Economia portuguesa cresce 0,6% no segundo trimestre

10-10-2014
marcar artigo

Economia portuguesa cresce 0,6% no segundo trimestre

Alberto Teixeira e Luís Reis Pires

14 Ago 2014

Procura interna perdeu força, mas foi compensada pela quebra das importações.

A economia portuguesa cresceu 0,6% em cadeia - ou seja, face ao trimestre anterior - no segundo trimestre do ano, "devido principalmente ao aumento das Exportações de Bens e Serviços", depois de ter recuado 0,6% nos três primeiros meses do ano, revelou hoje o Instituo Nacional de Estatística (INE), na estimativa rápida para as Contas Nacionais.

Esta evolução surge em linha com o esperado pelos economistas, que apontavam para uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre os 0,2% e 1% entre Abril de Junho.

Em termos homólogos (comparação com o segundo trimestre do ano passado), Portugal observou um crescimento de 0,8%, desacelerando face aos 1,3% registados no início do ano.

Depois de um primeiro trimestre com surpresas positivas no investimento, as empresas parecem estar novamente a conter gastos. O INE destaca que "a procura interna apresentou um contributo positivo menos intenso para a variação homóloga do PIB no segundo trimestre, reflectindo sobretudo a evolução do Investimento".

Com menos investimento e consumo, as importações registaram também um ritmo mais lento. "A procura externa líquida registou um contributo negativo menos significativo", avança o INE, "devido ao abrandamento das Importações de Bens e Serviços, tendo as Exportações de Bens e Serviços desacelerado".

Os dados surgem dois dias depois de a Economist Inteligence Unit alertar para o impacto que o colapso do BES pode ter na economia, reduzindo o crescimento anual para metade do que estava previsto - ou seja, 0,6% em vez de 1,2%.

E aparecem no mesmo dia em que o eurostat divulgou os números das economias europeias, confirmando os sinais de abrandamento que se vinham registado na Alemanha. A maior economia do euro e segunda maior parceira comercial de Portugal recuou 0,2% no segundo trimestre, face ao primeiro, fruto do impacto da crise geopolítica na Ucrânia.

Das maiores economias, aliás, só Espanha resistiu ao abrandamento, crescendo os mesmo 0,6% em cadeia que Portugal. Itália recuou e entrou novamente em recessão, enquanto França estagnou.

Das 18 economias da moeda única, ou pelo menos daquelas para as quais o eurostat já divulgou os dados, Portugal registou o segundo maior crescimento em cadeia, a par de Espanha e apenas atrás da Letónia.

Os resultados detalhados do desempenho da economia nacional serão divulgados a 8 de Setembro.

Economia portuguesa cresce 0,6% no segundo trimestre

Alberto Teixeira e Luís Reis Pires

14 Ago 2014

Procura interna perdeu força, mas foi compensada pela quebra das importações.

A economia portuguesa cresceu 0,6% em cadeia - ou seja, face ao trimestre anterior - no segundo trimestre do ano, "devido principalmente ao aumento das Exportações de Bens e Serviços", depois de ter recuado 0,6% nos três primeiros meses do ano, revelou hoje o Instituo Nacional de Estatística (INE), na estimativa rápida para as Contas Nacionais.

Esta evolução surge em linha com o esperado pelos economistas, que apontavam para uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre os 0,2% e 1% entre Abril de Junho.

Em termos homólogos (comparação com o segundo trimestre do ano passado), Portugal observou um crescimento de 0,8%, desacelerando face aos 1,3% registados no início do ano.

Depois de um primeiro trimestre com surpresas positivas no investimento, as empresas parecem estar novamente a conter gastos. O INE destaca que "a procura interna apresentou um contributo positivo menos intenso para a variação homóloga do PIB no segundo trimestre, reflectindo sobretudo a evolução do Investimento".

Com menos investimento e consumo, as importações registaram também um ritmo mais lento. "A procura externa líquida registou um contributo negativo menos significativo", avança o INE, "devido ao abrandamento das Importações de Bens e Serviços, tendo as Exportações de Bens e Serviços desacelerado".

Os dados surgem dois dias depois de a Economist Inteligence Unit alertar para o impacto que o colapso do BES pode ter na economia, reduzindo o crescimento anual para metade do que estava previsto - ou seja, 0,6% em vez de 1,2%.

E aparecem no mesmo dia em que o eurostat divulgou os números das economias europeias, confirmando os sinais de abrandamento que se vinham registado na Alemanha. A maior economia do euro e segunda maior parceira comercial de Portugal recuou 0,2% no segundo trimestre, face ao primeiro, fruto do impacto da crise geopolítica na Ucrânia.

Das maiores economias, aliás, só Espanha resistiu ao abrandamento, crescendo os mesmo 0,6% em cadeia que Portugal. Itália recuou e entrou novamente em recessão, enquanto França estagnou.

Das 18 economias da moeda única, ou pelo menos daquelas para as quais o eurostat já divulgou os dados, Portugal registou o segundo maior crescimento em cadeia, a par de Espanha e apenas atrás da Letónia.

Os resultados detalhados do desempenho da economia nacional serão divulgados a 8 de Setembro.

marcar artigo