Nova direcção da bancada é o primeiro sinal de união no PS de António Costa

07-10-2014
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Nova direcção da bancada é o primeiro sinal de união no PS de António Costa

Márcia Galrão

marcia.galrao@economico.pt

03 Out 2014

Ferro Rodrigues escolheu quatro vice-presidentes seguristas. Costa firmou acordo de união com Álvaro Beleza.

A direcção da bancada parlamentar foi o primeiro passo no sentido da união no PS em que António Costa diz estar empenhado. Ferro Rodrigues, escolhido para liderar os deputados, colocou ao seu lado os seguristas João Paulo Correia, Mota Andrade, Pita Ameixa e Jorge Fão, cumprindo assim a "quota" de um terço de lugares para os apoiantes do ex-secretário-geral que Costa acordou na quarta-feira com Álvaro Beleza, representante da direcção cessante.

O próprio Ferro admitia ontem, numa carta dirigida aos deputados, que procurou constituir uma direcção da bancada que traduzisse "qualidade e diversidade". Hoje, ele e a sua lista vão a votos, mas não se esperam surpresas.

Na primeira fila da bancada do PS estará ainda outro nome de peso além de Ferro, que já foi secretário-geral do partido: Vieira da Silva, ex-ministro da Segurança Social e da Economia nos governos de Sócrates, também muito associado à ala esquerda do partido. Os restantes lugares serão ocupados, sem surpresas, por Ana Catarina Mendes, Pedro NunoSantos, Marcos Perestrello, Hortense Martins, Inês de Medeiros, Isabel Santos e Sónia Fertuzinhos.

Na carta, Ferro disse ter aceitado o convite para liderar a bancada, porque está "plenamente convicto que o momento" exige de todos "o melhor do nosso esforço". "Portugal atravessa um período de sérias e profundas dificuldades como raramente" o país enfrentou em democracia, com "uma economia enormemente debilitada, sistemas sociais fragilizados e empobrecimento generalizado" resultantes "da acção de um Governo que apenas soube acrescentar problemas a uma crise europeia de enorme dimensão", escreveu.

Costa aproveita ideiasde Seguro para programa de Governo

Para cumprir o acordo com Álvaro Beleza, Costa tem agora outros passos a cumprir, nomeadamente a composição da Comissão Nacional ou do secretariado nacional. Mas o acordo vai além da organização e passa também por uma convergência de ideias para o futuro programa de Governo.

Beleza e Costa combinaram um encontro entre os responsáveis pela Agenda da Década, proposta pelo autarca, e as conferências Novo Rumo e o Laboratório de Ideias e Propostas para Portugal (LIPP), organizados pela direcção de Seguro. A reunião ainda não tem data marcada, mas do lado de Costa estará Maria Manuel Leitão Marques, e do outro, à partida, Carlos Zorrinho.

Ao Diário Económico, o eurodeputado congratulou-se com a "abertura de António Costa" para esta convergência de ideias, considerando que se trata de um "óptimo sinal para a união do partido". "Seria um desperdício que o Novo Rumo e LIPP se perdessem agora e acho que é um princípio fantástico este sinal de convergência ao serviço do partido e do país", avançou Zorrinho.

Com este encontro entre Álvaro Beleza e António Costa fica afastada uma candidatura alternativa às próximas directas do PS. Beleza, que foi membro do secretariado de Seguro, chegou a ser pressionado para avançar numa lista concorrente no próximo congresso socialista, mas desde logo disse que não contassem com ele para "desunir" o partido. Ontem, voltou a dar esse sinal: "Sarar feridas é a minha profissão há 30 anos. É preciso fortalecer o PS", afirmou o médico socialista à Lusa.

Nova direcção da bancada é o primeiro sinal de união no PS de António Costa

Márcia Galrão

marcia.galrao@economico.pt

03 Out 2014

Ferro Rodrigues escolheu quatro vice-presidentes seguristas. Costa firmou acordo de união com Álvaro Beleza.

A direcção da bancada parlamentar foi o primeiro passo no sentido da união no PS em que António Costa diz estar empenhado. Ferro Rodrigues, escolhido para liderar os deputados, colocou ao seu lado os seguristas João Paulo Correia, Mota Andrade, Pita Ameixa e Jorge Fão, cumprindo assim a "quota" de um terço de lugares para os apoiantes do ex-secretário-geral que Costa acordou na quarta-feira com Álvaro Beleza, representante da direcção cessante.

O próprio Ferro admitia ontem, numa carta dirigida aos deputados, que procurou constituir uma direcção da bancada que traduzisse "qualidade e diversidade". Hoje, ele e a sua lista vão a votos, mas não se esperam surpresas.

Na primeira fila da bancada do PS estará ainda outro nome de peso além de Ferro, que já foi secretário-geral do partido: Vieira da Silva, ex-ministro da Segurança Social e da Economia nos governos de Sócrates, também muito associado à ala esquerda do partido. Os restantes lugares serão ocupados, sem surpresas, por Ana Catarina Mendes, Pedro NunoSantos, Marcos Perestrello, Hortense Martins, Inês de Medeiros, Isabel Santos e Sónia Fertuzinhos.

Na carta, Ferro disse ter aceitado o convite para liderar a bancada, porque está "plenamente convicto que o momento" exige de todos "o melhor do nosso esforço". "Portugal atravessa um período de sérias e profundas dificuldades como raramente" o país enfrentou em democracia, com "uma economia enormemente debilitada, sistemas sociais fragilizados e empobrecimento generalizado" resultantes "da acção de um Governo que apenas soube acrescentar problemas a uma crise europeia de enorme dimensão", escreveu.

Costa aproveita ideiasde Seguro para programa de Governo

Para cumprir o acordo com Álvaro Beleza, Costa tem agora outros passos a cumprir, nomeadamente a composição da Comissão Nacional ou do secretariado nacional. Mas o acordo vai além da organização e passa também por uma convergência de ideias para o futuro programa de Governo.

Beleza e Costa combinaram um encontro entre os responsáveis pela Agenda da Década, proposta pelo autarca, e as conferências Novo Rumo e o Laboratório de Ideias e Propostas para Portugal (LIPP), organizados pela direcção de Seguro. A reunião ainda não tem data marcada, mas do lado de Costa estará Maria Manuel Leitão Marques, e do outro, à partida, Carlos Zorrinho.

Ao Diário Económico, o eurodeputado congratulou-se com a "abertura de António Costa" para esta convergência de ideias, considerando que se trata de um "óptimo sinal para a união do partido". "Seria um desperdício que o Novo Rumo e LIPP se perdessem agora e acho que é um princípio fantástico este sinal de convergência ao serviço do partido e do país", avançou Zorrinho.

Com este encontro entre Álvaro Beleza e António Costa fica afastada uma candidatura alternativa às próximas directas do PS. Beleza, que foi membro do secretariado de Seguro, chegou a ser pressionado para avançar numa lista concorrente no próximo congresso socialista, mas desde logo disse que não contassem com ele para "desunir" o partido. Ontem, voltou a dar esse sinal: "Sarar feridas é a minha profissão há 30 anos. É preciso fortalecer o PS", afirmou o médico socialista à Lusa.

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