Richard Ellis para o mercado residencial.

Na apreciação do ano anterior, o presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Mediação Imobiliária (APEMI), Luís Lima, atribui a boa dinâmica do primeiro semestre ao facto de os bancos terem mantido abertas as linhas de crédito hipotecário, situação que se inverteu notoriamente no semestre seguinte. "A instabilidade política e o agravamento das condições de crédito limitaram a dinâmica do sector imobiliário na segunda metade de 2010", conclui Luís Lima.

Com a crise do crédito, a solução passa pelo arrendamento.

Há uma crescente procura pelo arrendamento à medida que as condições de acesso ao crédito pioram a cada dia que passa. A mudança de paradigma está a ser levada em conta pelos investidores e é confirmada pelas mediadoras contactadas pelo Diário Económico.

"Em 2010, especialmente no segundo semestre, foi visível o aumento da compra de imóveis destinados à reabilitação para colocar, posteriormente, no mercado de arrendamento", diz o director do departamento residencial da Abacus-Savills,Frederico Mendoça. Daí resulta uma das explicações para o aumento (4%) do número de transacções de imóveis em 2010, anunciada na sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

Decorrente do aumento do desemprego e da falência de empresas, sabemos incumprimentos no crédito à habitação. E a quem é que a banca recorre? Às mediadoras. "O que mais faço agora é vender imóveis de bancos e de outros promotores, para depois colocar no mercado de arrendamento", diz Paulo Delgado, sócio-gerente da MHP - Sociedade de Mediação Imobiliária, que nota este ano a dinâmica das vendas registadas no ano anterior.

Contudo, Paulo Delgado alerta para o facto de as vendas de imóveis estarem a ser feitas a preços mais baixos, factor que pode vir a fomentar, no futuro, "rendas a valores igualmente mais reduzidos".

Um caso que ilustra esta situação é o condomínio Boavista Prime, na Avenida da Boavista, no Porto, onde os apartamentos a preços entre os 250 mil e os 300 mil euros têm sido comprados por investidores para posterior colocação em arrendamento.

Dinâmica de 2010 mantém-se

A dinâmica das transacções do ano passado, consubstanciadas em 151,8 mil compras e vendas, foi mais visível no primeiro semestre em relação ao segundo. "As vendas tanto da primeira habitação como do segmento residencial turístico mantiveram uma boa ‘performance' no primeiro semestre. Já no segundo semestre notou-se uma diminuição da concretização de vendas que estavam dependentes do crédito à habitação", frisa João Nuno Magalhães, director da CB Richard Ellis para o mercado residencial.

Na apreciação do ano anterior, o presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Mediação Imobiliária (APEMI), Luís Lima, atribui a boa dinâmica do primeiro semestre ao facto de os bancos terem mantido abertas as linhas de crédito hipotecário, situação que se inverteu notoriamente no semestre seguinte. "A instabilidade política e o agravamento das condições de crédito limitaram a dinâmica do sector imobiliário na segunda metade de 2010", conclui Luís Lima.

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