PT em bolsa já ultrapassa os 7,15 mil milhões da oferta pela Vivo

10-10-2014
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PT em bolsa já ultrapassa os 7,15 mil milhões da oferta pela Vivo

Sandra Almeida Simões

18 Jul 2010

A PT valorizou mais de 1,4 mil milhões de euros desde que recebeu a proposta da Telefónica.

A Portugal Telecom valorizou mais de 1,4 mil milhões de euros desde que recebeu a proposta da Telefónica sobre a Vivo. Ao fecho de ontem, o mercado avalia a operadora nacional em 7,21 mil milhões de euros, o que representa uma diferença de apenas mais 64 milhões face aos 7,15 mil milhões oferecidos pela participação de 50% no capital da Brasilcel, a empresa detentora da Vivo.

A proposta da Telefónica tem funcionado como um ‘driver' para os títulos da operadora liderada por Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, apesar dos avanços e recuos no negócio. A valorização de 25% dos papéis durante esse período é prova disso mesmo. Um catalisador que torna-se ainda mais significativo quando feita a comparação com o desempenho das acções da Telefónica e, até mesmo, da Vivo. Em 51 sessões, as acções da espanhola e da brasileira ganharam apenas 5%.

O volume de acções negociadas é outro dos indicadores que comprova a atenção dos investidores neste ‘peso pesado' do PSI 20. Desde o lançamento da oferta, trocaram de mãos cerca de 7,9 milhões de acções diariamente, o que compara com 2,9 milhões de papéis transaccionados no mesmo período do ano anterior.

Na sexta-feira, o dia decisivo para a oferta da Telefónica sobre a Vivo, o mercado penalizou os títulos da PT com uma queda de 4,53% para 8,05 euros, o mínimo desde o dia 26 de Maio e o pior desempenho no índice da Bloomberg que acompanha 24 telecoms europeias. Pressionadas pelas declarações do ministro da Presidência, as acções chegaram a afundar 4,85% durante a sessão.

"O Governo pronunciou-se contra essa proposta e, se essa proposta não se alterar, naturalmente que a posição do Governo não poderá ser diferente daquela que já foi manifestada", afirmava Pedro Silva Pereira, cerca de duas horas antes de ser retomada a reunião do conselho de administração da PT. A correcção dos títulos mostra o "receio dos investidores em deter títulos da PT, ao entrarem no fim-de-semana com a possibilidade de a oferta ser rejeitada", afirmou Pedro Lino, CEO da Dif Brokers, em declarações à Reuters.

Durante pouco mais de dois meses, o título foi reflectindo as expectativas em torno de um maior ou menor grau de probabilidade da concretização do negócio. Entre 30 de Junho, dia da assembleia-geral - marcada pelo veto do Executivo, travando a vontade de 74% dos votos - e o dia em que o Tribunal de Justiça europeu considerou ilegal a ‘golden share' (8 de Julho), as acções somaram 5% de 8,33 euros a 8,6 euros.

"Para os accionistas da PT seria melhor a oferta em dinheiro já, porque diminui o risco, isso seria o ideal. Para a empresa, talvez não fosse tão positivo porque perderia dimensão", afirmou Pedro Pinto Oliveira em declarações recentes à Reuters. Na opinião deste analista do BPI, "não haverá muito mais a ganhar do que os 7,15 mil milhões oferecidos pela Telefónica".

Neste momento, as casas de investimento que acompanham a empresa de telecomunicações atribuem um preço-alvo médio de 9,27 euros, o que confere um potencial de valorização de cerca de 15% face à cotação de ontem.

PT em bolsa já ultrapassa os 7,15 mil milhões da oferta pela Vivo

Sandra Almeida Simões

18 Jul 2010

A PT valorizou mais de 1,4 mil milhões de euros desde que recebeu a proposta da Telefónica.

A Portugal Telecom valorizou mais de 1,4 mil milhões de euros desde que recebeu a proposta da Telefónica sobre a Vivo. Ao fecho de ontem, o mercado avalia a operadora nacional em 7,21 mil milhões de euros, o que representa uma diferença de apenas mais 64 milhões face aos 7,15 mil milhões oferecidos pela participação de 50% no capital da Brasilcel, a empresa detentora da Vivo.

A proposta da Telefónica tem funcionado como um ‘driver' para os títulos da operadora liderada por Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, apesar dos avanços e recuos no negócio. A valorização de 25% dos papéis durante esse período é prova disso mesmo. Um catalisador que torna-se ainda mais significativo quando feita a comparação com o desempenho das acções da Telefónica e, até mesmo, da Vivo. Em 51 sessões, as acções da espanhola e da brasileira ganharam apenas 5%.

O volume de acções negociadas é outro dos indicadores que comprova a atenção dos investidores neste ‘peso pesado' do PSI 20. Desde o lançamento da oferta, trocaram de mãos cerca de 7,9 milhões de acções diariamente, o que compara com 2,9 milhões de papéis transaccionados no mesmo período do ano anterior.

Na sexta-feira, o dia decisivo para a oferta da Telefónica sobre a Vivo, o mercado penalizou os títulos da PT com uma queda de 4,53% para 8,05 euros, o mínimo desde o dia 26 de Maio e o pior desempenho no índice da Bloomberg que acompanha 24 telecoms europeias. Pressionadas pelas declarações do ministro da Presidência, as acções chegaram a afundar 4,85% durante a sessão.

"O Governo pronunciou-se contra essa proposta e, se essa proposta não se alterar, naturalmente que a posição do Governo não poderá ser diferente daquela que já foi manifestada", afirmava Pedro Silva Pereira, cerca de duas horas antes de ser retomada a reunião do conselho de administração da PT. A correcção dos títulos mostra o "receio dos investidores em deter títulos da PT, ao entrarem no fim-de-semana com a possibilidade de a oferta ser rejeitada", afirmou Pedro Lino, CEO da Dif Brokers, em declarações à Reuters.

Durante pouco mais de dois meses, o título foi reflectindo as expectativas em torno de um maior ou menor grau de probabilidade da concretização do negócio. Entre 30 de Junho, dia da assembleia-geral - marcada pelo veto do Executivo, travando a vontade de 74% dos votos - e o dia em que o Tribunal de Justiça europeu considerou ilegal a ‘golden share' (8 de Julho), as acções somaram 5% de 8,33 euros a 8,6 euros.

"Para os accionistas da PT seria melhor a oferta em dinheiro já, porque diminui o risco, isso seria o ideal. Para a empresa, talvez não fosse tão positivo porque perderia dimensão", afirmou Pedro Pinto Oliveira em declarações recentes à Reuters. Na opinião deste analista do BPI, "não haverá muito mais a ganhar do que os 7,15 mil milhões oferecidos pela Telefónica".

Neste momento, as casas de investimento que acompanham a empresa de telecomunicações atribuem um preço-alvo médio de 9,27 euros, o que confere um potencial de valorização de cerca de 15% face à cotação de ontem.

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