Orçamento: dos caixotes de papel às disquetes e à pen

28-01-2012
marcar artigo

1

2

3

4

5 0 votos Comentários

Dos caixotes de resmas de papel, entregues até à década de 90 pelos ministros das Finanças aos Presidentes da Assembleia da República, passando pelas disquetes e pelos CD até chegar à pen drive que este Governo fez pegar moda, foram quase 15 anos.

Era Sousa Franco ministro das Finanças e António Guterres conduzia os destinos do país, quando o Orçamento do Estado chegou ao parlamento, pela primeira vez em forma de disquete. Uma «modernice» a que o então Presidente da Assembleia da República, Almeida Santos, não achou grande graça.

O tempo passou e quando Durão Barroso chefiava ao Governo, a ministra Ferreira Leite chegou ao Parlamento com vários CD, para depositar na mão de Mota Amaral, um modelo ainda seguido por Bagão Félix quando Santana Lopes foi primeiro-ministro.

É com o regresso do Partido Socialista ao Governo que o Orçamento volta a evoluir e a encontrar um novo suporte: Teixeira dos Santos é o primeiro a chegar à Assembleia com uma pequena pen drive na mão, para entregar a Jaime Gama. Pelo sim, pelo não, o CD também vai, não vá a pen falhar, como já aconteceu. Um problema tecnológico de um Portugal tecnológico, que deixou a drive em branco e os deputados às escuras sobre o Orçamento até às 11 horas da noite.

Apesar de cada vez mais modernos, os Orçamentos continuam a ter muitas semelhanças com os que eram entregues há 15 anos. Já na altura se falavam em falências, desemprego e salários baixos e já nesses dias se podiam ouvir os gritos de protesto da função pública.

1

2

3

4

5 0 votos Comentários

Dos caixotes de resmas de papel, entregues até à década de 90 pelos ministros das Finanças aos Presidentes da Assembleia da República, passando pelas disquetes e pelos CD até chegar à pen drive que este Governo fez pegar moda, foram quase 15 anos.

Era Sousa Franco ministro das Finanças e António Guterres conduzia os destinos do país, quando o Orçamento do Estado chegou ao parlamento, pela primeira vez em forma de disquete. Uma «modernice» a que o então Presidente da Assembleia da República, Almeida Santos, não achou grande graça.

O tempo passou e quando Durão Barroso chefiava ao Governo, a ministra Ferreira Leite chegou ao Parlamento com vários CD, para depositar na mão de Mota Amaral, um modelo ainda seguido por Bagão Félix quando Santana Lopes foi primeiro-ministro.

É com o regresso do Partido Socialista ao Governo que o Orçamento volta a evoluir e a encontrar um novo suporte: Teixeira dos Santos é o primeiro a chegar à Assembleia com uma pequena pen drive na mão, para entregar a Jaime Gama. Pelo sim, pelo não, o CD também vai, não vá a pen falhar, como já aconteceu. Um problema tecnológico de um Portugal tecnológico, que deixou a drive em branco e os deputados às escuras sobre o Orçamento até às 11 horas da noite.

Apesar de cada vez mais modernos, os Orçamentos continuam a ter muitas semelhanças com os que eram entregues há 15 anos. Já na altura se falavam em falências, desemprego e salários baixos e já nesses dias se podiam ouvir os gritos de protesto da função pública.

marcar artigo