Por que não há indícios de ilegalidades nos submarinos?

14-10-2015
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Mónica Ferro (PSD) a relatora da importante "Comissão Parlamentar de Inquérito aos programas relativos à aquisição de equipamentos militares (EH 101, P-3 Orion, C-295, Torpedos, F-16, Submarinos, Pandur II)" ou seja a CPIPRAEM, produziu um inesquecível relatório de 417 páginas a que me dei o trabalho de ler. A minha conclusão é igual à dela: não percebi nada!

Mónica Ferro tinha de sintetizar o que foi apurado na CPIPRAEM e descobriu que nada de ilegal se passou. "Não há provas nem indícios" diz a senhora deputada. Eu descobri porquê. E não é preciso ler as 417 páginas completas, coisa que estraga um ou mais dias a qualquer ser humano dotado de razão. Basta chegar à página cinco para detectar a mãe de todas as explicações.

Diz assim em tal página, logo a abrir (e cito, além de que podem ver aqui): "1. Não foi encontrada nenhuma entrada de índice".

Ora logo por aqui se vê que a senhora deputada fez confusão. Andava-se à procura de indícios de entrada de dinheiro e não de entradas de índice.Procurando no CPIPRAEM entradas de índice, de facto não se encontra nenhuma e a deputada Mónica Ferro tem toda a razão. Basta uma breve consulta ao dicionário para se saber que

indício significa indicação, sinal, marca ou vestígio, ao passo que

índice significa lista metódica ou alfabética de nomes de autores, de livros consultados, de assuntos; índex.

Assim sendo, e uma vez que os submarinos submergem, os Pandur panduram, os torpedos torpedeiam, os F-16 voam, os orion oriontam e os Espírito Santo orientaram-se, que poderá ter ficado para comissões? Os EH 101? Ora eu nem sei o que é um EH 101, embora um amigo meu que é da tropa me diga que é um helicóptero... Mas acham, sinceramente, que alguém ia sujar as mãos por causa de material militar? Em Portugal? Não estão bons da cabeça!

Ainda se fosse por um cozido à portuguesa, com couves da lavoura; por um bom boné de quadradinhos, tipo agricultor; por um casaco de caça almofadado; por umas botas confortáveis - ainda podia acreditar e ter as minhas suspeitas. Mas assim não!

E não porque, como desde logo assinala - e bem - o relatório não foi encontrada nenhuma entrada de índice e o resto vem por acréscimo. Já se sabe que é assim... Protestem os outros, que é o costume, mas isto a mim chega-me.

Mónica Ferro (PSD) a relatora da importante "Comissão Parlamentar de Inquérito aos programas relativos à aquisição de equipamentos militares (EH 101, P-3 Orion, C-295, Torpedos, F-16, Submarinos, Pandur II)" ou seja a CPIPRAEM, produziu um inesquecível relatório de 417 páginas a que me dei o trabalho de ler. A minha conclusão é igual à dela: não percebi nada!

Mónica Ferro tinha de sintetizar o que foi apurado na CPIPRAEM e descobriu que nada de ilegal se passou. "Não há provas nem indícios" diz a senhora deputada. Eu descobri porquê. E não é preciso ler as 417 páginas completas, coisa que estraga um ou mais dias a qualquer ser humano dotado de razão. Basta chegar à página cinco para detectar a mãe de todas as explicações.

Diz assim em tal página, logo a abrir (e cito, além de que podem ver aqui): "1. Não foi encontrada nenhuma entrada de índice".

Ora logo por aqui se vê que a senhora deputada fez confusão. Andava-se à procura de indícios de entrada de dinheiro e não de entradas de índice.Procurando no CPIPRAEM entradas de índice, de facto não se encontra nenhuma e a deputada Mónica Ferro tem toda a razão. Basta uma breve consulta ao dicionário para se saber que

indício significa indicação, sinal, marca ou vestígio, ao passo que

índice significa lista metódica ou alfabética de nomes de autores, de livros consultados, de assuntos; índex.

Assim sendo, e uma vez que os submarinos submergem, os Pandur panduram, os torpedos torpedeiam, os F-16 voam, os orion oriontam e os Espírito Santo orientaram-se, que poderá ter ficado para comissões? Os EH 101? Ora eu nem sei o que é um EH 101, embora um amigo meu que é da tropa me diga que é um helicóptero... Mas acham, sinceramente, que alguém ia sujar as mãos por causa de material militar? Em Portugal? Não estão bons da cabeça!

Ainda se fosse por um cozido à portuguesa, com couves da lavoura; por um bom boné de quadradinhos, tipo agricultor; por um casaco de caça almofadado; por umas botas confortáveis - ainda podia acreditar e ter as minhas suspeitas. Mas assim não!

E não porque, como desde logo assinala - e bem - o relatório não foi encontrada nenhuma entrada de índice e o resto vem por acréscimo. Já se sabe que é assim... Protestem os outros, que é o costume, mas isto a mim chega-me.

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