O “custo” de Londres. Viver num T0 com chuveiro na cozinha é comum

20-08-2015
marcar artigo

Viver em Londres é o sonho de muitas pessoas, mas a capital britânica é das mais caras do mundo. Um relatório de 2015 da Savills, classifica a cidade inglesa como o sítio onde mais se gasta para viver ou trabalhar no mundo, acima de Nova Iorque e Hong Kong. O preço médio para um T0 modesto, adequado a um jovem estudante, aumentou 15% nos últimos cinco anos. Em 18 dos 33 bairros da cidade, o preço para um pequeno apartamento pode ser superior a mil libras (cerca de 1.400 euros) por mês.

A legislação do mercado do imobiliário agrava o problema e torna possível que quartos minúsculos sejam oferecidos a preços exorbitantes. Os alugueres mais baratos custam mais de 500 euros por mês e limitam-se a uma divisão que serve de cozinha, casa de banho e quarto em simultâneo. O caso insólito de um micro-quarto com cozinha e chuveiro incluídos, no portal imobiliário Right Move, gerou manchetes na imprensa internacional. Porém, encontrar um T0 com um duche instalado na cozinha é uma oferta cada vez mais comum no mercado imobiliário.

7 signs the London property market is truly broken http://t.co/QahwjKgtDk pic.twitter.com/BTxidC0pWs — The Independent (@Independent) August 4, 2015

A descrição do “estúdio” — Quarto muito asseado com chuveiro próprio, cozinha mobilada, armário e secretária. Apenas a dois minutos de West Kensington e Barons Court. Bem localizado, com facilidade de acesso ao centro de Londres e a áreas comerciais e bares. Adequado a um inquilino. »

Apesar dos preços elevados, Londres atrai pessoas de todos os pontos do globo, em particular, estudantes. Grande parte dos londrinos tem origem estrangeira e o número de alunos internacionais ultrapassa os 100 mil. Mais de 200 nações diferentes, incluindo algumas não reconhecidas pela ONU, estão representadas na cidade que continua a crescer e poderá atingir os 10 milhões de habitantes nos próximos anos.O problema da habitação é particularmente problemático para os jovens estrangeiros, pois estão dispostos a muitos sacrifícios para ficar na capital.

Sara Hayward, do Partido Trabalhista, acredita que é urgente fazer algo. Em declarações ao The Guardian, diz recear que Londres irá perder a sua alma se perder a sua internacionalidade por ser impossível de suportar o custo de vida na cidade: “Uma das vantagens da cidade é a diversidade. Londres é uma cidade culta, intelectual e artística. É simultaneamente a cidade de moda e dos negócios.”

Muitos habitantes da cidade apelam ao governo que se tomem medidas para corrigir as atuais leis do mercado imobiliário. A legislação não é rígida o suficiente e torna possível que ofertas exageradamente caras continuem a existir. No Twitter é possível encontrar várias provas dos problemas do mercado imobiliário em Londres.

A hashtag #housingcrisis é cada vez mais popular

'Dickensian' three-bedroom London home found to house 26 tenants. Result of the #housingcrisis http://t.co/iqCG9mhqhA pic.twitter.com/lapNiGA8CL — Left Unity (@LeftUnityUK) June 25, 2015

Just a few pics of a homeless single friend with 2 kids' temporary accommodation in London #disgusting #HousingCrisis pic.twitter.com/tB8gZz0gRJ — Vix (@lillai23) June 26, 2015

Oh London property market, you do make me laugh/weep. £275k for 17sq metres in Angel. http://t.co/gAe6Bm6qV3 pic.twitter.com/H6tgYgdROb — Ryan Nelson (@RyanJohnNelson) September 7, 2014

Texto de Karla Pequenino, editado por João Cândido da Silva

Viver em Londres é o sonho de muitas pessoas, mas a capital britânica é das mais caras do mundo. Um relatório de 2015 da Savills, classifica a cidade inglesa como o sítio onde mais se gasta para viver ou trabalhar no mundo, acima de Nova Iorque e Hong Kong. O preço médio para um T0 modesto, adequado a um jovem estudante, aumentou 15% nos últimos cinco anos. Em 18 dos 33 bairros da cidade, o preço para um pequeno apartamento pode ser superior a mil libras (cerca de 1.400 euros) por mês.

A legislação do mercado do imobiliário agrava o problema e torna possível que quartos minúsculos sejam oferecidos a preços exorbitantes. Os alugueres mais baratos custam mais de 500 euros por mês e limitam-se a uma divisão que serve de cozinha, casa de banho e quarto em simultâneo. O caso insólito de um micro-quarto com cozinha e chuveiro incluídos, no portal imobiliário Right Move, gerou manchetes na imprensa internacional. Porém, encontrar um T0 com um duche instalado na cozinha é uma oferta cada vez mais comum no mercado imobiliário.

7 signs the London property market is truly broken http://t.co/QahwjKgtDk pic.twitter.com/BTxidC0pWs — The Independent (@Independent) August 4, 2015

A descrição do “estúdio” — Quarto muito asseado com chuveiro próprio, cozinha mobilada, armário e secretária. Apenas a dois minutos de West Kensington e Barons Court. Bem localizado, com facilidade de acesso ao centro de Londres e a áreas comerciais e bares. Adequado a um inquilino. »

Apesar dos preços elevados, Londres atrai pessoas de todos os pontos do globo, em particular, estudantes. Grande parte dos londrinos tem origem estrangeira e o número de alunos internacionais ultrapassa os 100 mil. Mais de 200 nações diferentes, incluindo algumas não reconhecidas pela ONU, estão representadas na cidade que continua a crescer e poderá atingir os 10 milhões de habitantes nos próximos anos.O problema da habitação é particularmente problemático para os jovens estrangeiros, pois estão dispostos a muitos sacrifícios para ficar na capital.

Sara Hayward, do Partido Trabalhista, acredita que é urgente fazer algo. Em declarações ao The Guardian, diz recear que Londres irá perder a sua alma se perder a sua internacionalidade por ser impossível de suportar o custo de vida na cidade: “Uma das vantagens da cidade é a diversidade. Londres é uma cidade culta, intelectual e artística. É simultaneamente a cidade de moda e dos negócios.”

Muitos habitantes da cidade apelam ao governo que se tomem medidas para corrigir as atuais leis do mercado imobiliário. A legislação não é rígida o suficiente e torna possível que ofertas exageradamente caras continuem a existir. No Twitter é possível encontrar várias provas dos problemas do mercado imobiliário em Londres.

A hashtag #housingcrisis é cada vez mais popular

'Dickensian' three-bedroom London home found to house 26 tenants. Result of the #housingcrisis http://t.co/iqCG9mhqhA pic.twitter.com/lapNiGA8CL — Left Unity (@LeftUnityUK) June 25, 2015

Just a few pics of a homeless single friend with 2 kids' temporary accommodation in London #disgusting #HousingCrisis pic.twitter.com/tB8gZz0gRJ — Vix (@lillai23) June 26, 2015

Oh London property market, you do make me laugh/weep. £275k for 17sq metres in Angel. http://t.co/gAe6Bm6qV3 pic.twitter.com/H6tgYgdROb — Ryan Nelson (@RyanJohnNelson) September 7, 2014

Texto de Karla Pequenino, editado por João Cândido da Silva

marcar artigo