OEIRAS LOCAL: Brincar com coisas sérias

27-01-2012
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Brincar com coisas sérias - Opinião - Correio da ManhãDia a dia00:30Uma das coisas cada vez mais insuportáveis desta conjuntura sinistra que vivemos está na destruição do pouco que ainda funciona. A forma como Mota Amaral comparou o trabalho da Polícia Judiciária ao da PIDE, no encerramento da comissão de inquérito PT-TVI, é disso um lamentável exemplo.Mais lamentável ainda foi a forma como este PS rejubilou com a ‘blague’, transformando Amaral num inesperado antifascista por ter pertencido, imagine-se a ousadia, à ala liberal da primavera marcelista que queria uma evolução do regime mas não o seu fim. O desnorte é total quando o pragmatismo político, caso do PS, prevalece sobre os valores e ofende o trabalho sério de profissionais que nunca olharam a sacrifícios para cumprir a sua missão de serviço público.De uma vez por todas, os partidos têm de decidir o que querem da Justiça. São capazes de suportar uma verdadeira separação de poderes e uma investigação criminal independente, condicionada apenas pela lei, ou preferem criar uma mera extensão do poder de cada maioria parlamentar? Em vez de andarem a brincar com coisas sérias, é melhor que se definam. E, já agora, que clarifiquem: as escutas servem para investigar o terrorismo e a droga mas não o crime económico e político? Como eleitores e contribuintes, os portugueses precisam de saber.Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto


Brincar com coisas sérias - Opinião - Correio da ManhãDia a dia00:30Uma das coisas cada vez mais insuportáveis desta conjuntura sinistra que vivemos está na destruição do pouco que ainda funciona. A forma como Mota Amaral comparou o trabalho da Polícia Judiciária ao da PIDE, no encerramento da comissão de inquérito PT-TVI, é disso um lamentável exemplo.Mais lamentável ainda foi a forma como este PS rejubilou com a ‘blague’, transformando Amaral num inesperado antifascista por ter pertencido, imagine-se a ousadia, à ala liberal da primavera marcelista que queria uma evolução do regime mas não o seu fim. O desnorte é total quando o pragmatismo político, caso do PS, prevalece sobre os valores e ofende o trabalho sério de profissionais que nunca olharam a sacrifícios para cumprir a sua missão de serviço público.De uma vez por todas, os partidos têm de decidir o que querem da Justiça. São capazes de suportar uma verdadeira separação de poderes e uma investigação criminal independente, condicionada apenas pela lei, ou preferem criar uma mera extensão do poder de cada maioria parlamentar? Em vez de andarem a brincar com coisas sérias, é melhor que se definam. E, já agora, que clarifiquem: as escutas servem para investigar o terrorismo e a droga mas não o crime económico e político? Como eleitores e contribuintes, os portugueses precisam de saber.Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto

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