PCP deixa aviso a Marcelo: presidente deve estar “empenhado” em soluções para o país

06-10-2020
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Em dois dias, dois recados para o presidente da República. Depois de Jerónimo de Sousa ter, esta terça-feira, deixado um aviso a Marcelo Rebelo de Sousa sobre as pressões para aprovar o Orçamento do Estado, foi a vez de o candidato presidencial do partido, João Ferreira, defender que o “empenho” do presidente não deve estar focado em “agitar o fantasma da crise”.

Na véspera, Jerónimo fazia questão de traçar “limites” às intervenções de Marcelo. “Cada qual no seu lugar. O presidente da República tem um papel importante, com os poderes que detém, mesmo até de acompanhar, incentivar, dar respostas a alguns problemas, mas tudo tem limites”, considerava então o secretário-geral do partido, rematando: “À Assembleia da República o que é da Assembleia. Ao presidente da República o que é do presidente”.

Na mesma visita à exposição comemorativa do aniversário da CGTP, Jerónimo chamava ainda a atenção para a posição “um pouco contraditória” de Marcelo, uma vez que o presidente já tinha defendido que este Orçamento do Estado deveria ser aprovado à esquerda e acabou, depois, por recordar que o PSD deveria, no limite, salvar o documento - como próprio Marcelo fez, enquanto líder da oposição, com Orçamentos apresentados pelo Governo PS. Os comunistas têm, aliás, insistido no argumento de que Marcelo será o responsável por um “branqueamento” do PSD que estará a permitir a aproximação dos sociais-democratas aos socialistas, numa lógica de bloco central.

Esta quarta-feira, foi a vez de João Ferreira, o candidato do PCP na corrida a Belém, deixar os seus avisos… ao seu provável adversário. Em comunicado, o eurodeputado frisa que “este não é o momento de agitar o fantasma da crise” nem de “condicionar o debate com ameaças da instabilidade”, mas de “debater” na Assembleia da República para encontrar os melhores “caminhos e opções”. Ora o PCP tem criticado Governo e presidente da República precisamente por considerar que têm criado um clima “artificial” de crise política, lançando assim uma pressão para a oposição se ver obrigada a aprovar o Orçamento.

Na mesma nota, João Ferreira estabelece algumas prioridades - impedir despedimentos e cortes nos salários, reforçar os serviços públicos, apoiar as pequenas empresas, agricultores e pescadores - e sublinha a necessidade de Portugal não se deixar condicionar pelas imposições europeias. Com um recado final: “É nisso que o Presidente da República tem de estar empenhado”.

Em dois dias, dois recados para o presidente da República. Depois de Jerónimo de Sousa ter, esta terça-feira, deixado um aviso a Marcelo Rebelo de Sousa sobre as pressões para aprovar o Orçamento do Estado, foi a vez de o candidato presidencial do partido, João Ferreira, defender que o “empenho” do presidente não deve estar focado em “agitar o fantasma da crise”.

Na véspera, Jerónimo fazia questão de traçar “limites” às intervenções de Marcelo. “Cada qual no seu lugar. O presidente da República tem um papel importante, com os poderes que detém, mesmo até de acompanhar, incentivar, dar respostas a alguns problemas, mas tudo tem limites”, considerava então o secretário-geral do partido, rematando: “À Assembleia da República o que é da Assembleia. Ao presidente da República o que é do presidente”.

Na mesma visita à exposição comemorativa do aniversário da CGTP, Jerónimo chamava ainda a atenção para a posição “um pouco contraditória” de Marcelo, uma vez que o presidente já tinha defendido que este Orçamento do Estado deveria ser aprovado à esquerda e acabou, depois, por recordar que o PSD deveria, no limite, salvar o documento - como próprio Marcelo fez, enquanto líder da oposição, com Orçamentos apresentados pelo Governo PS. Os comunistas têm, aliás, insistido no argumento de que Marcelo será o responsável por um “branqueamento” do PSD que estará a permitir a aproximação dos sociais-democratas aos socialistas, numa lógica de bloco central.

Esta quarta-feira, foi a vez de João Ferreira, o candidato do PCP na corrida a Belém, deixar os seus avisos… ao seu provável adversário. Em comunicado, o eurodeputado frisa que “este não é o momento de agitar o fantasma da crise” nem de “condicionar o debate com ameaças da instabilidade”, mas de “debater” na Assembleia da República para encontrar os melhores “caminhos e opções”. Ora o PCP tem criticado Governo e presidente da República precisamente por considerar que têm criado um clima “artificial” de crise política, lançando assim uma pressão para a oposição se ver obrigada a aprovar o Orçamento.

Na mesma nota, João Ferreira estabelece algumas prioridades - impedir despedimentos e cortes nos salários, reforçar os serviços públicos, apoiar as pequenas empresas, agricultores e pescadores - e sublinha a necessidade de Portugal não se deixar condicionar pelas imposições europeias. Com um recado final: “É nisso que o Presidente da República tem de estar empenhado”.

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