Festa do Avante! com prejuízos de quase 2 milhões de euros nos últimos 6 anos

05-09-2020
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Se a Festa do Avante! assume sempre um papel estratégico na afirmação do PCP, em 2009 assumiu ainda mais. A duas semanas de legislativas e a um mês de autárquicas, a maior iniciativa comunista foi uma importante injeção financeira para a jornada eleitoral das semanas seguintes.

Segundo dados da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, a que a SIC teve acesso, a Festa do Avante! registou receitas de 3.038.523 milhões e despesas de 2.531.426 milhões de euros. O PCP lucrou 507.106 mil euros na edição de 2009. Dez anos depois, o cenário é totalmente diferente.

Em 2019, as contas da Festa do Avante! estão no vermelho. Os dados a que a SIC teve acesso revelam que a iniciativa gerou 2.614.555 milhões de euros, mas registou despesas de 3.178.933 milhões. Resultado final: 564 mil euros de prejuízo. Há seis anos que as contas não saem do vermelho.

A série de maus resultados começou em 2013 (65.231 mil €), duplicou em 2014 (158.400 mil €) e perdeu força em 2015 (19.460 mil €). Os resultados agravam-se de forma significativa a partir do momento em que o PCP entra na fotografia da chamada geringonça. Em 2016, na primeira edição pós acordo com o PS, os prejuízos disparam e atingem os 492 mil euros. Diminuem no ano seguinte (288.779 mil €) e voltam a subir em 2018 (362.309 mil €).

Contabilizados os últimos seis anos, a Festa do Avante! regista prejuízos de quase 2 milhões de euros (1.950.674 Milhões €), mas só o PCP sabe realmente quanto ganhou e perdeu com o evento. A SIC analisou os relatórios dos últimos 10 anos e em todos eles são identificadas "irregularidades".

A venda de Entradas Permanentes (EP's) é uma das grandes dores de cabeça da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos. A entidade "não consegue aferir o total de entradas vendidas" porque, explica, não são anexados "os canhotos". Quer isto dizer que a Entidade não consegue cruzar informação que permita confirmar que as receitas declaradas como venda de bilhetes correspondem de facto à venda de bilhetes. Em 2012, por exemplo, a Entidade diz que o PCP declarou 9.660 mil euros com a venda de 460 bilhetes ao "Manuel Clemente do 5º andar". Sem mais explicações. Em resposta à entidade, o PCP diz ano após ano que "a venda de EPs na Festa do Avante é contabilizada pelo valor total da sua venda, não podendo estar individualizado ou autonomizado um recibo para cada venda de EP. Isso é impossível."

Ao longo dos últimos anos, a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos alertou várias vezes que "a falta de transparência das contas dificulta o apuramento de infrações cometidas pelo partido". Os comunista refutam estas acusações e chegam a dizer que não existe "um adequado tratamento legal que seja apto a regular uma grande iniciativa política de massas", como é a Festa do Avante!.

Se a Festa do Avante! assume sempre um papel estratégico na afirmação do PCP, em 2009 assumiu ainda mais. A duas semanas de legislativas e a um mês de autárquicas, a maior iniciativa comunista foi uma importante injeção financeira para a jornada eleitoral das semanas seguintes.

Segundo dados da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, a que a SIC teve acesso, a Festa do Avante! registou receitas de 3.038.523 milhões e despesas de 2.531.426 milhões de euros. O PCP lucrou 507.106 mil euros na edição de 2009. Dez anos depois, o cenário é totalmente diferente.

Em 2019, as contas da Festa do Avante! estão no vermelho. Os dados a que a SIC teve acesso revelam que a iniciativa gerou 2.614.555 milhões de euros, mas registou despesas de 3.178.933 milhões. Resultado final: 564 mil euros de prejuízo. Há seis anos que as contas não saem do vermelho.

A série de maus resultados começou em 2013 (65.231 mil €), duplicou em 2014 (158.400 mil €) e perdeu força em 2015 (19.460 mil €). Os resultados agravam-se de forma significativa a partir do momento em que o PCP entra na fotografia da chamada geringonça. Em 2016, na primeira edição pós acordo com o PS, os prejuízos disparam e atingem os 492 mil euros. Diminuem no ano seguinte (288.779 mil €) e voltam a subir em 2018 (362.309 mil €).

Contabilizados os últimos seis anos, a Festa do Avante! regista prejuízos de quase 2 milhões de euros (1.950.674 Milhões €), mas só o PCP sabe realmente quanto ganhou e perdeu com o evento. A SIC analisou os relatórios dos últimos 10 anos e em todos eles são identificadas "irregularidades".

A venda de Entradas Permanentes (EP's) é uma das grandes dores de cabeça da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos. A entidade "não consegue aferir o total de entradas vendidas" porque, explica, não são anexados "os canhotos". Quer isto dizer que a Entidade não consegue cruzar informação que permita confirmar que as receitas declaradas como venda de bilhetes correspondem de facto à venda de bilhetes. Em 2012, por exemplo, a Entidade diz que o PCP declarou 9.660 mil euros com a venda de 460 bilhetes ao "Manuel Clemente do 5º andar". Sem mais explicações. Em resposta à entidade, o PCP diz ano após ano que "a venda de EPs na Festa do Avante é contabilizada pelo valor total da sua venda, não podendo estar individualizado ou autonomizado um recibo para cada venda de EP. Isso é impossível."

Ao longo dos últimos anos, a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos alertou várias vezes que "a falta de transparência das contas dificulta o apuramento de infrações cometidas pelo partido". Os comunista refutam estas acusações e chegam a dizer que não existe "um adequado tratamento legal que seja apto a regular uma grande iniciativa política de massas", como é a Festa do Avante!.

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