Vitória “clara”, “enorme”, um “farol de esperança”. PS deixa PSD a dez pontos de distância

30-10-2019
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O PS fecha a corrida ao Parlamento Europeu com 33,39% dos votos e uma vantagem de mais de dez pontos sobre o adversário direto. O Bloco de Esquerda é o segundo vencedor da noite e o PCP, um dos derrotados, fala num “sinal de alerta”.

Pedro Marques, o ex-ministro que Costa lançou para liderar a lista às europeias, definiu a vitória do PS como um “farol de esperança” para o futuro da União Europeia. António Costa, o líder que transformou as europeias no aquecimento para as legislativas, vê aqui um sinal para “manter o rumo” da experiência politica que iniciou em 2015.

“Há ainda muito caminho para fazer e sonho é continuar esse caminho”, disse o secretário-geral do PS. Com os mesmos parceiros? “temos tido resultados”, entre um crescimento acima da média europeia, a redução do desemprego e a redução do fosso das desigualdades sociais, destacou Costa. Mas “há ainda muito caminho para fazer e o sonho é continuar esse caminho”, destacou.

Com parceiros parlamentares em ciclos contraditórios – Bloco em clara ascensão, PCP em queda acentuada -, o líder socialista fez questão de puxar de igual modo pelos resultados à esquerda, como contraponto para os partidos de Rui Rio e Assunção Cristas. Além da “derrota muito clara que PSD e CDS sofreram, é também muito claro que o PS e os partidos que com o PS viabilizaram a [atual] solução governativa, há três anos e meio, não tiveram essa derrota e, pelo contrário, tiveram uma vitória”, destacou Costa.

Bloco pronto para “mais responsabilidade”

O PSD fica a dez pontos do PS, o CDS é atirado para o lugar de quinta força política (tocado de perto pelo PAN), enquanto a esquerda troca votos entre si: o Bloco de Esquerda dispara para 9,82% e o PCP cai para os 6,88% (cerca de menos 5,5%). “A discussão política está à esquerda”, antecipou a líder do Bloco de Esquerda.

Mais votos, maior percentagem e mais lugares no Parlamento Europeu. O Bloco de Esquerda reforçou-se em toda a linha: mais que duplicou o resultado de 4,26% que conseguiu em 2014 e alcançou mais um lugar no Parlamento Europeu – José Gusmão junta-se a Marisa Matias. Com isso, vem também “mais responsabilidade”, assumiu Catarina Martins.

Do outro lado, do lado da direita, avisou a líder do Bloco, as soluções estão esgotadas. “A derrota da direita é um sinal claro” de que discussão das “questões concretas para a vida das pessoas” se fazem à esquerda do Parlamento. “Em nenhuma destas questões será a direita a dar resposta”, sinalizou, como que a marcar o caminho de António Costa até outubro. “Cabe a responsabilidade à esquerda de estar à altura das expectativas.”

PCP: o rosto da derrota à esquerda

Foram precisas as perguntas dos jornalistas para Jerónimo de Sousa reconhecer o “resultado negativo” com que o PCP sai destas eleições, Mas mesmo aí, o secretário-geral do PSP apontou – como João Ferreira já tinha ensaiado – para o lado de fora para encontrar explicações para a hecatombe eleitoral.

Foi entre os “interesses”, as “campanhas” mediáticas de “comentadores de serviço” e as “mentiras” à volta da campanha dos comunistas que o secretário-geral do PCP encontrou um bode expiatório para a queda abrupta que levou a CDU a perder cerca de seis pontos percentuais (apesar de, à partida, poder manter os dois lugares em Bruxelas). “Ninguém tem dúvias” de que, “durante meses”, vingou a “mentra”, a “desvalorização da campanha” comunistas e isso “teve consequências”.

Também haverá fatores internos para o descalabro, concede Jeronimo: “Pode ter acontecido que, apesar da iniciativa da ação da CDU na Assembleia da República, o PS tenha capitalizado alguma coisa”. E, porque há legislativas em outubro, Jerónimo dramatizou: este resultado da CDU é um “sinal de alerta”.

Um “sinal de alerta para todos aqueles que têm o poder na mão”, para que ponderem “se querem um reforço da CDU para fazer avançar” o rumo iniciado em 2015 “ou correr risco de andar para trás e perder o que se conquistou”. Jerónimo desafia, Jerónimo resolve: “Andar para trás, não.”

Foi António Costa quem pediu um primeiro ensaio à gerigonça” e o secretário-geral do PS não foge ao desafio. Depois do resultado nas europeias – que deve ser lido num “quadro” atual e não à imagem do anterior resultado, defende o comunista, as legislativas “serão um momento decisivo para determinar o rumo da vida nacional e dos portugueses”.

Se esse reforço dos comunistas não foi conseguido já nestas eleições, isso traz a “necessidade de se ampliar a consciência de que o reforço da CDU é um elemento decisivo para avançar com uma política liberta das imposições da União Europeia”.

O PCP não diz abertamente se dirá presente para viabilizar um futuro Governo mas fica claro que há um caderno de encargos definido e que passa por um “aumento geral dos trabalhadores” e de uma revisão do salário mínimo nacional “para os 850 euros”. A abertura para um novo entendimento fica mais clara quando Jerónimo de Sousa defende que “se o PS ficasse com as mãos livres, as consequências seriam profundamente negativas, não para PCP para os trabalhadores portugueses”.

O PS fecha a corrida ao Parlamento Europeu com 33,39% dos votos e uma vantagem de mais de dez pontos sobre o adversário direto. O Bloco de Esquerda é o segundo vencedor da noite e o PCP, um dos derrotados, fala num “sinal de alerta”.

Pedro Marques, o ex-ministro que Costa lançou para liderar a lista às europeias, definiu a vitória do PS como um “farol de esperança” para o futuro da União Europeia. António Costa, o líder que transformou as europeias no aquecimento para as legislativas, vê aqui um sinal para “manter o rumo” da experiência politica que iniciou em 2015.

“Há ainda muito caminho para fazer e sonho é continuar esse caminho”, disse o secretário-geral do PS. Com os mesmos parceiros? “temos tido resultados”, entre um crescimento acima da média europeia, a redução do desemprego e a redução do fosso das desigualdades sociais, destacou Costa. Mas “há ainda muito caminho para fazer e o sonho é continuar esse caminho”, destacou.

Com parceiros parlamentares em ciclos contraditórios – Bloco em clara ascensão, PCP em queda acentuada -, o líder socialista fez questão de puxar de igual modo pelos resultados à esquerda, como contraponto para os partidos de Rui Rio e Assunção Cristas. Além da “derrota muito clara que PSD e CDS sofreram, é também muito claro que o PS e os partidos que com o PS viabilizaram a [atual] solução governativa, há três anos e meio, não tiveram essa derrota e, pelo contrário, tiveram uma vitória”, destacou Costa.

Bloco pronto para “mais responsabilidade”

O PSD fica a dez pontos do PS, o CDS é atirado para o lugar de quinta força política (tocado de perto pelo PAN), enquanto a esquerda troca votos entre si: o Bloco de Esquerda dispara para 9,82% e o PCP cai para os 6,88% (cerca de menos 5,5%). “A discussão política está à esquerda”, antecipou a líder do Bloco de Esquerda.

Mais votos, maior percentagem e mais lugares no Parlamento Europeu. O Bloco de Esquerda reforçou-se em toda a linha: mais que duplicou o resultado de 4,26% que conseguiu em 2014 e alcançou mais um lugar no Parlamento Europeu – José Gusmão junta-se a Marisa Matias. Com isso, vem também “mais responsabilidade”, assumiu Catarina Martins.

Do outro lado, do lado da direita, avisou a líder do Bloco, as soluções estão esgotadas. “A derrota da direita é um sinal claro” de que discussão das “questões concretas para a vida das pessoas” se fazem à esquerda do Parlamento. “Em nenhuma destas questões será a direita a dar resposta”, sinalizou, como que a marcar o caminho de António Costa até outubro. “Cabe a responsabilidade à esquerda de estar à altura das expectativas.”

PCP: o rosto da derrota à esquerda

Foram precisas as perguntas dos jornalistas para Jerónimo de Sousa reconhecer o “resultado negativo” com que o PCP sai destas eleições, Mas mesmo aí, o secretário-geral do PSP apontou – como João Ferreira já tinha ensaiado – para o lado de fora para encontrar explicações para a hecatombe eleitoral.

Foi entre os “interesses”, as “campanhas” mediáticas de “comentadores de serviço” e as “mentiras” à volta da campanha dos comunistas que o secretário-geral do PCP encontrou um bode expiatório para a queda abrupta que levou a CDU a perder cerca de seis pontos percentuais (apesar de, à partida, poder manter os dois lugares em Bruxelas). “Ninguém tem dúvias” de que, “durante meses”, vingou a “mentra”, a “desvalorização da campanha” comunistas e isso “teve consequências”.

Também haverá fatores internos para o descalabro, concede Jeronimo: “Pode ter acontecido que, apesar da iniciativa da ação da CDU na Assembleia da República, o PS tenha capitalizado alguma coisa”. E, porque há legislativas em outubro, Jerónimo dramatizou: este resultado da CDU é um “sinal de alerta”.

Um “sinal de alerta para todos aqueles que têm o poder na mão”, para que ponderem “se querem um reforço da CDU para fazer avançar” o rumo iniciado em 2015 “ou correr risco de andar para trás e perder o que se conquistou”. Jerónimo desafia, Jerónimo resolve: “Andar para trás, não.”

Foi António Costa quem pediu um primeiro ensaio à gerigonça” e o secretário-geral do PS não foge ao desafio. Depois do resultado nas europeias – que deve ser lido num “quadro” atual e não à imagem do anterior resultado, defende o comunista, as legislativas “serão um momento decisivo para determinar o rumo da vida nacional e dos portugueses”.

Se esse reforço dos comunistas não foi conseguido já nestas eleições, isso traz a “necessidade de se ampliar a consciência de que o reforço da CDU é um elemento decisivo para avançar com uma política liberta das imposições da União Europeia”.

O PCP não diz abertamente se dirá presente para viabilizar um futuro Governo mas fica claro que há um caderno de encargos definido e que passa por um “aumento geral dos trabalhadores” e de uma revisão do salário mínimo nacional “para os 850 euros”. A abertura para um novo entendimento fica mais clara quando Jerónimo de Sousa defende que “se o PS ficasse com as mãos livres, as consequências seriam profundamente negativas, não para PCP para os trabalhadores portugueses”.

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