O Vent(ilha)dor: Esta Manhã...Um Prémio Nobel veio ter Comigo

21-01-2012
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Tratou-se, nem mais nem menos, deste senhor da imagem, que dá pelo nome literário de Dario Fo. E que foi a grande surpresa do Prémio Nobel de literatura de 1997.Infelizmente, os meus conhecimentos úteis da sua obra reduzem-se à sua autobiografia - Terra dos Mezaràt- publicada pela "Ambar" o ano passado, e a uma recente entrevista ao "L'Express"(nº 2847 de 26 de Janeiro deste ano).Destes dois textos, singulares em muitos aspectos, não resisto a transcrever dois excertos.Começo pela entrevista.Pela resposta à última pergunta do entrevistador.Perguntou este:"Quando recebeu o Prémio Nobel, distribuiu aos membros do juri desenhos satíricos da sua autoria. E leu um discurso intitulado "Contra jogulatores obloquentes" ( Contra os bobos), lembrando ao Rei da Suécia que, em 1757, o seu país tinha promulgado uma lei conta os saltibancos e chegou mesmo a perguntar-lhe : " Não tendes conciência que acabais de coroar um deles"? Nunca perde uma oportunidade de usar a sátira?Resposta de DF:"Nunca . O riso. Sempre o riso.Quando uma criança nasce, os pais não descansam, até conseguir provocar-lhe o riso, fazendo-lhe caretas.Porquê?Porque no momento em que ela ri significa que a inteligência nasceu.Significa que ela soube distinguir o verdadeiro do falso, o real do imaginário, a careta da ameaça ( no original francês: "la grimace da la menace", em português só me ocorre, de semelhante, "má cara" e "carantonha").Significa que ela soube ver para além da máscara.O riso liberta o homem do medo.Todos os obscurantismos, todos os sistema ditatoriais se alicerçam no medo.Assim, toca a rir!" Não me atrevo a esbater a lucidez desta resposta com nenhum outro texto.Vou deixar para a próxima entrada, a passagem da "Terra dos Mezarát".


Tratou-se, nem mais nem menos, deste senhor da imagem, que dá pelo nome literário de Dario Fo. E que foi a grande surpresa do Prémio Nobel de literatura de 1997.Infelizmente, os meus conhecimentos úteis da sua obra reduzem-se à sua autobiografia - Terra dos Mezaràt- publicada pela "Ambar" o ano passado, e a uma recente entrevista ao "L'Express"(nº 2847 de 26 de Janeiro deste ano).Destes dois textos, singulares em muitos aspectos, não resisto a transcrever dois excertos.Começo pela entrevista.Pela resposta à última pergunta do entrevistador.Perguntou este:"Quando recebeu o Prémio Nobel, distribuiu aos membros do juri desenhos satíricos da sua autoria. E leu um discurso intitulado "Contra jogulatores obloquentes" ( Contra os bobos), lembrando ao Rei da Suécia que, em 1757, o seu país tinha promulgado uma lei conta os saltibancos e chegou mesmo a perguntar-lhe : " Não tendes conciência que acabais de coroar um deles"? Nunca perde uma oportunidade de usar a sátira?Resposta de DF:"Nunca . O riso. Sempre o riso.Quando uma criança nasce, os pais não descansam, até conseguir provocar-lhe o riso, fazendo-lhe caretas.Porquê?Porque no momento em que ela ri significa que a inteligência nasceu.Significa que ela soube distinguir o verdadeiro do falso, o real do imaginário, a careta da ameaça ( no original francês: "la grimace da la menace", em português só me ocorre, de semelhante, "má cara" e "carantonha").Significa que ela soube ver para além da máscara.O riso liberta o homem do medo.Todos os obscurantismos, todos os sistema ditatoriais se alicerçam no medo.Assim, toca a rir!" Não me atrevo a esbater a lucidez desta resposta com nenhum outro texto.Vou deixar para a próxima entrada, a passagem da "Terra dos Mezarát".

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