Solução para a Grécia evita novo resgate a Portugal
Económico com Lusa
27 Out 2011
O primeiro-ministro garantiu que "é inequívoco" que Portugal vai cumprir este ano a meta dos 5,9% de défice acordado com a 'troika'.
O chefe de Governo português disse sair de Bruxelas com a expectativa de que a solução encontrada para a Grécia prevenirá um eventual efeito de contágio que poderia forçar Portugal a necessitar de um novo programa de ajuda.
Passos Coelho lembrou que tinha admitido teoricamente a necessidade de o programa de assistência a Portugal ser reforçado se a situação da Grécia se deteriorasse, mas considerou que as respostas acordadas hoje para a crise grega o levam a acreditar que não será então preciso um segundo pacote de ajuda.
O primeiro-ministro admitiu todavia que o programa de ajustamento em curso sofra "ajustamentos", que de resto estão previstos no memorando de entendimento com a troika, caso o cenário macroeconómico se afaste das premissas iniciais.
Portugal vai cumprir este ano a meta dos 5,9% de défice
"Portugal vai cumprir a meta dos 5,9% [de défice]. Isso é inequívoco, não há qualquer dúvida a esse respeito", disse Pedro Passos Coelho em Bruxelas, no final da cimeira da Zona Euro.
"Já sabemos que o facto de fecharmos este ano o objectivo do défice com medidas de carácter extraordinário não nos dispensa, antes pelo contrário, obriga-nos, a ir mais longe nas medidas que estariam inicialmente previstas para podermos atingir o mesmo objectivo", reiterou o chefe do Governo.
Líderes indicam "progressos " de programa de ajuda a Portugal
Passos Coelho realçou ainda que os líderes da Zona Euro reconheceram os "progressos" e o "bom andamento" da aplicação do programa de ajuda externa a Portugal.
"A Cimeira reconheceu os progressos e o bom andamento dos programas [de ajuda externa] quer na Irlanda quer em Portugal", sublinhou o primeiro-ministro em Bruxelas, no final de oito horas de encontro entre os líderes da Zona Euro.
Passos Coelho sublinhou ainda que notícias sobre "advertências" quer à Irlanda quer a Portugal e que seriam necessárias mais medidas "não têm qualquer fundamento".
Recapitalização dos bancos portugueses está dentro dos 12 mil milhões de euros
O primeiro-ministro acrescentou que o montante necessário para a recapitalização dos bancos portugueses ainda está por apurar com exactidão mas "seguramente" estará "perfeitamente dentro" dos 12 mil milhões de euros disponíveis no programa de assistência.
Passos Coelho disse que não pode "ainda confirmar" o valor de 7.804 milhões de euros que a Autoridade Europeia de Bancos estimou, na quarta-feira, necessários para os bancos portugueses se capitalizarem, mas admitiu que esse montante está dentro das previsões de Lisboa e também dentro do envelope financeiro para o efeito contemplado no programa da "troika".
"Eu não posso ainda confirmar esse valor, posso dizer é que está dentro daquilo que eram as nossas previsões, efectuadas com base nos elementos disponibilizados em Julho passado, na altura em que foram feitos os stress-testes na zona euro", disse.
Passos Coelho apontou que, "em qualquer circunstancia", o valor final que vier a ser apurado a 30 de Setembro deste ano em termos de valorização "exigirá uma recapitalização que está perfeitamente dentro dos 12 mil milhões de que Portugal dispõe para proceder a essa recapitalização, em termos de envelope financeiro disponibilizado pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira, isso seguramente".
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Solução para a Grécia evita novo resgate a Portugal
Económico com Lusa
27 Out 2011
O primeiro-ministro garantiu que "é inequívoco" que Portugal vai cumprir este ano a meta dos 5,9% de défice acordado com a 'troika'.
O chefe de Governo português disse sair de Bruxelas com a expectativa de que a solução encontrada para a Grécia prevenirá um eventual efeito de contágio que poderia forçar Portugal a necessitar de um novo programa de ajuda.
Passos Coelho lembrou que tinha admitido teoricamente a necessidade de o programa de assistência a Portugal ser reforçado se a situação da Grécia se deteriorasse, mas considerou que as respostas acordadas hoje para a crise grega o levam a acreditar que não será então preciso um segundo pacote de ajuda.
O primeiro-ministro admitiu todavia que o programa de ajustamento em curso sofra "ajustamentos", que de resto estão previstos no memorando de entendimento com a troika, caso o cenário macroeconómico se afaste das premissas iniciais.
Portugal vai cumprir este ano a meta dos 5,9% de défice
"Portugal vai cumprir a meta dos 5,9% [de défice]. Isso é inequívoco, não há qualquer dúvida a esse respeito", disse Pedro Passos Coelho em Bruxelas, no final da cimeira da Zona Euro.
"Já sabemos que o facto de fecharmos este ano o objectivo do défice com medidas de carácter extraordinário não nos dispensa, antes pelo contrário, obriga-nos, a ir mais longe nas medidas que estariam inicialmente previstas para podermos atingir o mesmo objectivo", reiterou o chefe do Governo.
Líderes indicam "progressos " de programa de ajuda a Portugal
Passos Coelho realçou ainda que os líderes da Zona Euro reconheceram os "progressos" e o "bom andamento" da aplicação do programa de ajuda externa a Portugal.
"A Cimeira reconheceu os progressos e o bom andamento dos programas [de ajuda externa] quer na Irlanda quer em Portugal", sublinhou o primeiro-ministro em Bruxelas, no final de oito horas de encontro entre os líderes da Zona Euro.
Passos Coelho sublinhou ainda que notícias sobre "advertências" quer à Irlanda quer a Portugal e que seriam necessárias mais medidas "não têm qualquer fundamento".
Recapitalização dos bancos portugueses está dentro dos 12 mil milhões de euros
O primeiro-ministro acrescentou que o montante necessário para a recapitalização dos bancos portugueses ainda está por apurar com exactidão mas "seguramente" estará "perfeitamente dentro" dos 12 mil milhões de euros disponíveis no programa de assistência.
Passos Coelho disse que não pode "ainda confirmar" o valor de 7.804 milhões de euros que a Autoridade Europeia de Bancos estimou, na quarta-feira, necessários para os bancos portugueses se capitalizarem, mas admitiu que esse montante está dentro das previsões de Lisboa e também dentro do envelope financeiro para o efeito contemplado no programa da "troika".
"Eu não posso ainda confirmar esse valor, posso dizer é que está dentro daquilo que eram as nossas previsões, efectuadas com base nos elementos disponibilizados em Julho passado, na altura em que foram feitos os stress-testes na zona euro", disse.
Passos Coelho apontou que, "em qualquer circunstancia", o valor final que vier a ser apurado a 30 de Setembro deste ano em termos de valorização "exigirá uma recapitalização que está perfeitamente dentro dos 12 mil milhões de que Portugal dispõe para proceder a essa recapitalização, em termos de envelope financeiro disponibilizado pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira, isso seguramente".