Saiba se é viciado em tecnologia. E como o evitar

11-10-2015
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A especialista em controlo de energia e técnicas para dormir do hospital de Nightingale, em Londres, Nerina Ramlakhan, explicou à BBC que o tipo de pessoas que passam a maior parte do tempo à frente de aparelhos tecnológicos “vive em modo de sobrevivência.” Ou seja, o sistema nervoso simpático “funciona em ritmo forçado” e, por isso, é comum que essas pessoas se sintam arrasadas durante a tarde. Isto acontece porque o “organismo está a atuar à base de adrenalina, noradrelanina e cortisol”. Esta é, segundo Ramlakhan, a descrição de um viciado em tecnologia.

Estes costumam ter algumas características em comum: perfeccionismo e tendência a controlar tudo.

São pessoas automotivadas, competitivas, agressivas e sentem uma necessidade imperiosa de realizar coisas. Não conseguem relaxar e, quando o fazem, sentem-se rapidamente exaustas. Têm um nível de hiperatividade que é produto do medo de não estar no controlo.”

Por isso, o simples ato de passar páginas no smartphone cria uma sensação de gratificação e de prazer. Comparável à sensação de comer o prato preferido. Assim, o chamado multitasking, a capacidade de realizar várias tarefas ao mesmo tempo, que antes era vista como um atributo, hoje é considerado um perigo, principalmente para as crianças. Quem o diz é a psicóloga Catherine Steiner-Adair.

Vivemos uma diminuição da memória. Não estão a desenvolver esta parte do cérebro, que é um músculo que necessita de exercícios focados numa só atividade”.

Ramlakhan explica ainda que estas pessoas só conseguem começar a sua atividade se receberem doses contínuas de dopamina, um neurotransmissor responsável pela adrenalina e um estimulante do sistema nervoso. Assim, a motivação é maior, o humor é melhor, a capacidade de processar informação e o sono são também maiores.

Ou seja, alguém viciado em tecnologia é, na verdade, viciado em dopamina.

Os pacientes vão para a cama e não conseguem dormir. E quando conseguem, acordam cansados. As pessoas dizem-me simplesmente que não conseguem ‘desligar o cérebro'”

Como prevenir/curar

A especialista Ramlakhan aconselha quatro passos para a atacar o vício.

A especialista em controlo de energia e técnicas para dormir do hospital de Nightingale, em Londres, Nerina Ramlakhan, explicou à BBC que o tipo de pessoas que passam a maior parte do tempo à frente de aparelhos tecnológicos “vive em modo de sobrevivência.” Ou seja, o sistema nervoso simpático “funciona em ritmo forçado” e, por isso, é comum que essas pessoas se sintam arrasadas durante a tarde. Isto acontece porque o “organismo está a atuar à base de adrenalina, noradrelanina e cortisol”. Esta é, segundo Ramlakhan, a descrição de um viciado em tecnologia.

Estes costumam ter algumas características em comum: perfeccionismo e tendência a controlar tudo.

São pessoas automotivadas, competitivas, agressivas e sentem uma necessidade imperiosa de realizar coisas. Não conseguem relaxar e, quando o fazem, sentem-se rapidamente exaustas. Têm um nível de hiperatividade que é produto do medo de não estar no controlo.”

Por isso, o simples ato de passar páginas no smartphone cria uma sensação de gratificação e de prazer. Comparável à sensação de comer o prato preferido. Assim, o chamado multitasking, a capacidade de realizar várias tarefas ao mesmo tempo, que antes era vista como um atributo, hoje é considerado um perigo, principalmente para as crianças. Quem o diz é a psicóloga Catherine Steiner-Adair.

Vivemos uma diminuição da memória. Não estão a desenvolver esta parte do cérebro, que é um músculo que necessita de exercícios focados numa só atividade”.

Ramlakhan explica ainda que estas pessoas só conseguem começar a sua atividade se receberem doses contínuas de dopamina, um neurotransmissor responsável pela adrenalina e um estimulante do sistema nervoso. Assim, a motivação é maior, o humor é melhor, a capacidade de processar informação e o sono são também maiores.

Ou seja, alguém viciado em tecnologia é, na verdade, viciado em dopamina.

Os pacientes vão para a cama e não conseguem dormir. E quando conseguem, acordam cansados. As pessoas dizem-me simplesmente que não conseguem ‘desligar o cérebro'”

Como prevenir/curar

A especialista Ramlakhan aconselha quatro passos para a atacar o vício.

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